Seu Sorriso

Bônus

Cinco semanas depois...

Durante esses dias que passaram foram os mais confusos e complicado para mim.  Tenho que confessar que tenho ficado mais próxima a ele e tudo mais, como se dependesse daquilo, do seu sorriso, cheiro.... estranho porque sinceramente minha intenção nunca foi me apaixonar por alguém. A verdade é  que pode até  parecer drama, entretanto quando eu descobri que meu pai havia deixado a mim e a minha mãe quando nasci, e não morrido como mamãe  costumava contar, acabou comigo entendi porque não tinha nome do meu pai na minha certidão de nascimento, onde existe um vazio ali e no meu coração .  A vida faz que a gente se torne durões, contudo no fundo eu sei que sou frágil, muito frágil  a qualquer hora eu posso rachar. Talvez seja algo que eu tenha que trabalhar em mim, mas eu simplesmente não consigo lidar com namoros longos, olhares sinceros, promessas de amor, penso que tudo isso é  uma baboseira, a verdade é  que tenho medo, pavor de me apaixonar e ser largada as traças despedaçada igual a minha mãe. O primeiro homem da vida de uma mulher é o pai e o meu quebrou me coração de um jeito que não tem consertar. Tive muita sorte  com os meu exs, só não acho justo que um só  ame, eu estava apenas passando tempo com eles. Então o que eu faço é ser durona, não deixo que esses pensamentos me dominarem e muito menos ninguém.

Felipe me tira dos meus pensamentos.

- Vamos até o Bussiness Company fechar o contrato. Caramba! Nem acredito! Toca aqui!
Espalmamos nossas mãos uma contra a outra fazendo um barulho imenso.

Estamos parados no estacionamento da empresa conversando.

- E sabe o que é mais gratificante nisso tudo? Que trabalhamos juntos!

- Nem acredito que estou vivo.

- Engraçadinho...

- Vamos logo, estou ansioso! Damas primeiro.

- Pode indo na frente.

- A senhorita não vai comigo?

- Não, irei com meu carro.

- Não começa Isabella.

- Não começa você Felipe.

- Não existe a necessidade de dois carros e a estrada é longa. Se formos apenas no meu carro chegaremos mais rápido.

- Seu argumento não me convenceu.
Vou com meu carro e ponto!

- Você não vai! Eu sou o chefe aqui!-
Ele aponta pra si mesmo.

- Como o senhor é egocêntrico. - pego a chave do meu carro.

- Você vai!

- Me obrigue. - digo em tom de desafio olhando dentro dos seus olhos, sei que eu estou o irritando porque ele trincou a mandíbula, nem ferrando que vou entrar no carro do Felipe, vamos brigar por qualquer coisa e hoje quero ficar "numa nice". Além do mais ele é insuportável com esse carro. Se eu respirar, vai dizer: " Não contamine meu carro com essa sua respiração poluída." Continuamos nos olhando em desafio, estou prestes a me virar, e é claro que não vai me obrigar a ... Antes que que termine minha linha de raciocínio ele me põe por cima do seu ombro esquerdo. Solto um gritinho curto de surpresa.
Ouço o alarme do carro sendo destrancado.

- Felipe eu não sou Obrigada! - ele abre a porta do carona e me põe com cuidado no banco.

-Já te disse que fica bonita quando está de boca fechada? - Felipe, prende o cinto de seguranca ao meu redor, está tão próximo que sinto seu hálito de menta, sua mão quente, meu coração dispara. Ah não essa sensação de novo não! Eu não consigo olhar dentro de seus olhos. Merda... Cruzo os braços na altura do peitoral com raiva. Ele dá a volta no carro sentando-se ao meu lado.