1000 Hands.

05 - Quase

Cês acharam que eu não iria postar capítulo novo hoje? 

 1.898 Palavras esse capítulo. Nos vemos lá nas notas finais. 

Day

A tão esperada segunda - feira chegou e eu acordei até com um humor melhor que todos os dias. Hoje o dia seria todinho meu e de Laura.

Nessa altura do campeonato, devo concordar com Carol, eu estava mesmo parecendo uma adolescente tenho a primeira paixão. As cenas do jantar se repetiam frequentemente na minha cabeça, algumas em particular, como o momento em que Laura acabou fazendo Daniela cair sobre minha cama e eu assisti aquilo querendo que se repetisse sempre, a hora em que ela me chamou de "Tia Day" pela primeira vez e, claro, o meu "quase selinho" com Daniela.

Eu sabia que era pouco pra ficar assim, mas tinha sido realmente impossível tirar isso da minha cabeça.

Acabei de me arrumar e saí de casa ansiosa pra vê-las de novo. Dessa vez, combinamos de nos encontrar na cafeteria do lado do estúdio.

- Subo daqui a meia hora com uma visita especial. - Falei passando por Carol que estava entrando no prédio.

- Eu vi quem está esperando por você. Vai que é tua, Day! 

A ignorei e entrei na cafeteria e logo vi Laura sentada de um lado da mesa e Daniela de costas. A pequena sorriu assim que me viu, fazendo com que sua mãe virasse pra trás e sorrisse também. Esse sorriso me desmontava toda. 

- Atrasei? - Perguntei me sentando ao lado de Laura e de frente pra Dani. Dei um beijo no topo da cabeça daquela mini criatura e recebi um abraço de lado em troca.

- Acabamos de chegar. - Daniela afirmou.

- Mamãe não sabe do que você gosta, por isso não pediu nada pra você.

- Não tem problema. Laura, você vem comigo? - Me levantei e estendi a mão pra ela que se levantou também e me deu a mão.

- Vocês vão me deixar sozinha? - Daniela fez biquinho e eu me segurei pra não agarrá-la aqui mesmo.

- Ela tá morrendo de ciúmes. - Laura falou pra mim. - A gente já volta.

Fui até o balcão pegar meu café e enquanto o atendente não trazia, aproveitei pra perguntar pra Laura se ela estava animada, coisa que eu nem precisava fazer porque estava estampado na carinha dela. É tão fácil deixar essa criança feliz.

Peguei meu café e nos juntamos a Daniela novamente.

- Eu tô com medo de deixar ela com você e perder minha filha de vez. Ela tá começando a gostar mais de você do que de mim.

- Se ela não aparecer em casa no horário combinado, não me responsabilizo pelos meus atos.

- Eu coloco a polícia federal atrás de você. - Daniela falou séria.

- Seis horas ela estará em casa.

- Acho ótimo. - Ela acabou rindo. - É brincadeira. Eu confio em você.

- Muito obrigada! Então vamos, Laura? O trabalho nos espera.

- Vamos! - Ela sorriu sem se conter. Nos levantamos e Daniela nos acompanhou até a porta do estúdio.

- Se comporte, mocinha. Até mais tarde. Eu te amo. - Daniela deu um beijo na testa dela e se levantou.

- Vou me comportar. Eu também te amo. - A pequena respondeu. 

- Day, qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, me liga. 

- Pode deixar! - Me despedi dela e entrei no prédio com Laura. Quando chegamos no andar do estúdio, Carol saiu da sua sala e veio encontrar com uma gente.