2. Fraldas

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Eu estava comendo como um porco quando engordado propositalmente para o abate e não poderia me importar menos. Depois daquele doce, meu apetite abriu de uma forma assustadora e quando dei por mim, disputava o último docinho de morango com Luhan.

- Deixa eu comer, Baek. Meu filho vai nas-

- O meu também vai nascer com cara de camafeu de morango se eu não comer. - discutíamos enquanto o doce jazia ali, imóvel em cima da mesa junto aos de outro tipo.

- Mas Baek!

- Mas nada! - e logo o doce estava entre os meus dedos enquanto Luhan me olhava magoado. Antes que eu enfiasse aquela maravilha rosa em minha boca, deixei meu coração de mãe falar mais alto e entreguei o docinho para o garoto barrigudinho à minha frente. O Oh mais velho tinha seus olhinhos brilhando e um sorriso feliz no rosto.

- Baek... - me encarou cheio de admiração.

- Aish, come logo antes que eu me arrependa! - e sem precisar dizer duas vezes o mais velho mordeu o doce. Mas diferente do que eu achei que ele faria, me entregou a outra metade. O olhei com um biquinho no rosto e uma mão no peito, aceitando. - Você é o melhor hyung do mundo. - meus olhos enchiam de lágrimas de felicidade e emoção.

- Você que é o melhor dongsaeng do mundo. - e como os dois grávidos que somos, nos abraçamos e nos colocamos a chorar. - Eu te amo, Baek. - e deixávamos as lágrimas rolarem um no ombro do outro.

- Aigoo... - Sehun revirou os olhos, cruzando os braços.

- Porque você me odeia, Sehun?! - perguntei ao me separar do mais velho. O Oh mais novo me olhou atônito, desacreditado.

- Mas eu não te odeio!

- Não grita comigo!

- Não grita com ele!

- Ai meu Deus. O que eu fiz 'pra merecer isso?!

E antes que Sehun pudesse magoar ainda mais os meus sentimentos, eu me retirei do local, indo até a varanda do pequeno salão.

Segurei minha barriga, tentando acalmar o bebê que ali se agitava. Meu filho sempre se agitava quando eu me exaltava.

- Calma meu amor, já passou... - enxugava uma lágrima que escorria solitária. Meus hormônios estavam me deixando louco nessa reta final da gravidez. Olhei para o céu alaranjado. O sol estava quase se pondo. - Seu tio não odeia a gente. Eu acho...

- Que fofo. - saltei levemente com o pequeno susto. Olhei para o lado e Chanyeol me fitava curioso. - É menino ou menina?

- Por que quer saber? - voltei meu olhar para frente.

- Para saber o que comprar quando ele ou ela nascer. - virei para si no mesmo momento com a melhor cara de confusão a qual eu consegui fazer.

- E por qual motivo exatamente você acompanharia o nascimento da minha criança? Não é o pai e muito menos alguém próximo a mim para tal coisa. - cruzei os braços e franzi o cenho.

- Sua sinceridade é bem cruel às vezes. - ele apertou o peito como se doesse. Só pude revirar os olhos. - Falando em pai, onde está o desse bebê?

- Bem na sua frente, oras.

- Não finja que não entendeu. - foi sua vez de revirar os olhos.

- Ele só... não aguentou a pressão. - desviei meu olhar do seu e segurei novamente meu ventre.

- Ele te deixou, não foi? - assenti sem muita emoção. - Então é por isso.

- Por isso o que? - o fitei confuso.

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