012 | nate

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N A T E   M A L O L E Y

Faz exatamente duas semanas que Siena voltou com o seu ex namorado e eu voltei a fumar.

Mas acredite se quiser, não fui só eu que voltei para as drogas.

Quem em sã consciência, diz em uma hora que ama você, que quer ficar com você, e em menos de meia hora, está namorando com outra pessoa? Eu sinceramente não faço a mínima ideia do que aconteceu com a Siena naquela festa. Não sei o que a fez ficar dessa forma comigo.

Acho um pouco de infantilidade de sua parte fazer esse auê todo, só por conta de uma ervinha que deixa as pessoas mais felizes.

Voltei a fumar e acho que isso foi uma das coisas que mais a irritou nos últimos dias. Porque eu voltei a fumar por conta dela. Para me esquecer dela. E de alguma forma, Siena sabia disso.

Eu só queria entender, como uma pessoa passa a ser tão precisa na sua vida em tão pouco tempo. Como ela passa a ser a sua âncora para não fazer as coisas erradas. Como ela se torna a parte boa numa imensidão de coisas ruins. É um pouco clichê falar sobre isso, mas eu preciso de Siena tanto quanto eu preciso de água para viver. 

Nunca imaginei que eu estaria nessa situação. Sozinho, apenas eu e o meu baseado, sofrendo por uma garota que talvez nem se lembre mais quem você é.

— Você tem que levantar dessa cadeira e ir atrás da garota. — me assustei ao perceber que Alasca estava ao meu lado.

— Está a quanto tempo parada aí?

— Há alguns minutos. E nem preciso perguntar nada para saber que estava pensando nela. — respondeu

— Eu preciso dela, A. — falei 

— E você acha que ficar sentado nessa cadeira, na varanda da sua casa, tragando um baseado, vai fazê-la voltar para você?

— Minha irmã caçula está me dando conselhos amorosos? É isso mesmo? — zombei

— Se contar a alguém, eu nego. — ela riu e se sentou mais perto de mim, deitando sua cabeça em meus ombros. Ficamos por alguns segundos em silêncio. Apenas sentindo a brisa fraca de Los Angeles. — Eu sinto falta dele.

— Eu também sinto, Alasca. — respondi, jogando o resto do baseado fora.

— Como acha que ele estaria ao nos ver assim?

— Provavelmente puto. — rimos — Porém no fundo, ele estaria feliz de nos ver juntos. Cuidando um do outro.

— Promete que seremos uma família unida até mesmo nos piores momentos? — ela estendeu seu dedo mindinho. Segundos depois eu juntei o meu ao dela.

— Eu prometo. — Sorri e a puxei para um abraço.

𝐧𝐨 𝐝𝐫𝐮𝐠𝐬 · 𝐧𝐦𝐦Onde histórias criam vida. Descubra agora