10 - Promessa.

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Hey you!

Descobri hoje que Dayni sabe da existência da fanfic e to feliz demais/berrando, por isso resolvi postar hoje, e não Domingo, e também tive que postar porque vocês são ansiosas e meu coração é mole :)

Esse capítulo tá fofo e eh isso.


Daniela

Chegando em casa após pegar Laura no colégio, a primeira coisa que eu precisava fazer era ligar pra Camila. Quando Laura foi tomar banho, entrei no meu quarto e procurei pelo seu nome na agenda do celular. Foram alguns toques até ela atender.

- Achei que você não ia me ligar. - Ela disse assim que atendeu. 

- É óbvio que eu ia ligar. A gente tem muita coisa pra conversar! 

-Comece você. Me conte o que aconteceu depois que eu fui embora. 

- Ok, então vamos lá. - Respirei fundo antes de começar. - Depois que vocês foram embora, para não depender de Justin ou seu pai, arrumei um emprego em uma lanchonete e trabalhei lá durante todo o resto do ensino médio e até o final da faculdade, optei por fazer psicologia e consegui uma bolsa, e o motivo principal foi minha mãe ter ficado doente fisicamente, por culpa de uma doença psicológica. Eu sentia a necessidade de ajudar outras pessoas que estavam começando a passar por isso ou até mesmo passando. Enfim, no último ano da faculdade, um presentinho chegou pra mim, descobri que estava grávida. 

- Meu Deus! Daniela, você tem uma filho? - Ela disse me interrompendo.

- Sim, uma filha. - Falei sorrindo. - Bom, Laura não conheceu seu pai, se bem que não gosto de me referir assim a ele. Justin a negou assim que contei sobre a gravidez. Terminei a faculdade e eu tinha dinheiro guardado de todos esses anos trabalhando. Vim para São Paulo só com minhas roupas e meu dinheiro que não era tanto assim. Consegui um apartamento bem simples e, depois de um tempo, conheci minha melhor amiga, Julia, consegui abrir minha própria clínica e finalmente comecei exercer minha profissão e ela passou a trabalhar comigo. Bom... Isso tudo inclui o nascimento e o crescimento de Laura que agora tem seis anos. Acho que é isso, mulher. 

- Nunca imaginei tudo isso acontecendo com você. 

- Agora é sua vez. Minha história é tão complicada... Me mudei pro Rio pela faculdade, cursei medicina e hoje trabalho num dos hospitais federais daqui. Fim. Eu disse que era complicada. O senso de humor continua o mesmo. Esse não muda. Enfim, Dani, já que está em São Paulo, vamos nos ver em breve.

- Fala sério! 

-Nunca falei tão sério. 

Foi motivo pra eu ficar mais feliz ainda Laura saiu do banho alegando estar com fome e eu tive que me despedir pra atender as necessidades da minha pequena, porém, eu sabia que essa não seria a única ligação e ainda vamos nos ver em breve. 

- Era com a Day que você estava falando? - Laura perguntou, sentada na minha cama, me encarando com uma cara nada amigável. 

- Não, era com Mila.

- Eu vou contar pra Day! - Ela falou séria e decidida, o que me fez gargalhar. 

- Filha, Mila é uma amiga, só isso.

 - Você promete de dedinho?

- Prometo. - Enganchamos nossos dedos e ela pareceu mais satisfeita. - Agora eu vou tomar um banho pra gente decidir o que comer depois. 

- Rápido, mamãe, tô morrendo de fome. 

- Bem rapidinho, pinxeja. - Puxei ela pra mais perto e a abracei apertado. É como se eu tivesse o meu mundo todo nos braços. Segurei seu rosto entre as mãos ainda com ela sentada em meu colo e a enchi de beijos até ela pedir pra eu parar. 

- Eu te amo tanto. - Dei um último beijo em sua bochecha e ela retribuiu com um sorriso tão lindo. 

- Eu também te amo tanto. - Ouvir essas palavras é o que me motiva todos os dias a ser alguém melhor. Tudo de bom na minha vida aconteceu depois que Laura chegou e eu a culpo por cada mudança que me fez mais feliz. 

Ela foi pro seu quarto brincar e eu fui pro banho. Tentei ser rápida já que ela estava reclamando de fome. Fiz nossa comida e Laura queria que eu brincasse com ela de novo e não tive como negar. Fomos pro seu quarto e ela me deu uma boneca. Me sinto uma criança de novo fazendo isso, só que uma criança péssima, porque eu aparentemente não levo nenhum jeito. Dei falta de Day nos olhando como ontem e automaticamente fiquei com saudades. 

Laura demorou pra dormir e assim que caiu no sono, saí do seu quarto louca pra ouvir uma certa voz. Só espero que ela não tenha dormido ainda. 

Estava quase desistindo da ligação já que ela não atendia, a hora que fui desligar, vi que havia sido atendida.

- Oi?

- Oi? - Alguém que não era Day atendeu. Fiquei paralisada por uma mulher atender o celular dela uma hora dessas. 

- Cunhada? Tudo bom? Pera aí que vou passar pra lerda da minha amiga. -  palavras tiraram um peso das minhas costas.

- Oi. - Agora sim, era a voz que eu precisava ouvir. 

- Achei que tinha atrapalhado alguma coisa quando não foi você que atendeu. 

- Claro que não, boba. - Ela riu. - Carol decidiu que hoje seria o dia perfeito pra grudar na amiga dela e veio jantar comigo. 

- Que negócio é esse de cunhada, Dayane? - Falei sorrindo só de pensar na alta probabilidade de isso ser real em breve.

- Ela acha que estamos namorando.

- Poderíamos. - Falei baixo e me arrependi logo em seguida. Não quero parecer desesperada por isso. 

- Oi? - É, ela não entendeu. Obrigada Deus!

- Day, o que você vai fazer na sexta? 

-Eu acho que nada. 

- Nós poderíamos sair pra jantar. 

- Claro. - Sorri com sua resposta.

- Tipo um primeiro encontro? 

-Tipo um primeiro encontro. 

- Como está minha princesa? 

- Falou mais cedo que tá com saudade. E a mãe dela também tá, viu? 

- Eu também. Das duas. Não tinha como não sorrir durante uma conversa com essa mulher (N/A: Quando a Day me responde no direct)

- Enfim, vai dar atenção pra sua amiga. Liguei porque precisava ouvir sua voz.

- Você faz jogo baixo comigo, Daniela, não é justo falar essas coisas quando não posso te beijar.

 -A gente compensa outra hora.

- Vou cobrar. 

- Não vai precisar disso. Bom... Boa noite, Dayane.

- Boa noite, Daniela. -  Encerrei a ligação com o coração acelerado, mas satisfeita por ouvir sua voz antes de dormir. Desde o dia em que a conheci tenho desejado ouvi-la assim todos os dias, mas pessoalmente. Se só a sensação de andar de mãos dadas e beijá-la já me leva ao céu, mal vejo a hora de tê-la na minha cama. Não de forma maliciosa, mas imagino todos os dias como deve ser acordar com ela do meu lado. 

Dayane tem o poder de me fazer dar sorrisos bobos só de lembrar de sua risada, conseguia me deixar anestesiada só com um toque, mas o que o beijo dela faz já está fora do meu alcance de descrição.

Twitter: godcabwllo.

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