[Pov's Lucy]
- Bom, é que... - como eu ia explicar aquilo para o Natsu?
- Lucy! Saiba que você pode confiar em mim, eu não vou sair espalhando nem nada, mas se você não quiser me dizer, eu vou respeitar a sua vontade, tá? - disse e beijou minha testa, ah qual é! Assim é golpe baixo! Tem como não amar ou não contar algo pra esse fofo!?
- Não, eu quero te contar! - disse e ele continuou me olhando, como se espera-se eu me sentir mais confortável para lhe contar, e assim o fiz - foi assim...
(Flashback ON)
Eu estava voltando para casa, depois de ter conhecido o Natsu e graças a ele, eu estava com um enorme sorriso no rosto. Naquele momento, tudo que eu pensava era em como aquele garoto de cabelos rosados, havia conseguido mudar o meu humor e de certa forma, a minha vida!
Eu já estava quase chegando em casa, quando de repente avisto uma fumaça, e vinha da minha casa! Comecei a correr mais rápido até que cheguei e o que vi me deixou perplexa, minha casa estava pegando fogo! Olhei ao redor e não encontrei meu pai, então, perguntei a um dos empregados:
- Cadê o meu papai?
- Lucy-sama! Eu-Eu... não sei!
Na hora, não pensei duas vezes antes de entrar no meio das chamas a procura do meu pai, fui até seu escritório e lá estava ele, quase desacordado:
- Papai! - gritei e corri em sua direção
- Lu-Lucy! Cof! Cof! O que...está...fazendo aqui?
- Não se preocupe, eu vou salvá-lo!
Corri e peguei o casaco do meu pai e joguei uma garrafa de água nele, para que meu pai pudesse respirar, voltei até ele e cobri sua boca com o pano e para mim, amarrei um cachecol na frente do meu nariz para evitar inalar tanta fumaça. Por algum milagre, consegui arrastar meu pai até a entrada da casa, mas eu já estava quase desmaiando, só tive tempo de gritar um "SOCORRO" e desmaiar, porém, antes de fechar meus olhos, pude ver alguém vindo em minha direção...
(Quebra de tempo)
Acordei em um lugar todo branco, deitada em uma cama estranha e com vários aparelhos bipando ao meu redor. Retirei a máscara de oxigênio do rosto, me levantei e sai do quarto, saí andando sem rumo pelo hospital, até que achei a recepcionista, chamei sua atenção e perguntei:
- Moça, cadê o meu papai?
- Quem é o seu pai mocinha? - perguntou em tom amoroso
- Jude Hearthilia! - a moça então pareceu se assustar e disse que ia chamar uma pessoa para me levar até ele e cuidar de mim.
Logo uma moça com uns 20 anos chegou, seu nome era Virgo, ela me pegou no colo e me levou até meu pai, quando o vi ele estava com a cabeça enfaixada e o braço também, mas ele parecia bem até, não aguentei e comecei a chorar, corri na direção dele:
- Papai! - disse e o abracei
Ele no começo não reagiu, mas quando ele abriu o olho e me viu, empurrou-me para longe e gritando para eu sair de perto dele. Não aguentei e corri para o colo da Virgo, a qual me tirou dali rapidamente e me levou para o quarto, daquele dia em diante, meu pai, meu querido papai, deixou de me amar, para passar a me odiar!
(Flashback OFF)
- Mas eu não entendi uma coisa Lucy, por que a pessoa que antes te tratava com tanto carinho, passou a te odiar? - perguntou o Natsu
- Simples! - respirei fundo - no dia do "incêndio acidental", minha mãe havia viajado por causa do tal cliente, mas como terminou rápido o que precisava fazer, ele pegou o primeiro vôo de volta para casa, no caminho ela ainda comprou uma linda boneca pra mim e embarcou, só que... - nisso meus olhos já estavam marejados - o avião teve problema com uma das turbinas e acabou caindo, a mi-minha ma-mãe morreu! - neste momento eu desabei no choro, enquanto o Natsu fez cafuné em mim até me acalmar - quando meu pai soube, ele me culpou, já que se ela não tivesse se preocupado com o meu aniversário, ela poderia estar viva, pelo menos, a tal boneca ficou intacta, as vezes, é como se ela estivesse por perto, cuidando de mim!
- Lucy!
- Mas a verdade é que, por muito tempo, eu realmente achei que a culpa era minha!
- Não foi Lucy! Podia ter sido com qualquer um! - ele disse, me olhando de modo acolhedor
- Eu sei! Mas, para uma criança, sempre me pareceu que era, claro que, hoje em dia eu sei que não é verdade, mas na época... - uma lágrima escorreu, a qual o Natsu beijou e me abraçou mais forte.
[Pov's Natsu]
Não acredito que a Lucy passou por tanta dificuldade, agora entendo porque ele não foi me encontrar no dia seguinte:
- Acho que tá na hora de eu contar algumas coisas pra você, Lucy! - falei
- Como assim?
- Bom, tem algo que eu nunca pude te contar, já que, você nunca foi no nosso "encontro" do dia seguinte - disse, meio envergonhado
- Você ficou bravo comigo?
- Sinceramente, sim, fiquei, mas logo em seguida, fiquei triste! - disse e vi que ela ficou triste - mas hoje eu entendo o porque de você não ter ido, e a verdade é que, quero me desculpar por ter ficado com raiva!
- Natsu...
- Bom, na verdade tem algo sobre a minha família que eu quero te contar - ela só continuou me olhando, esperando eu prosseguir - bom, foi assim...
(Flashback ON)
Eu tinha acabado de entrar em casa depois de ter conhecido a Lucy, quando entrei, só pude ver sangue para todo o lado na casa, eu sabia que devia correr, mas não dava, então segui os rastros até chegar na cozinha, aonde encontrei minha mãe caída no chão e uma pessoa em sua frente com uma faca na mão, não me lembro como era a tal pessoa, embora ela tenha olhado para mim antes de fugir, tudo de que me lembro era que possuía cabelo preto.
- MÃE!!! - gritei e corri até ela - eu...vou chamar alguém!
Corri, peguei o telefone e liguei para a ambulância, a qual logo chegou e a levou para o hospital
(Quebra de tempo)
Logo, quem chegou ao hospital foi meu pai, só que para ser operado, já que ele também foi atacado pela pessoa misteriosa. Algum tempo depois eles saíram do hospital, mas a mamãe acabou ficando com síndrome do pânico, e só depois de muitas consultas com vários psiquiatras que ela melhorou.
(Flashback OFF)
- Depois daquilo, meu pai se enfiou no escritório de tal forma que não saia de lá por nada, perdendo assim várias apresentações minhas e da Meredy, além do fato de termos descoberto que, o tal cara retirou o útero da minha mãe, assim ela nunca pode nós dar um irmão nem nada! Depois daquilo, a mamãe passou a cuidar muito mais da gente e agora a pessoa que eu e a minha irmã mais amamos no mundo está com câncer! E nós não podemos fazer nada para mudar isso! - disse, já chorando.
Nesse momento a Lucy foi quem me confortou, ela me abraçou e ficou fazendo cafuné na minha cabeça e dizendo que tudo iria ficar bem, parei de chorar e olhei para ela, apesar de seus olhos estarem um pouco vermelhos, ela continuava linda, seus olhos castanhos brilhavam como na época em que a conheci, seu cabelo ficava lindo espalhado no travesseiro e seu abraço era o mais confortável do mundo! Dei um beijo nela, a qual retribuiu:
- Acho melhor dormimos, o que acha?
Ela apenas assentiu e se aconchegou mais em mim, logo, estávamos dormindo, abraçados, como se nada nem ninguém no mundo pudesse nos separar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A nerd e o encrenqueiro
Fanfiction"Virei para olhar para ele, o qual me deu um sorriso, bom e terno, e por um momento, enquanto eu olhei para ele, eu realmente achei que tudo iria ficar bem. Abracei ele é chorei até não poder mais, ele não fez perguntas, não questionou ou reclamou...