Sobre sentir

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Agora que olho através dessa janela e tento enxergar um pouco do que sou, percebo que estou longe de ser uma pessoa perfeita e simplismente não faço questão de ser. Sei reconhecer meus erros, meus acertos, o que de fato está correto ou não. Mas não busco de forma alguma me enquadrar neste campo de concentração e atacar minha essência com tanta hipocrisia e falsa felicidade.

E sendo sincera, gosto de quem mostra de verdade e fielmente o que é. Sem esconder seus defeitos e pintar a formosa imagem de um ser que simplismente não existe.

Gosto do que é real.

Do que sente com a alma e não tem receio de deixar que o mundo inteiro saiba. Gosto de quem sabe explorar meu ser e extrair tudo o que há nele. Admiro quem não se dá por vencido na primeira oportunidade e faz da vida um desafio. Não vou mentir, gosto de quem dá as cartas, me faz entrar no jogo, me prende em cada rodada. Gosto de quem consegue me fazer gostar do momento. Gosto de sentir.

Sentir.

Faço dessa palavra meu lema de vida, e enalteço quem é capaz de me proporcionar isto.

Sentir...

Sentir não somente com o corpo, mas colocar a alma a serviço do momento. Preparar o coração para a mistura de sensações e ter certeza de que cada emoção será inesquecível. Sentir, em minha visão está além do que se possa imaginar, e de uma forma meia louca tenho fascínio por quem gosta dessa mesma intensidade, e por quem proporciona este sentimento ao outro.

Pude contemplar este momento uma vez. Estar apixonaddo modifica a razão de qualquer um, e a ingenuidade trás longas horas de pura imaginação e nos faz perder totalmente o sentido. Enquanto criava um filme em minha mente, e guardava todos as nuances daqueles minutos em meu coração fui sentindo algo novo. Pecebi a intensidade dos meus sentimentos quando pensar nele me interceptava o ar. Quando já não havia fôlego. Quando o coração acelerava. Desfrutei daquele misto de emoções com maestria, e mesmo após conhecer o outro lado de se gostar de uma pessoa e me afundar diariamente, eu senti.

A dor era insaciável, e também, em diversas situações perdi o fôlego. Mais uma vez percebi a intensidade dos meus sentimentos, quando toda a bendita vez que pensar nele me interceptou o ar. Quando ao chorar não sentir mais as lágrimas. Sim, foi intenso. A cada milésimo de segundos senti como tudo estava em uma proporção inimaginável. E esse foi o momento mais maravilhoso e catastrófico de toda a minha vida.


É impressionante como a JSantss explora o nosso subjetivo com tanta naturalidade e nos arrepia em cada palavra. ❤

Você não vai se arrepender de ler o livro dela: Quem disse que seria fácil?

Sociedade dos Poetas Melancólicos [Volume 1]Onde histórias criam vida. Descubra agora