| Capítulo 02 |

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Olá filhos de Odin, vamos para mais um capítulo... 

Algo líquido caia copiosamente sobre meu corpo, recobrando meus sentidos ouço sons estranhos, eu nunca em minha vida eterna havia ouvido coisa semelhante. Chuva, gotas de águas pareciam alfinetes e caindo do céu. Tento levantar ou abrir os olhos porém meu corpo não obedece.

O que eles fizeram ?

Mãos fortes me levantam do que parecia duro e compacto, com dificuldade abro meus olhos vislumbrando um par de esmeraldas.

— Fique acordada, por favor — O estranho súplica.

Adentrando um lugar que se assemelha à uma casa ou algo do gênero, comigo em seus braços eu e o estranho atravessamos o tumulto de…mortais ?

— Mel ! Me ajuda aqui — o estranho grita para a outra humana.

— Ah meu deus ! Coloca ela na minha cama — A humana instruiu. — Vou pegar cobertores.

A garota ( já que eu não podia considerá-la uma mulher pela pouca idade) saiu em desparada pelo porta, me sinto mas confortável nessa cama, o artesão deve ter usado o melhor linho para faze-lá.

— Moça está me ouvindo — o mortal pergunta com o cenho franzido.

Aceno confirmando, não consegui retomar todos os meus sentidos, o humano não satisfeito pegou minha mão fria, como ela ousa me tocar sem permissão.

A garota volta com vários panos e acompanhada de mais dos rapazes, eu estou cercada de humanos, que desagrado.

— Aqui isso vai esquentar você — Ela põe tudo sobre o meu corpo.

— Ah porra ! Eu falei pra vocês não trazerem drogas — um humano que aparenta sofrer de uma doença, exclama.

— Relaxa cara — O outro tenta acalma-lo.

— Relaxar porra nenhuma — ele retorquiu. — Eu não quero ser preso.

— Calem a boca os dois — A garota fala encerrando a discussão.

Ela insisti em se aproximar de mim, já bastava o outro me tocar agora ela também, eles podiam não ter mais fé nos deuses no entanto adquirir uma intimidade com nós sem autorização é um erro, retrair quando sua mão posou em meu ombro.

— Ei não precisa ficar assustada, olha eu sou a Melissa — Ela se apresenta. — Ele é o…

— Ryan, esse aí do seu lado é o Simon, gosta de cálculos, solteiro, atrás de uma…

— Ryan ! — a tal Melissa o interrompe. — E aquele resmungão é o Jack.

O único que teve a decência de me cumprimentar, os humanos estavam pior do que eu imaginava.

— O que aconteceu com você  — o Simon indagou.

Não obtive nada para conciliar o que de fato ocorreu, em um instante me encontrava no Monte Olimpo  no outro aqui com um bando de crianças.

— Eu…não sei.

— Sem mais pergunta agora, descanse — Melissa diz. —  Pode dizer que acabou a festa.

— Agora que tava tentando convencer a Natalie sair comigo — Ryan lamenta.

— Você fala isso desde a quinta série— Melissa retrucou, havia um desavença entre eles.

— Não entende nada sobre sedução, as coisas têm que ir devagar — Ele defendeu seu ponto de vista equivocado.

Não me mantive séria, ri do que aquela criança disse, é evidente que ele não sabia absolutamente nada de sedução, desde os tempos das peças teatrais de Shakespeare nunca havia visto tanto drama de um mortal.

— Volto logo princesinha — Ele pisca para mim. — Tentarei não levar mais um não da Natalie, aí depois coloco todo mundo pra fora, vem Jack não quero tomar uma surra sozinho se os valentões não quiserem ir embora.

Depois de tanta insistência o humano que me salvou saiu do quarto junto com Melissa, permitindo que um pouco de privacidade.

          — Afrodite… acorde — Alguém me despertou, humanos!

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— Afrodite… acorde — Alguém me despertou, humanos!

Abri meus olhos vendo ele me observar, por puro instinto minha mão estalou em seu com seu rosto, como Hermes ousava aparecer.

— O que quer aqui seu traidor — proferi com fúria.

— Ajudá-la — Hermes responde com as mãos massageando o local atingido.

— Ajudar ?  Não vi sua ajuda quando Zeus se voltou contra mim — falei no tom de ironia.

— Entenda, eu não…

— Chega ! Me poupe de suas desculpas — disse. — O que veio fazer aqui ? Relatar a Zeus como estou ?

— Ele nem sabe que vim vê- la — retruca. — Imaginei que a encontraria mais furiosa — acrescentou.

O que Hermes está insinuando ? Não é possível que Zeus deseja me ver humilhada em seus pés, tenho meu orgulho e estar nessas condições perante ele seria inadmissível.

— Está querendo dizer o quê ? — inquiro, o semblante sério de Hermes o denunciava.

— Já se olhou no espelho ? — ele pergunta.

Não ! Isso não, ele não ousaria tirar minha beleza. Eu  fui inspiração para pintores renascentistas, eles veneravam minha magnífica perfeição, idolatrada por séculos e  agora viveria sem minha virtude.

Corri até um pequeno espelho no quarto da garota, aflita para ver o que havia mudado em minha aparência, e se eu aparentar com aquelas criaturas do submundo ?

Fico estática na frente do espelho, espantada toco em meu rosto, o que é isso ? Um tipo de zombaria, o alívio e o medo me consumiram, agora entendia o que Hades a respeito do medo dos humanos em relação ao submundo.

— O que fizeram ! — exclamo. — Eu virei uma a-a.. 

Nem conseguia pronunciar essa ofensa.

Senhoras e senhores façam suas apostas, o que será que aconteceu? Ah vocês  já saben, então nem vou dá spoiler.

A Deusa Caída Onde histórias criam vida. Descubra agora