- Channie... - chamei manhoso. Chanyeol estava na cozinha confeitando um bolo de chocolate que eu havia dito que queria.
- Oi Baek. - ele disse sem me olhar. Aquele glace parecia mais interessante do que eu.
- Vai demorar muito nisso? - saí do batente da porta da cozinha e me sentei na banqueta ao lado da dele.
- Não. Já estou acabando, na verdade. - ele terminava os pingos de glace das bordas do bolo e finalmente me encarava. - Vai querer comer agora? - neguei com a cabeça. - Vou colocar na geladeira para mais tarde, então. - ele sorriu e segurou o suporte onde o doce estava, abrindo a geladeira e o colocando lá dentro. Chanyeol fechou a porta da geladeira e se apoiou ali, me encarando. - Está tudo bem? - deixei um bico adornar meus lábios e me levantei indo até onde estava. Parei em frente a si e o encarei. - O que foi? - ele soltou uma risadinha.
- Eu só quero ficar perto de você. - respondi manhoso, passando a brincar com a barra da enorme camiseta rosa que eu usava. Chanyeol gargalhou um pouco mais e segurou meus ombros, descendo seu toque até meus pulsos e colocando-os em volta de seu pescoço. Suas mãos iam ao encontro de minha cintura, fazendo um leve carinho ali.
- Você fica uma graça todo carente desse jeito. - meu bico se tornou ainda maior, arrancando outra risadinha do mais novo. - E eu adoro isso.
- Channie... - apertei meus braços em seu redor. - Vamos lá para o quarto? Quero ficar deitado com você. - pedi com manha desmedida. Chanyeol afagou minhas costas e sorriu para mim.
- Vamos então. - ele cortou nosso contato e agarrou a minha mão me guiando para as escadas.
Chegamos ao meu quarto e logo eu já estava de conchinha com Chanyeol. Faziam duas semanas que ele estava comigo e desde o fatídico dia da tempestade estávamos dormindo juntos. Mas só dormindo mesmo, o que estava me incomodando profundamente.
Eu sentia minhas vontades aflorarem toda vez que o via com o cabelo molhado quando ele saía do banho, ou quando ele retirava a camisa para dormir. Até mesmo quando estávamos assim, abraçados sem maldade alguma eu sentia vontade de um contato mais íntimo. Suspirei um tanto quanto frustrado. Talvez eu estivesse atrapalhando a vida de Chanyeol, já que em todos esses dias junto a mim, ele não saíra uma única vez.
- Chan... - o chamei. Eu precisava perguntar. - Por que você sempre fica aqui comigo? - virei de barriga para cima para o ver melhor.
- Como assim? - ele apoiava a cabeça em um dos punhos, com o cotovelo lhe dando suporte no colchão. Seu cenho se franzia levemente.
- Quero dizer, por que você não sai, vai se divertir, namorar? Você tem uma vida e está perdendo-a ficando aqui servindo como babá de um marmanjo grávido. - ele riu, negando sutilmente com a cabeça. - Eu sinto que estou te atrapalhando. - confessei.
- Primeiro que eu estou aqui por vários motivos, mas o principal deles é porque eu quero estar com você. - ele tinha um pequeno sorriso no rosto. - Eu não sinto vontade de sair sem você e me divirto bastante com suas manias. Sobre namorar... eu não sinto falta de nada. Fique tranquilo Baekhyun. - ele levou sua outra mão até o meu queixo, apertando levemente ali. - Você jamais me atrapalharia. Eu gosto de você e gosto de ficar com você.
Me senti feliz com as palavras do moreno, aproveitando a proximidade para colar meus lábios nos seus. Eu não sabia exatamente que tipo de relação nós tínhamos, mas eu adorava beijar Chanyeol. Nosso beijo se encaixava de maneira tão natural que era como se nossas bocas houvessem sido criadas unicamente para isso.
Sua mão já brincava com a barra da minha camiseta, adentrando o tecido e tocando a minha pele que já se arrepiava com o calor que emanava de seu corpo. Arfei quando Chanyeol apertou o local, ouvindo um riso soprado por parte do maior.
- Tão sensível... - ele deixou escapar. Quando olhei para si, Chanyeol possuía um sorriso desdenhoso no rosto. Semicerrei os olhos arrancando uma pequena gargalhada do Park.
- Ah é? - desafiei, ganhando um arquear de sobrancelhas de Chanyeol. Soltei um sorriso pretencioso e surpreendi o mais novo ao sair de minha posição e me colocar sentado em seu colo, com uma perna de cada lado de seu corpo. Fiz questão de me posicionar justamente em sua pélvis e rebolar vagarosamente. Chanyeol gemeu audivelmente, o que me arrancou um sorriso satisfeito. Me aproximei de sua orelha dando mais uma rebolada em seu membro: - Quem é sensível agora, Channie? - mordi seu lóbulo, sentindo o mais novo se arrepiar por inteiro.
- Golpe baixo Baek... - eu ri me afastando e o encarando enquanto o abraçava o pescoço. Sorria para Chanyeol e a cada rebolada seu rosto ganhava uma expressão diferente. Todas me enchiam de tesão. Suas mãos foram para a minha cintura já adentrando o decido de minha camiseta e eu o sentia apertar minha tez na tentativa de extravasar um pouco sua própria tensão.
Eu me sentia enrijecer na mesma medida que o membro de Chanyeol endurecia sob mim e quando íamos nos beijar fomos atrapalhados pela campainha de meu apartamento. Tentei ignorar, mas foi inútil, o barulho da campana não me deixava prosseguir com as minhas intenções. Seja quem for, havia conseguido quebrar o clima.
- Aish... - murmurei parando com os meus movimentos.
- Melhor irmos ver quem é. - as mãos de Chanyeol abandonavam minha cintura e repousavam em minhas coxas, dando leves tapinhas me incentivando a me levantar.
Mesmo a contragosto saí de cima do mais novo e me sentei no colchão. Chanyeol logo saiu da cama e me ajudou a levantar, já que minha barriga me cansava com facilidade.
Descemos as escadas e eu já sentia vontade de matar o ser humano que estuprava a minha campainha.
- Já vai! - gritei enquanto caminhava segurando minha barriga. Chanyeol abriu a porta e eu me coloquei ao seu lado. Senti minhas pernas bambearem assim que coloquei meus olhos na pessoa parada do outro lado da porta. - H-Heechul... o-o que você está fazendo aqui?
- Vim te ver, meu amor.
O olhar de Heechul caía sobre mim de forma despreocupada como se estivesse chegando de uma curta viagem, quando na verdade ele estava aparecendo depois de quase um ano longe de mim.
Senti meu estômago revirar e minha cabeça doer. Tudo o que eu menos esperava era vê-lo em minha porta.
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Little Baby
FanfictionTodos que chegavam me cumprimentavam e me entregavam o típico presente que eu sabia ser um pacote de fraldas. Era o meu chá de bebê e eu estava enorme.