The prostitute - L.t

Dez.

Louis ria de alguma coisa que Harry falou enquanto eu estava concentrada apenas em comer.  A semana ainda nem acabou e pensar nas coisas que já haviam acontecido me dava vontade de vomitar. Um barulho de sapatos soa por toda a sala e em seguida um homem entra no ambiente, seguido por dois seguranças. Harry e Louis ficam sérios e eu observo atentamente o que acontece a minha frente.

- Malik! Pensei que fosse sumir com medo do Bieber outra vez. - Louis diz com ironia e o moreno sorri debochado. Ele é alto, magro, tem tatuagens por todo o corpo, cabelo raspado no 0 e está vestido como de tivesse saído de uma campanha da vogue. Ele é simplesmente lindo, cada movimento que ele faz parece saído de um filme ou algo assim.

- Qual é, você achava mesmo que ele ia atirar em você e eu  deixaria passar em branco? - Ele coloca um cigarros entre os lábios e parece perceber a minha presença só nesse momento. Ele acende o cigarro e sorri enquanto me observa. - É essa a puta que acusou tanta inveja no Bieber? - Minha expressão muda na hora e eu decido que não o acho tão bonito assim.

- Sim! Ela é a tal menina do leilão que deixou Bieber irritadinho! - Harry diz.

- Porra, ela nem vale tudo isso! - Ele traga o cigarro e ri debochado. - Você está enfrentando o Bieber apenas para comer um piriquito? Porra, Tomlinson! Se soubesse que estava tão necessitado, eu te conseguiria uma puta americana, tenho certeza que qualquer uma teria as tetas muito maiores que as dela. - Ele provoca e Louis revira os olhos.

- Você acha mesmo que pode vir na minha casa me atacar? - Louis bate na mesa e eu me encolho. - Não me faça perder a cabeça com você também, Malik! Essa merda está doente para caralho e eu estou com uma puta sede de vingança, não queria ser o alvo da minha irá. - Malik concorda e ri.

- Ela era pelo menos apertada?

- Ela era a porra de uma virgem! - Louis fala um pouco mais alto e levanta da mesa.

Eu estou ligeiramente humilhada observando tudo acontecer na minha frente.

- Uma virgem ? Você está fodido! - Louis faz algum contato visual com ele e ele fica neutro. - O que você pretende fazer?

- Ele veio aqui para matá-la. Na cabecinha boba de Bieber essa puta tinha alguma importância  pra mim e ele não pensou duas vezes antes de vir aqui matá-la, por que não fazer o mesmo com alguém que ele realmente ame? - Malik parece concluir um raciocínio.

- Jade!

- Sim, eu a quero aqui para que eu possa fazer o trabalho pessoalmente.

- Você sabe que não vai ser fácil entrar lá. - Malik diz.

- Se vira! Foi exatamente por isso que eu te chamei aqui. Harry não consegue se concentrar em um esquema bom a mais de um mês e nós não podemos nos dar ao luxo de dar errado.

- Eu vou cuidar disso pessoalmente, Liam também está vindo pra cá.

- Traga quem precisar, só a traga até aqui e deixe o resto comigo.

- Eu vou subir parar tomar um banho, talvez depois você deixe eu relaxar um pouco enquanto gozo na cara da sua nova putinha? - Louis o encara e ele sai andando enquanto ri.
O observo subir as escadas e o silêncio se instala outra vez na sala de jantar. Louis volta a se sentar e eu apenas encaro o prato na minha frente.

- Você precisava mesmo trazê-lo aqui? Você sabe que deixá-lo perto de Jade é o mesmo que mandar o Bieber pra merda. - Harry se pronuncia pela primeira vez.

- Olha pra minha cara de quem se importa! Ele me deu um tiro, eu vou causar a ele o máximo de estrago que for capaz. - Louis diz, enquanto se ajeita de forma desleixada na cadeira.

- Isso não vai acabar bem. - Harry tenta outra vez.

- Eu não tenho medo!

- Você deveria pensar no que você tem a perder se metendo nisso!

- Eu vou te dizer mais uma vez, eu não me importo! Eu estou pronto para qualquer coisa, esse puto deveria ter pensado muito antes de entrar aqui e atirar em mim. - Ele me olha. - Eu já acabei com você por hoje.  - Louis fica em pé e sobe as escadas sem olhar pra trás.

Eu continuo encarando meu prato e Harry dá uma risada sem graça.

- Desculpa por isso. - Ele tenta puxar assunto, mas eu apenas concordo. - Eu sei que você deve achar que nós somos uns perdidos que fazemos mal e causamos dor a pessoas iguais a você, mas não é bem assim. Nós já fomos os mocinhos, nós também já tivemos o coração partido e todas essas coisas que pessoas normais tem, nós apenas estamos seguindo o nosso karma e eu peço desculpa se meu irmão te arrastou pra isso, mas agora é um pouco tarde. Você provavelmente vai passar por muita coisa, mas você pode confiar em mim.  - Ele segura minha mão e eu me assusto.

- Irmão?

- Eu disse tanta coisa e você só prestou atenção  nisso? - Eu dou risada. - É uma longa história, eu te conto tudo quando sentir que posso confiar em você, tudo bem? - Eu concordo e dou um pequeno sorriso para ele, ele não é tão ruim assim, afinal.