066 | nate

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N A T E    M A L O L E Y 

Hoje seria o dia que finalmente eu conseguiria falar com Siena sobre o acontecido — bom, pelo menos eu espero que consiga. 

De todos nós, a única pessoa que não falou ainda com Siena foi a Charlie, pois ela estava muito ocupada resolvendo problemas pessoaisseus. Então Gilinsky, Max e Alasca combinaram com ela, para que ela leve a Siena para uma das salas de aulas vazias na hora do almoço e eu estarei lá. 

Porém eu pedi para que Charlotte continuasse na sala com nós dois apenas pelo medo da minha garota sair correndo ou tentar me bater. 

O tapa de Siena dói. 

Então aqui estou eu, junto com Max, na sala de química, às uma e vinte da tarde, esperando as duas chegarem.

— Ei, não precisa ficar apreensivo. — Disse a minha melhor amiga, pondo sua mão sobre meu ombro. — Apenas não se esqueça do que Alasca disse. Se ela não aceitar suas explicações, largue-a de vez. Sei que vai ser uma das coisas mais difíceis que você terá que fazer, mas não dá para ela continuar fazendo isso com a sua mente. 

Concordo com ela e sorrio, puxando ela para um abraço.

Desde que essa garota entrou nas nossas vidas, eu mudei bastante. Maxine era realmente a minha melhor amiga. Tudo que eu prcisava, ela estava disposta a me ajudar e a tentar me entender. E ela me entendia, de algum jeito muito incomum. É estranha a nossa relação de amigos, ela sempre está pensando na mesma coisa que eu. 

— Charlie mandou mesagem! Estão chegando! — ela diz, guardando seu celular em seu bolso trazeiro da calça jeans. — Boa sorte. — me deseja e sai rapidamente da sala, me deixando sozinho e completamente mais ansioso e nervoso. 

— Ok, Skate, vai dar tudo certo. — digo para mim mesmo com os olhos fechados e andando em círculos para conter a ansiedade.

— Charlie? Por que você fez isso? — abro os olhos ao ouvir a voz dela. Como eu senti falta de ouvi-la. 

Antes que a Siena tentasse sair, Charlie trancou a porta e guardou a chave dentro de seu sutiã. 

— Eu só abrirei a porta quando você ouvir o Nate! — disse a cacheada, totalmente séria. Ela se sentou em cima da mesa do professor e sorriu. — Pode começar, Nathan.

— Si, eu sei que você não queria me ver, não queria me ouvir e muito menos lembrar que eu existo, mas eu preciso conversar com você sobre o que aconteceu.  — Começo, indo até ela, mas ela vai para o outro lado da sala, ficando de costas para mim. — Ok, você não precisa olhar para mim. Só precisa me ouvir. O que você viu na festa, não é nada do que você pensou. Você sabe que eu tinha um cofre só de maconha. Você sabe o quanto tinha de maconha lá, você odiava. E quando eu prometi para você que pararia, eu deixei claro que faria isso com a Alasca também, porque ela é mais nova que eu e não quero que ela passe tudo o que eu passei. Então eu chamei o Derek, pois eu sabia que ele conhecia um vendedor de confiança e eu combinei com ele de nós nos encontrarmos na festa. Eu não estava trocando ou comprando maconha, Siena. Eu estava dando o que havia sobrado do cofre para o cara. Eu estava me livrando daquilo. E você nem me deixou me explicar e me humilhou na frente de várias pessoas. 

— Era apenas isso? — ela perguntou ainda de costas. 

— Esqueci de falar que eu sinto muito por esse mal entendido e queria falar que eu te amo, Siena. E eu não consigo tirar você da minha cabeça desde aquele dia. Eu preciso de você, ok? Sem você eu sou totalmente vunerável. — digo, indo até ela e pondo minha mão em seu ombro, na intenção de vira-la para mim, mas ela foi mais rápida e se afastou. 

— Pronto, Charlotte. Eu ouvi ele. Agora me dê a porcaria da chave! — ela diz, andando até ela. 

Charlie me olha com as sobrancelhas juntas, sem saber o que fazer. 

— Siena, por favor... 

— Charlotte, a chave! — disse um pouco mais alto e sem paciência. 

Charlie não disse nada, apenas tirou a chave de seu sutiã e entregou para ela, que em seguida foi até a porta e a destrancou, saindo. 

— Sinto muito, Nate. — Charlie lamentou, vindo até a mim e me abraçando.

— Pela maneira que ela saiu, acho que ela não aceitou. — Ouvi a voz de Gilinsky da porta e dei um sorriso triste, concordando. 

Junto dele estava Max, Alasca, Johnson e Derek. 

Max e Alasca foram as primeiras a virem me abraçar. Segundos depois os meninos vieram até mim. 

— Você é uma das pessoas mais especiais que eu conheço! Não deixe que isso te deixe escurecer de novo. Você é brilhante, Nathan Montgomery Maloley. E eu tenho certeza que todos nós aqui achamos a mesma coisa e te amamos! — Disse Max em minha frente, fazendo todos concordarem.

— Eu não amo ele não! — diz Derek, fazendo todos o fuzilarem com os olhares. — Estou apenas brincando, galera. O clima estava muito tenso, pensei que uma brincadei... 

— Derek, cala a porra da boca! — Alasca falou, lhe dando um tapa na cabeça. 

——— 

faltam apenas sete capítulos para o fim!

e antes de me apedrejarem, Nate e Siena vão ficar juntos sim, é só questão de tempo. 

𝐧𝐨 𝐝𝐫𝐮𝐠𝐬 · 𝐧𝐦𝐦Onde histórias criam vida. Descubra agora