Colateral II

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Às vezes eu acho que não vou conseguir.
E talvez não consiga.
Às vezes dói tanto que eu acho que não vou aguentar.
E talvez não aguente.

Eu não consigo comer,
Não consigo dormir,
Não consigo fazer nada sem te ver.
Eu provei do que tinha a me oferecer e agora me viciei.

Sou como um alcoólatra em recuperação:
Instável e cheio de recaída,
Sempre transbordando emoção,
Se deixando ser pego distraído quando de saída.
Voltando à estaca zero
Mesmo quando já não se venera o quero.

POEMA DIÁRIO - aqui contém versos embrionários de conteúdo abortivoOnde histórias criam vida. Descubra agora