Oito.

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Harry me encara  e eu finjo que não o vejo, mas ele me segue como o insuportável que ele  é. Crysth entra no quarto e fecha a porta antes que eu pudesse  entrar também. Tento sair do corredor, mas Harry fecha o corredor, impedindo meu corpo de passar. 

- Você vai mesmo continuar com isso? - Ele questiona e eu suspiro. 

- Com isso o quê? - Passo a mão pelo cabelo, cabelo molhado me agonia.

- Com isso de ficar fingindo que não se importa. 

- Eu não me importo, eu nem o conheço. - Dou de ombros e ele ri. 

- Você sabe que está mais envolvida em tudo isso do que pensa, não sabe? 

- Eu não estou envolvida em nada, eu não tenho nada a ver com Louis, Justin ou com você. - Ele continua me fechando e isso me agonia. Por alguns minutos eu esqueci que ele tem uma arma e lembrar disso me deixa nervosa.

- Olha, você tem muita sorte de eu te vindo aqui, porque se fosse qualquer um dos outros, você já teria levado um tiro e iria para a merda daquela casa assim mesmo, mas não testa muito a minha paciência, a droga do meu melhor amigo está acamado por causa da merda de um tiro e a única coisa que ele quer é que tu vá lá, para de fazer cu doce, caralho. - Ele se irrita, mas eu continuo o olhando sem baixar a guarda.

- Eu não posso me meter nisso, Harry. Eu quase levei um tiro por ficar perto dele, eu não quero nunca mais sair com ele. - Ele ri. 

- Você só vai parar de sair com ele quando estiver morta. A partir do momento em que ele comprou a droga da sua virgindade você é dele, Bob não vai se atrever a te vender pra ninguém. 

- Como assim? 

- Se você vier comigo eu te explico. - Ele sabe que eu sou curiosa, maldito.

-  Droga. - Ele sorri e abre o espaço para que eu possa caminhar até o quarto, tento empurrar a porta mas ela não abre. - Abre, eu preciso me arrumar. - Ela continua em silêncio. - Eu vou sair com o Harry. - E a porta automaticamente abre. Traidora.

- Você vai mesmo? - Ela questiona assim que eu entro. 

- Aparentemente eu não tenho muita escolha. - Tiro a toalha do cabelo e começo a seca-lo com o secador. 

- Ele te contou? - Ela mexe em alguma coisa sei que ela não quer me olhar agora. 

- É verdade? 

- Bom... nós não fazemos isso com todos os clientes, o que Bob te disse é realmente verdade, mas quando se trata dele e de Justin, as coisas mudam. Eles tem poder, não a nada que possamos fazer. - Ela suspira. 

- Eu não quero entrar nesse mundo.. 

- Infelizmente é um pouco tarde para isso. - Eu acabo de secar o cabelo. - Eu já separei sua roupa. 

Passo hidratante pelo corpo e após vestir a lingerie vermelha que ela separou, visto o vestido. Ele é preto e rodado vem até um pouco acima dos joelhos, tem um decote enorme mas não é tão vulgar quanto os que costumo usar a noite.    

- Eu não vou me maquiar. - Ela não protesta. 

Calço um chinelo que está no canto da cama e suspiro enquanto passo perfume. 

Eu vou mesmo vê-lo depois de prometer a mim mesma que não faria isso. 

- Eu já vou indo. - Aviso a Crysth enquanto bagunço meu cabelo. 

- Boa sorte. - Ela sorri para mim e eu jogo um beijo. 

- Não esquece de fechar o quarto, não quero nenhuma puta aqui dentro. - Ela sorri e concorda.  Jogo o beijo para ela e finalmente saio do quarto.

Harry não está no corredor e eu até tenho esperanças de que ele tenha ido embora, mas quando desço as escadas o observo conversando com Bob, eles percebem minha presença e encerram a conversa, mas antes que eu me aproxime o suficiente, Harry entrega um pacote a Bob. 

- Pronta? - Eu concordo e ele me empurra pelas costas rumo ao lado de fora. 

The prostitute - L.tOnde histórias criam vida. Descubra agora