A Deusa Caída

| Capítulo 15 |

Localizar a casa do Ryan não foi difícil, eu lembrava o caminho quando Simon me trouxe aqui e o bem estar que todos emanavam era incomparável. Olhei pela janela ouvindo risadas abafadas, presumo que não deram por minha falta, bati na porta cessando as risadas.

— Olá — Jane sorriu. — Veio ver Simon, ele está no quarto.

Assenti sua indagação, como uma mãe Jane me levou até o quarto obtendo o máximo de informações sobre mim, a humana o ama como seu filho. Ela se aparentava com Gaia. A deusa matriacar do Olimpo a primeira dentre os deuses e titãs, cuidou e deu proteção aos seu descentes, a harmonia reinou por finitos anos, contudo o esperado aconteceu surgindo conflitos. O mundo não se permitia paz desde então.

— Mandy — ela me chama, quando paramos na prorta do quarto. — Tenha paciência.

Assenti sem compreender o real sentindo de suas palavras mas logo descobriria.

O cobertor impediu de olha-lo, um sinal que ele não queria ninguém por perto, Simon não se expressou quando sentei ao seu lado na cama ao contrário ficou calado, nenhuma palavra ou seus comentários bobo para mim.

— Eu tive medo — sussurrei, o que veio para minha cabeça primeiro. — Medo de perder você.

— Eu tinha 9 anos quando tudo começou...

— Simon ? — inquiri sem entender. — Não o compreendo..

— Por favor, só ouça — ele pedi. — Minha vó morreu dois dia depois do meu aniversário, ela tinha câncer mas não falou para ninguém e acredito que era para não nós deixar triste, só que teve efeito contrário. Adam quase perdeu o emprego e passou a beber todos os dias, minha mãe tentou fazer ele parar, o que fez ele agredir a primeira vez desde então virou rotina após ele chegar a noite, eu defendia ela como podia mas eu fracassei, Mandy.

" eu cresci vendo minha mãe sofrendo violência doméstica e fui um fraco, não consegui salvá-la, aquela noite eu cheguei atrasado em casa porque eu, Ryan e Jack estávamos jogando e aconteceu que perdi o horário de chegar "

Simon deixou as lágrimas invadirem, sentia sua dificuldade em prosseguir, o abracei afagando seu cabelo numa tentativa de reconfortar ele e a mim mesma. Sua dor era minha agora.

— Minha mãe estava jogada no chão da cozinha em uma poça de sangue, eu sabia que foi ele e falei toda verdade aos policiais, para Adam ser preso por ter destruído nossas vidas, mas ele voltou e ameaçou me tirar tudo novamente.

— Ele não vai — assegurei. — Todos estão seguros, seus amigos, Jane e Sofia.

Ele me olhou aflito, seu polegar percorreu de forma carinhosa por meu rosto, fazendo apreciar seu gesto. Eu ainda não compreendi como Simon me prendeu a ele.

— Adam ameaçou matar você, Mandy — ele fala. — Fiquei fora de mim e acabamos brigando.

Sobressaltada o fito sem crer logo em suas palavras pronunciadas, me tornei seu ponto fraco o que supostamente seria algo negativo, porém meu coração me mostrava outra perspectiva, Simon sente algo por mim.

Aproximo o mais possível dele e sem aguardar sua reação me inclino o beijando, suas mãos em minha cintura me faz sentar em seu colo enquanto o beijo fica mais intenso. Mesmo sendo uma mulher experiente me senti uma adolescente com seu primeiro namorado, seu toque quente deixava chamas pelo meu corpo, e Simon percebeu meu estranho nervosismo, nos seperamos sem quebrar o contanto visual.

— Mandy, eu am...

— Simon ! — A voz aguda de Sofia chama ele batendo na porta.

O tempo necessário para me levantar e arrumar meu cabelo e pegar um livro qualquer fingindo ser interessante. Simon ri da intenção fazendo eu revirar os olhos, ele segue para porta abrindo para Sophia.