Nove.

758 39 17
                                    

A viagem até aqui demorou muito mais que da última vez.
Quando Harry finalmente entrou pelos portões eu percebi o quanto estava nervosa, eu não sabia como  seria encontrar Louis depois daquele dia e muito menos sei como ele estaria ou como iria reagir ao me ver.

Harry para o carro e um dos seguranças abre a porta para mim.

- Ele está a esperando. - O homem de terno diz e Harry concorda. Harry me empurra com sua mão em minha costa e eu suspiro a cada passo que dou. - Você não precisa ficar tão nervosa assim. - Ele diz com um sorriso.

- Eu só...

- Ele não está irritado com você, ou algo do tipo.

Apenas concordo e nós começamos a subir as escadas, ele me guia até a primeira porta do corredor e segura meu ombro antes de abri-la.

- Ele está ai. Qualquer coisa você pode me chamar. - Eu concordo e ele finalmente a abre. 

O quarto é enorme, a decoração é em tons de preto e branco e a cama é ainda maior que a última, esse não é o último quarto em que eu estive.

- Você precisa de alguma coisa? - Harry pergunta.

- Não, pode ir. - A voz de Louis soa pelo quarto e eu finalmente o olho. Ele está deitado na cama e está pálido, uma tipóia está em seu braço. Quando nosso olhares se cruzam ele me lança um meio sorriso. - Pode vir até aqui.

Escuto a porta bater atrás de mim e assinto enquanto começo a caminhar, o quarto parece ainda maior enquanto eu faço o caminho até a cama.

- Senta. - E é aí que eu percebo que eu estou parada o encarando como se ele fosse um desses quadros de museu. - Para de me olhar assim. - Mudo o olhar para qualquer lugar, mas posso ver um sorriso em seu rosto. - Pode perguntar o que você quer saber.

- Eu não quero perguntar nada. - Dou de ombros e ele ri ainda mais. - Não quero ter nada a ver com coisas que envolvam armas ou drogas.

- Sinto em informar, mas você já tem.

- Eu não posso, Louis. Você queria Minha virgindade, você já teve. Agora é a hora que você me deixa seguir em frente.

- As coisas não funcionam bem assim. Eu tirei sua virgindade, automaticamente você é minha. - Ele dá de ombros e sorri. Ele acha mesmo que eu sou dele?

- Eu não sou sua.

- Você é minha desde que eu te escolhi, isso não é uma escolha sua.

- Louis, eu não posso ser sua, não posso ter nada a ver com essa vida que você leva, eu nem deveria levar essa vida que eu levo. Eu só entrei nisso porque precisa pagar uma dividas da minha família, eu vou formar em direito daqui a uns anos e não vou mais precisar passar por isso.  -  Ele coloca a mão na barriga e ri. RI a um ponto que seus olhos estão fechados e sua cabeça tombada para trás. 

- É uma pena que o mundo não seja tão cor de rosa quanto você imagina, querida. Mas as coisas não funcionam assim. Mas não serei eu a estragar as coisas para você, você verá com seus próprios olhos, mas por hoje, eu pedi que fizessem um jantar especial para nós dois, você está com fome ? Porque eu estou faminto. - Ele me dá um sorriso e eu suspiro. 

- Você pode me explicar o que aconteceu ontem? 

- Eu levei um tiro, mas vaso ruim não quebra tão fácil assim.

- Por que você levou um tiro? Eu achei que ele fosse atirar em mim. 

- Ele achava que você era importante para mim ou algo assim. - Ele ri.- As vezes Justin é mais tolo do que eu espero que ele seja. - Tento não me abalar com o que ele disse e coloco o cabelo atrás da orelha.

- Por que ele atirou em você ? Eu achava que ele iria te matar. 

- Ele não pode me matar. - Ele dá de ombros e levanta enquanto mexe no cabelo.

- Essas coisas são complicadas. - Franzo o nariz e ele ri. 

- Você irá entender com o tempo. 

- Eu não...- Ele me interrompe.

- Eu vou pedir o jantar.  - Ele anda até o canto do quarto e eu suspiro. 

Onde eu me meti?  

The prostitute - L.tOnde histórias criam vida. Descubra agora