[Pov's Natsu]
Que estranho! Já faz algum tempo que a Luce subiu para o andar de cima e ainda não desceu, eu estou começando a ficar preocupado! Decidi então subir para procura-lá, fui prestando atenção aos detalhes para evitar me perder, já que não conhecia aquele lugar tão bem como a Luce.
Ouço então um barulho de choro e vou andando até achar o local de onde vinha o choro, até que chego em uma porta, a qual se encontra levemente aberta, me possibilitando ver e ouvir tudo o que acontecia:
- … mas uma coisa é certa, a sua mãe era realmente incrível! - um cara que era a cópia do pai da Luce, que deve ser o irmão do senhor Jude, a Lucy se encontra de frente para ele - e é exatamente por ama-lá tanto, que eu não deixarei você mais sozinha, nunca mais, minha filha! - ele disse, e vejo uma pessoa no fundo do quarto, apontando uma arma para a Luce
- Não! - digo, entrando no quarto e dando um soco no cara, pego a mão da Luce e saiu correndo - vem Luce!
Como percebo alguém atrás de mim, pego e entro em um cômodo que parecia ser algum tipo de biblioteca, me escondo com a Luce no canto. Olho para a Luce e vejo que ela está chorando, pego e a abraço:
- Calma, vai ficar tudo bem! - digo, enquanto faço cafuné na cabeça dela - o que foi que ele fez para te deixar assim?
- Bem…
[Pov's Lucy]
(Flashback ON)
Quando eu encontrei meu tio no corredor, eu gelei, realmente achei que estava ferrada!
- Olá minha cara sobrinha! Venha, me siga! - diz Joseph, sorrindo
Nesse momento, eu simplesmente entrei no automático e o segui, logo percebendo que ele me levou até o meu antigo quarto, o qual por sinal, estava igualzinho a época que sai de casa para morar sozinha, pois já não aguentava os xingamentos e maltratos do meu "pai"!
O quarto consistia em paredes pintadas de um rosa bebê, com teto branco, pôsteres de artistas, cantores e animes, sofá, escrivaninha, televisão e uma poltrona da época que minha mãe ainda me punha pra dormir. Aquele local me trouxe tantas lembranças da minha mãe, me fazendo começar a chorar:
- Você se lembra deste quarto? - ele pergunta - no começo, quando você nasceu, eu não saia daqui! - diz, me surpreendendo - na verdade, era pra sua mãe ser minha esposa, mas ela acabou se apaixonando pelo Jude! Embora eu odiasse isso, tive de aceitar… até que você nasceu! - fala, abrindo um sorriso
"Apesar de tudo, eu fiquei super feliz na época! Eu cuidei da Layla até onde eu pude, mais até do que o seu pai! Tudo isso por ama-lá, e então você nasceu! Eu vivia por você e pra você, pois apesar de eu não poder ter a sua mãe, eu teria você, minha filha Lucy! Meu pequeno raio de Sol! Até que o seu pai achou que eu estava muito junto de você!"
"Tudo que eu queria era cuidar da minha princesinha, mas aí ele ficou com ciúmes e aos poucos foi me afastando de você, até que ele não me deixava mais ver você! E a sua mãe! A mulher que eu amava e pensei sentir o mesmo, não fez NADA! PRA IMPEDIR!", ele grita.
- Mas eu ainda não entendi, por que você está fazendo tudo isso!? Porque… - digo
- Simples! Você era pra ser minha filha! Não daquele idiota do Jude! Tanto você quanto a Lisanna, eram pra serem MINHAS filhas! Mas não! A sua mãe preferiu todos os homens ao redor, menos a mim! Aquele que a amava acima de tudo! E por quê? Por ser grudento? Por tentar protegê-la? - ele fala, já chorando
- Você matou minha mãe? - pergunto, mesmo chorando, eu precisava saber
- Não… eu nunca quis machuca-lá, pelo contrário, queria protegê-la! Mesmo a odiando por ter se casado com o Jude, eu ainda a amava! - diz, me olhando seriamente - eu não fiz aquilo a ela! Foram meus superiores na época, antes é claro, de eu te-los matado!
- Então não foi você! - digo, suspirando, com um certo alívio na alma
- Não importava o quanto sua mãe me fizesse sofrer, eu a amava! Mas uma coisa é certa, a sua mãe era realmente incrível! - ele fala, olhando para mim e sorrindo com alguma lembrança distante - e é exatamente por ama-lá tanto, que eu não deixarei você mais sozinha, nunca mais, minha filha! - ele fala, e sorri para mim, como um verdadeiro pai
De repente o Natsu entra e dá um soco em uma pessoa que eu nem havia visto que lá se encontrava, ele então pega na mão e saímos correndo dali.
(Flashback OFF)
- E foi isso! - digo, terminando de contar tudo ao Natsu
- Uau! Eu nunca imaginei que ele tivesse um coração! Corrompido, mas ainda assim… - o Natsu fala, me fazendo sorrir, já que o meu choro, já cessou há tempos
- Temos que ir logo! - digo, o fazendo assentir
Nos levantamos, nos dirigindo para a saída, andamos pelo corredor, logo encontrando o tio Joseph conversando com o meu pai e o pai da Lis, Acnologia.
- Como é que ele… - o Natsu fala
- Shhhh! - digo ao Natsu, colocando minha mão na boca dele - vamos ouvir - sussurro, o fazendo ficar quieto
- Joseph, calma! - meu pai diz
- Ele tem razão! - o Acnologia fala
- Calma? CALMA!? VOCÊ, Jude, tirou de mim a mulher que eu amava! E para que!? Hein! Me diz! - o Joseph grita - enquanto você! - fala, apontando para o pai da Lis - só a seduziu porque queria provar que a Layla, ou qualquer outra mulher não resistia a você! Porém o que você não contava, era que ela te sacaneasse, largando na suas mãos uma filha! - ele fala, apontando uma arma para os dois
- Para tio Joseph! - digo, entrando no meio - você não pode mata-los! Olha, eu não o conheço muito bem, mas você não me parece alguém malvado! Por isso, solta essa arma e vamos conversar! - falo, me aproximando dele
- Fica aí Lucy! Eu não quero te machucar! - ele fala e eu paro no lugar
- Não tem que ser assim! - digo e olho rapidamente para o Natsu, o qual entende o recado
- Tem sim Lucy, porque enquanto eles viverem - aponta para os dois - eu nunca poderei ser realmente feliz! - diz, voltando a levantar a arma - me desculpe Lucy, mas eu tenho que fazer isto!
Ele então está quase atirando, quando o Natsu pega e o segura pelo braço, o fazendo dar um tiro de raspão no braço do meu pai, que grita:
- Pai! - falo, me agachando ao seu lado
E é nesse momento que ouço o segundo disparo, o qual mudou tudo na minha vida!
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A nerd e o encrenqueiro
Fanfiction"Virei para olhar para ele, o qual me deu um sorriso, bom e terno, e por um momento, enquanto eu olhei para ele, eu realmente achei que tudo iria ficar bem. Abracei ele é chorei até não poder mais, ele não fez perguntas, não questionou ou reclamou...