Mar.

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Então eu jogo nesse mar
todas as lamúrias desse mundo.
todas as feridas abertas
em corpos imundos
com cicatrizes profundas
em almas corrompidas.
Toda a ganância,
todo o egoísmo,
tudo aquilo que suprimos
como se fosse a nossa salvação
e no final
era só mais uma promessa falsa
e vendida
em portas clandestinas,
sob árvores caídas.
Todo sentimento ruim,
que quebra,
esgarça,
rasga,
impõe,
mutila,
invade
e então revira
todo o nosso ser
tão corroído.
Todos aqueles que determinam
que os pobres pequeninos
não precisam de mais nada
além da pobreza
e a negligência de ser,
viver,
querer,
poder.
Tudo o que o mundo resguarda
e esconde
e que machuca a natureza,
também aos seres humanos.

Então eu,
inconscientemente,
poluo esse mar
com tanta nojeira
e vestígios de sofrimento alheio.
Tento,
da melhor forma possível,
achar um caminho
mesmo que mínimo
que destoa de tanto convívio
com alma corrompida
e sombria

E agora o que falar desse poema da Ana Beatriz Barbosa, que é um tiro de pura realidade na nossa alma.

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Poema disponível no livro: De todo o meu coração.

Sociedade dos Poetas Melancólicos [Volume 1]Onde histórias criam vida. Descubra agora