𝐧𝐨 𝐝𝐫𝐮𝐠𝐬 · 𝐧𝐦𝐦

037 | nate

N A T E   M A L O L E Y

Eu não acredito que Siena havia voltado comigo! Ela realmente voltou a ser a minha namorada depois de quase quatro meses tentando de tudo por ela. Eu sou o homem mais feliz do mundo! Vocês estão ouvindo os meus gritos?

— Nathan, caralho, você não está ouvindo a campainha? — Alasca bate na porta de meu quarto com tudo.

— Abre lá, eu tô chapado. — respondi, jogando fora meu segundo cigarro.

— Não acredito nisso. — disse ela e eu aposto mil dólares que Alasca revirou seus olhos.

Me levanto da cama e vou até a minha varanda, olhando para baixo para ver quem é a pessoa que está quase quebrando a minha campainha de tanto sentar seu dedo nela.

É a minha mãe!

Eu preciso de uma escova de dentes e uma pasta dental urgente.

— Nate, desça aqui! — consigo ouvir Alasca gritar do andar debaixo.

Corro até meu banheiro, enchendo minha boca de pasta de dente e um pouco de água, fazendo um bochecho.

Após acabar, o cheiro ainda estava ali, porém mais sutil, então desci.

Chegando na sala, mamãe estava sentada no sofá mexendo nos cabelos platinados de Alasca com uma cara não muito boa.

— Querido, quanto tempo. — disse ela vindo me abraçar.

— Também senti saudades, mamãe.

— Você estava fumando, nem para tomar um banho, trocar de roupas e escovar os dentes para me receber? — Fala incrédula.

— Talvez se a senhora tivesse me avisado que viria...

— Mas foi você mesmo que me chamou aqui, querido.

— Mas você podia ter me ligado para avisar que chegaria hoje. — insisti, fazendo a respirar fundo.

— Bom, vejo que vocês precisam de ajuda... — comentou, observando o estado em que a sala de estar se encontra. Ao ver a pilha de caixas de pizza como mesa de centro e no canto perto da cozinha, um castelo de garrafas de cerveja.

— A pilha de caixas de pizza é coisa do Sammy. — levei meus braços pra cima em forma de rendição. — O castelo fui eu e o Gilinsky, com a ajuda da Alasca e da Max.

Minha mãe revira os olhos.

— Vou ter que ficar mais tempo do que o planejado para por meus filhos e essa casa nos trilhos. — diz subindo as escadas para o andar de cima.

— Um... Dois... Três... — eu e Alasca contamos juntos.

— NATHAN E ALASCA POR QUE TEM UM CACHORRO NO QUARTO DE HÓSPEDES?

— Isso é culpa sua! Você assume a responsabilidade. — diz Alasca se levantando. — Você que prometeu para o Derek que cuidaria daquele cachorro.

— Não, não! É culpa sua! Se você me obedecesse, ela não estaria aqui. — falo.

— Boa sorte. — diz saindo de casa. — E vê se não deixa ela transformar meu quarto num quarto de princesa cor-de-rosa.

— Vou ter que aguentar isso sozinho? — grito para Alasca no meio da rua.

— O que vocês aprontaram dessa vez? — minha namorada pergunta, vindo do outro lado da rua.

Ah não.

— Siena, se você me ama, vai embora. — imploro.

— O que? Por quê?

— Querido, me fale que isso não é maconha dentro da sua meia... — minha mãe pergunta descendo as escadas.

Puta que pariu.

— É a sua mãe? — Siena pergunta animada.

Eu nego rapidamente.

— Você transou com essa senhora? — questiona brava.

Nego dessa vez com cara de nojo.

— Mas... Querido, quem é essa? — mamãe pergunta, aparecendo ao meu lado.

— Siena, namorada do Nate. — minha namorada se apresenta.

Minha mãe olha pra mim e depois olha para a morena em minha frente. Ela me empurra e puxa Siena para dentro de casa e para um abraço.

— Sou a mãe do Nathan e da Alasca, prazer em te conhecer, Siena.

— O prazer é todo meu, senhora Maloley. — ela sorri.

— Nada disso, me chame de Kami. — mamãe sorri, abraçando Siena pelo ombro e a levando para a cozinha. — Agora me responde uma coisa... Como você consegue ficar com esse imundo, querida?

— Me respeita! — digo.

— Cala a boca, filho.

— Sabe, Kami, é bem difícil...

— Siena!

— Vá fazer algo útil e vai buscar a sua irmã, traz o Sammy, Derek, Gilinsky e Johnson porque estou com saudade deles e quero saber o que aconteceu com a Margo, enquanto eu fico aqui falando com a sua namorada, qual você nem me disse que existia. Vai, vai!