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Conto - triste solidão - parte 2

Nós nos encontramos dia seguinte à noite na praia. Estava uma noite linda com céu estrelado.

– Vou sentir falta daqui – mencionou ele.

– Quando você volta?

– Eu ainda não sei, vou ficar mais.

– Você planejava ficar quanto tempo?

– Um mês, ou menos, mas as coisas mudaram, alguém apareceu na minha vida e eu não consigo a deixar ir embora – disse ele olhando para mim.

Ele segurou a minha mão.

– Te quiero

Senti meu corpo tremer ao ver aquele olhar e ouvir aquelas palavras, eu sentia o sangue correr pelas minhas veias. Eram as fortes emoções do momento. Eu o abracei com muita força e senti seu coração pulsar, em seguida ele me beijou e eu me perdi em seus lábios, ele conduzia e eu seguia aquela ritmo. Após o beijo nos entreolhamos e ele com carinho colocou a mão em meu rosto, eu sorri.

– Te quiero mucho.

– Eu também, você é muito importante, eu só tenho você.

Ele então sorriu.

Fomos até meu apartamento, abrimos um champanhe, nos sentamos à mesa e conversamos. Finalmente eu não estava sozinha, finalmente via alguém ocupando uma cadeira e um lugar em minha vida.

Naquela noite fui dormir muito feliz enquanto olhava a lua e as estrelas, eu voltava a ter esperança e acreditar que algo de bom aconteceria.

Eu me olhei no espelho e desta vez meus olhos estavam radiantes, eu me sentia bonita e uma pessoa melhor.

Nós nos víamos sempre, porém eu não sabia até quando Damian ficaria no Brasil. Fomos novamente à praia, ele tinha orgulho de mim, me pegava no colo e me girava.

– Vamos jantar amanhã?

– Sim.

– Então eu passo para te buscar.

Assim que entrei em meu apartamento, fui até o guarda roupa e já comecei a escolher um vestido. Amanhã já seria segunda-feira, mas eu não me importava, pois a noite iria jantar com o meu amado. Joguei todas as roupas que tirava do guarda roupa em cima da cama, mas não encontrei nenhum vestido legal. Então escolhi ir com uma blusa vermelha de cetim e uma saia preta.

Damian veio me buscar, fomos de táxi até o local do jantar, ele foi cavalheiro comigo, na mesa em que ele reservou tinha algumas pétalas de rosas vermelhas.

– Você esta linda – disse ele olhando para mim.

– Obrigada. Eu quero agradecer por tudo o que tem feito por mim, estou muito feliz e a razão desta felicidade é você.

– Heloisa, você também me deixa feliz, gosto muito de estar com você.

– Eu gostaria de te fazer uma pergunta.

– Pode fazer – disse ele com atenção.

– Quando você vai voltar para o Equador?

– Eu já devia ter voltado a mais de um mês, mas consegui ficar por mais algum tempo, estou em um quarto na casa de uma família.

– Eu posso te ajudar?

– Não é preciso, mas logo eu terei que voltar.

– Quando?

– Eu ainda não sei, não quero marcar alguma data.

– Não quero ficar longe de você.

– Eu também não, mas você será forte, sei que é mais forte do que pensa – disse enquanto segurava a minhas duas mãos com firmeza.