Epílogo
Feitiços voavam de um lado para o outro, cores se chocando no meio da noite, iluminando e ferindo pessoas. Pessoas boas e ruins, eles não tinham distinção. Ao mesmo tempo que o corpo de um comensal caia ferido em sua
própria poça de sangue, uma estudante caia morta no outro. A batalha final.Eu já havia visto todas as memórias de Snape e sabia o que tinha que fazer. Não deixei
que Draco visse, eu não poderia. Depois de beija-lo, talvez... Nosso último beijo, o estuporei.
Limpei minhas lágrimas e desci rapidamente a escada. Eu não poderia deixar que ele se
arriscasse por minha causa. Ele não me deixaria fazer. Mas eu não posso evitar, mais pessoas
vão morrer se eu não fizer, e eu... Não posso conviver com isso. Não posso construir minha
vida sobre todas as que foram perdidas em meu nome. Em vão. Isso não vai acontecer.Me perdoe Draco... Eu te amo.
Você vai ficar bem... Tem que ficar. Vai achar outra pessoa. Talvez sem a ligação, talvez
não pare de me amar. Mas eu vou acreditar que você pode ser feliz ao lado de outro alguém. Eu
tenho que acreditar. Então, marchei em direção a floresta. A cada passo, meu coração rachava um pouquinho, podia sentir que os pedacinhos se desprendiam de mim e ficavam no caminho,
como se quisessem guiar Draco até mim.
Coração traidor...Quando adentrei a clareira, todas aquelas cabeças viraram para mim. Pude ouvir o grito de
Hagrid ao longe, mas meus olhos se focaram no vermelho. Voldemort.
Ele fez como prometido.
Foi rápido, mas... A dor. A dor foi terrível.
Felizmente não tive tempo de aprecia-la, pois logo estava na estação. Dumbledore me
encontrou e me ajudou, como era de costume.
Morrer foi melhor do que eu imaginei. Agora eu poderia ser livre. Não poderia? Viveria em paz.
Não viveria?— Mas, Draco...
Murmurei ao olhar para trás, dando meia volta em mim mesmo e fitando o caminho que
haviamos feito até aqui. Tudo branco, vazio.
Algo estava faltando e eu sabia exatamente o que era.— Quer voltar para ele, não quer Harry?
Olhei Dumbledora, o fitando quase esperançoso, eu sabia que meus olhos brilharam com a possiblidade.
— Mas do que já quis qualquer coisa, diretor...
Ele me olhou e assentiu devagar e em silêncio.
— Uma pena, estava gostando conversar com você de novo... Suponho que teremos tempo para isso. No futuro. Agora... Você precisa voltar. Até logo, Harry.
Eu me sentia apreensivo. Meu coração batia acelerado e eu nem sabia que isso era possível depois de morrer. Mas mesmo assim,
sorri para ele e me despedi. Antes que pudesse notar, estava tudo escuro novamente, a dor em meu corpo voltar e eu me sentia sacolejar de leve. Abri os olhos devagar. Me deparando com Hagrid. Eu estava em seus braços. Não demorei muito a entender o que estava acontecendo.Chegamos clareira de escombros e eu pude ouvir as palavras dele, mas não apenas ele. Eu conseguia ouvir meus amigos, chorando,
alguns me chamando e, no meio deles...— HARRY!
Pude ouvir Draco, mas alguém o segurou. Graças a Merlin... Ele continuou a me chamar, parecia completamente transtornado. Meu coração doia, pedindo que fosse até ele e o acalmar.
Consegui ouvir Voldemort rir, me fazendo fechar os punhos de raiva.
— Draco, querido... Isso é o que acontece com quem se vira contra mim.
Sua voz fria ressoou por toda a clareira, me fazendo ter calafrios, mas principalmente, ficar alerta. Apertei a varinha com forças em
minha mão.
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Herança Veela (2 Vesão)
FanfictionO quinto ano de Harry em Hogwarts foi realmente um ano muito turbulento, mas e si além de tudo aquilo, ele ainda descobrisse que é um Veela? Como isso isso é possível? Descubra aqui.