Capítulo 31: Ainda não acabou

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[Pov's Lucy]

- É sobre o acidente da sua mãe! - Jude fala, ele espera um tempo para continuar - o incêndio não foi acidental, pelo contrário, foi causado pelo seu tio! - ele diz

- Tio? Mas eu não tenho tio nenhum! - digo

- Não, você tem um tio por parte minha, porém, como eu e ele nunca nós demos muito bem, acabei por me afastar dele e nunca mais tive notícias, até alguns dias antes do "acidente"! - ele fala

- Tá bem, agora você tá começando a me assustar! - digo

- Resumindo, ele sabia que eu havia feito fortuna e queria que eu desse para ele uma certa quantia em dinheiro, contudo, eu não dei muita importância, já que achei que era só uma brincadeira - ele respirou fundo, abaixando o olhar - mas logo vi que não era! - disse, deixando uma pequena lágrima escorrer de seu rosto

" O seu tio causou o acidente tanto da sua mãe, quanto o incêndio, assim sua guarda ficaria com ele, já que ele se passaria por mim e sem a Layla no caminho, ninguém nunca iria desconfiar! Assim ele ficaria com toda a fortuna da nossa família, já que o plano dele era te internar como louca, te matar ou vender como escrava sexual!"

" Ele só não me matou porque queria me fazer pagar pelo fato de eu sempre ter conseguido tudo o queria, enquanto ele sempre vivia na miséria. Foi por causa disso que fiquei todos estes anos longe Lucy, eu só consegui fugir no ano passado, mas não podia voltar sem provas contra ele! Por isso, por favor, eu te imploro filha, me perdoa!"

Quando ele termina de falar, tanto eu como ele já estamos chorando, não acredito que passei todos estes anos o odiando, pensando mal dele, quando tudo o que ele estava fazendo era me proteger! Me levanto e lhe abraço bem forte, o qual retribui, ele depois me solta, me entregando um Pen drive:

- De uma olhada nos arquivos que eu consegui, pois dependendo, acho que precisarei da ajuda para colocar aquele desgraçado atrás das grades! - ele fala, pego e guardo o Pen drive

Passamos o resto do dia conversando sobre mim, o que eu fiz, o que pretendia ser, entre outras coisas:

- Ah, quase me esqueci! - digo, me lembrando - eu tô namorando! - digo, com um grande sorriso

- O quê!? Como assim namorando? Quem é o desgraçado!? - ele fala, super irritado

- Calma pai! - digo, gargalhando - o nome dele é Natsu e ele trata super bem a sua filhinha queria! Além de ser o maior gato! - digo e ele sorri

- Me apresenta ele quando tudo isso acabar, que tal? - ele disse e eu assenti

- Mas agora eu tenho que ir, se não o Natsu vai ficar preocupado! - assim que falo isso, meu celular começa a tocar - não falei? - digo, mostrando o visor a ele

- Vai lá então minha filha! Você tem um homem para cuidar! Só mais uma coisa! - ele se aproxima um pouco mais de mim - vocês já fizeram… aquilo? - ele pergunta, me fazendo corar

- Pai!

- O que? Você é minha filha! Já que sua mãe não pode perguntar, eu tenho! - ele diz, me fazendo sorrir

- J-Já! - digo

Me levanto, me despedindo dele e indo direto pra casa, já que estou louca de saudades do meu rosado!

(Quebra de tempo)

Chego em casa deixando a mochila na porta, vou até o sofá e encontro o Natsu dormindo confortavelmente, tão lindo! Me agacho do lado dele e fico só o observando, começo então a fazer cafuné na cabeça dele, pego e lhe dou um selinho, encosto minha testa na dele e digo:

- Até quando vai fingir que está dormindo, meu amor? - falo, no maior tom de ironia

Ele sorri, me puxando para cima do sofá, logo me deixando prensada entre ele e o sofá, não posso evitar e coro:

- N-Natsu! - sussurro

Enquanto ele pega e começa a dar beijos e algumas lambidas pelo meu pescoço, me fazendo dar pequenos gemidos, sem querer, acabo abrindo um pouco as pernas, fazendo com que nossas intimidades se esfreguem, o que também faz o Natsu gemer:

- Você tá querendo me enlouquecer Luce? - ele sussurra no meu ouvido, com a voz rouca de prazer

- Juro que não estou fazendo de propósito! - digo - aliás, preciso conversar com você! - ele então para e me olha, preocupado

- Aconteceu algo?

- É sobre o meu pai! - digo, na mesma hora ele se senta, me colocando em seu colo

- Ele te fez algo? - ele pergunta preocupado

- Não, na verdade…

Começo então a contar para ele o que meu pai me disse, em momento algum ele me interrompeu, apenas escutou, prestando bastante atenção, o que me fez estranhar muito, já que ele não é muito atento no geral. Quando terminei, ele apenas me abraçou, como se dissesse, "estou aqui, pra você e por você!", abraço-o, aproveitando o momento.

Quando nós soltamos ele me coloca de volta no sofá, se levantando, vai até o quarto e volta com o computador, ele pega o Pen drive, me entregando:

- Acho… que você deve ver! - ele fala - sabe Luce, eu sei o que não ter um pai por perto, mas no caso do seu pai, ele não teve escolha!

O Natsu me contou sobre a conversa com o pai, e que eu deveria tomar muito cuidado. Quer dizer, além do meu tio psicótico querer acabar comigo, ainda terei que me preocupar com uma gangue que está com raiva de uma ameba cor-de-rosa e sua família? Só pode tá de sacanagem com a minha cara!

Ligue o computador e coloquei o Pen drive, já abrindo em uma pasta extra que havia lá, começaram a aparecer vários arquivos, abro algumas fotos, recibos de banco, autópsia, entre outras coisas. Realmente, meu pai não estava brincando quando disse que meu tio poderia ser perigoso! Porém, uma certa gravação me chamou muito a atenção, abro e percebo uma pessoa na filmagem. Sei que a conheço, mas não me lembro de onde! Será que…

A nerd e o encrenqueiroOnde histórias criam vida. Descubra agora