céu e mar (romance lésbico)

o dia "d" (não disse de quê)

pov hugo

o aniversário foi meu então quem vai começar narrando sou eu! licença...

ai gente, pra ser bem sincero nem sei o que dizer *risos*

bom, resumindo, aquele 22 de julho foi um dos dias mais felizes da minha vida todinha... sério, não tinha como ser mais perfeito!

eu estava completando 24 anos de idade. tudo que tinha me acontecido, e me levado até àquele momento, havia sido de grande importância para o meu crescimento como pessoa e todas experiências vividas até ali vinham me tornando um homem maravilhoso (modéstia a parte).

as coisas que mais se destacavam eram o fato de ter conseguido o emprego que eu tanto queria: o cargo de chef, em um dos restaurantes mais importantes da cidade diga-se de passagem, era tudo pra mim (só não era melhor do que ter meu próprio restaurante, mas eu chegaria lá).
cozinhar era definimente o que eu tinha nascido para fazer! acreditem em mim, não tem outra coisa que eu faça melhor. ok, ok, talvez tenha uma coisa... mas continuando; também que nesse meio tempo eu conheci o ítalo e agora estávamos namorando, o que era incrivelmente maravilhoso. e por último mas não menos importante, minha jane estava de volta! eu percebi o quanto amava essa menina no dia em que a revi na pousada. como era lindo estar vivendo essa fase boa da vida e ter uma das pessoas mais importantes ali de volta, compartilhando tudo isso junto comigo.

dessa vez a jane armou direitinho... a idéia de um simples jantar foi hilária. eu já estava até meio tristinho pensando coisas do tipo "a idade chega para todas mesmo", "quanto mais velho, mais sem graça o aniversário", mas era tudo combinado entre ela e ítalo, outro sem vergonha.

depois que eu descobri sobre o tal jantar, eles tiveram a cara de pau de conversarem sempre na minha frente. usavam uma espécie de código que, só depois me caiu a ficha, tudo se tratava na verdade de um grande lual surpresa; até hoje não sei como pude ser tão ludibriado, mas confesso que adorei demais.

na véspera do aniversário, eu dormi na casa do ítalo. tivemos uma pré-comemoração só entre nós, a qual ele planejou sozinho. eu estava quase explodindo de amor, vendo que ele se esforçou pra cozinhar pra mim e fez tudo certinho, comemos à luz de velas e tudo de mais clichê que se pode imaginar, com um toque super gay é claro; depois de tudo tomamos um banho na banheira e fomos parar no quarto fazendo vocês sabem muito bem o quê...

como tudo que é bom dura pouco, na manhã seguinte eu acordei completamente abandonado. no lugar do que devia ser meu namorado tinha uma bandeja com café da manhã, um envelope e uma rosa branca do lado. dei um sorriso  bobo e abri o envelope, no qual tinha uma carta com algumas coisas listadas, e mais dois ingressos pra um show incrível dali um mês; eu dei o famoso berro!

quando a euforia passou, li finalmente o que ítalo tinha escrito:

"bom dia meu amor... hoje é um dia muito importante e eu espero que seja perfeito.
essa carta vai te levar pro seu grande momento, eu vou estar lá te esperando. siga os passos, e não tente nenhuma gracinha!

1: relaxe, tome seu café, e aproveite bastante minha cama.

2: você já deve ter visto os ingressos, mas isso é pra depois, então vamos focar no hoje!

3: depois que tiver tomado o café e disposto, tome um banho...

4: não se assuste, mas você está trancado e eu roubei seu celular também, mas juro que é por uma boa causa..." [...]