Capítulo XIV

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Bufo de raiva. Aff, sabe o Christian Grey de cinquenta tons de cinza? Sabe quando ele aparece em todos lugares  que a  Anastácia está?  Então o Felipe está fazendo o mesmo  comigo, e sinceramente, eu gostaria muito viver a parte das chicotadas e as palmadas com ele, mas sem a parte do sexo e aquela palhaçada toda, me sentiria muito plena.

-Oi bom dia! Flor do dia!
Bernardo diz todo animado

- Oi Bê. Respondo murcha.

- O que aconteceu? Quer conversar? Um abraço?

- Não.Quero um cinco  milhões na minha conta bancária e essa assombração  longe de mim.

- Do que você está  falando, mulher?- Bernardo segura o meu rosto com ambas as mãos, olhando nos meus olhos.

- Já  tomou seu rivotril hoje? Tá fora da casinha. -dou um tapa de leve em suas mãos.

-Não enche, Bê! Em falar em comprimidos... E o viagra tem surtido efeito?

- Vai ver se estou na esquina, Isabella!

- Olha a agressividade. Quem costuma está na esquina, roda bolsinha.

-  Aiiii...."Adogô".- fala imitando uma voz afeminada, começa  desfilar na minha frente  rebolando a sua bunda e que bunda hein Bê. Ele coloca um dedo na boca e olha de forma sensual. Eu caio na gargalhada.
Felipe passa por nós correndo,  ele olha estranho para o Bê, que rapidamente  se recompõe.

- Isabella, vamos nós exercitar, está ficando tarde. - Bernardo diz com uma voz exageradamente grossa. Seguro o riso.

- Senhorita Isabella, eu já ia me esquecendo, me envie as planilhas de quarta-feira, eu ainda não as analisei.

Eita da assombração que não me larga, o combinado era me  me assombrar de segunda à sexta-feira, não pode dá a mão  que já quer me usar para o trabalho escravo.

- Senhor Felipe, eu trabalho de segunda à sexta. Finais de semana e feriados estou de folga.

- Senhorita  Isabella, eu sei perfeitamente. Eu apenas gostaria que me ajudasse já tenho interesse. Por favor me envie o que solicitei até meio dia.

Dá  pra sentir que a educação que estamos usando um para o outro é polida.

- Senhor Felipe tente entender que estou no meu período de  descanso previsto por lei, e pelo contrato da empresa. Amanhã cedo estarei na sua sala com as planilhas impressas e repassarei com o senhor.
Acrescento um falso sorriso profissional.

- Senhorita Isabella, se houvesse outra pessoa para pedir, eu não  estaria lhe amolando em sua preciosa folga. E muito menos me esforçando ao máximo para ter um conversa madura e profissional com a pessoa que menos tenho afinidade na vida.
Bernardo, presta atenção na nossa conversa sem entender nada.

- É visível  seu esforço, senhor Felipe, mas não estou ganhando hora extra do senhor para trabalhar fora do meu dia e horário. - empino o meu queixo com desdém.

Ele cerra os dentes. Sabe que perdeu, me olha em desafio. Estamos tendo uma conversa civilizada, porém tensa.

- Qual o número da sua conta bancária?-pergunta pra mim. Digo rapidamente. Ele abre o celular digita algumas coisas, por fim diz:

- Depositei na conta, sua hora extra para o fim de semana.  Quero essa planilha no meu e-mail, antes do meio dia! - exige.

- Estará mesmo antes do café da manhã.- ele acena com cabeça para o Bernardo se vira e vai embora.

- Tchau irmão! - diz Bê com ainda com voz grossa além do normal. - O que aconteceu aqui? Quem é  esse cara?

- Meu querido chefe.  Bora correr? Antes deixa eu checar uma coisa.

Seu SorrisoOnde histórias criam vida. Descubra agora