02 - Laura

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DAY.

Tentei acordar mais cedo hoje pra não acontecer nada parecido com o incidente de ontem, dessa vez não precisei andar quase correndo e esbarrar nas pessoas, principalmente se essas pessoas estivessem com café e celular na mão.

Parei na esquina e olhei pro lado esquerdo, a cena de ontem se repetia, a moça morena com quem eu havia esbarrado andando de mãos dadas com a menininha pela calçada, só que dessa vez elas vinham na minha direção.

Os semáforos não mudavam logo e os carros continuavam passando e me impedindo de atravessar a rua. Batia meu tênis no chão em sinal de nervosismo.

- Alguém não está com pressa hoje. - Era ela falando comigo e ainda sorrindo enquanto segurava a mão da criança.

- Ainda bem que hoje você não está com nenhum copo de café na mão. - Falei a fazendo rir.

- Decidi que seria melhor fazer em casa hoje pra não derrubar em mais ninguém.

- Você derrubou em mim. - A menina falou entrando na conversa e não consegui segurar a risada. (N/A: Parabéns, Dani.)

- Foi só um pouquinho.

- É sua filha?- Eu ia deixar passar, mas a curiosidade falou mais alto.

- Sim. (N/A: Vou explicar no final do capitulo)

- Meu nome é Laura Nunes, minha mãe sempre esquece de me apresentar pras pessoas. - Ela estendeu a mão. (N/A: Vamos fingir que a Day só tem o Lima no nome).

- Prazer, Laura! Dayane Lima (N/A: Quem é Dayane Lima (???) ).

-Até minha filha lembra de se apresentar e eu não. Daniela. - O nome dela ecoava dentro da minha cabeça - Foi bom te ver de novo e não derrubar café em você dessa vez. - Ela sorriu.

- Foi bom te ver de novo e não ter feito você quase quebrar seu celular.

- Mãe, eu vou chegar atrasada. - Laura falou puxando a blusa dela.

- Precisamos ir. Tchau, Dayane.

- Tchau, Daniela. E tchau, princesa. - Passei a mão sobre seu cabelo liso, quase idêntico ao da mãe e ela sorriu.

- Tchau.

As duas seguiram conversando e mais uma vez fiquei parada feito boba as observando, Luna virou pra trás e abanou a mão, eu imitei o ato, Daniela olhou pra trás e sorriu também. Não sei quantas vezes o semáforo abriu e fechou, de novo eu perdi a noção do horário conversando com ela e dessa vez, com a pequena também.

Fui até o prédio que ficava meu estúdio pensando no último sorriso que ela deu quando olhou pra trás e acabei sorrindo involuntariamente.

- Sorrindo sozinha por ai agora? Carol perguntou quando nos encontrarmos em frente porta.

- Proibido?

- Claro que não, só achei estranho Dayane Lima sorrindo sozinha enquanto chega pra trabalhar. - Entramos no elevador e hoje minha visão no espelho não foi uma blusa coberta por café. As portas se abriram e eu segui pra mesa que tinha no estúdio enquanto Carol seguiu para o computador.

- Bom dia, Day. Recebemos uma ligação da Ana Gabriela querendo marcar um dia para gravar com a gente. ADZ falou quando passei por seu canto de gravação e instantaneamente comemorei.

- Muito obrigada, vamos marcar um dia que dê para nós três. - Fui para o meu computador e comecei a editar o vídeo que gravei ontem. A edição já estava quase completa. Eu acabei esquecendo de editar o vídeo todo ontem, porque outra coisa, ou melhor, outra pessoa começou ocupar a minha mente.

Consegui terminar o mais rápido que eu pude e felizmente saiu da forma esperada, agora eu só espero que os Limns gostem. Se tem uma coisa que eu odeio, certamente é regravar vídeos, e entre regravar esse e eu jogar do alto de um arranha céu, eu escolheria a segunda opção. Além do mais, eu e Carol ainda não terminamos de escrever uma outra música.

DANI.

Depois de deixar Laura no colégio e ter ouvido caminho todo sobre Dayane e explicar a história do café que derrubei nela, fui pro consultório.

Entrei na clínica e alguns pacientes já estavam sentados esperando, cumprimentei Julia e entrei direto na minha sala.

- Muita gente tá ligando e querendo marcar horário, mas ta difícil conciliar tudo, sua agenda cheia. -Ju entrou na minha sala com uma agenda na mão e mostrou todos os horários marcados.

- Vai encaixando como pessoas e não deixa de marcar os pacientes que vem semanalmente.

- Ok, Daniela, já vou mandar entrar o primeiro. Pronta pra ouvir mais problemas?

- Desde que escolhi psicologia. Pisquei pra ela e ela piscou de volta, saindo da sala.

Atendi todos os pacientes, ouvi diversos problemas e paranoias até Julia entrar na sala e falar que não tinha mais ninguém. Agradeci mentalmente por isso. Amo minha profissão e me esforço ao máximo pra conseguir ser a melhor, mas também preciso de descanso.

Saí da clínica, passei no colégio de Laura e a vi no meio das crianças, quando ela me viu, correu e pulou no meu colo.

- Achei que hoje a tia Juju me buscaria. - Ela falou dando um beijo na minha bochecha.

- Estou te poupando disso hoje. - Falei, a fazendo rir. É que Julia ensina algumas coisas inadequadas pra idade da minha filha. - E aí, como foi seu dia na escola, Walz.(N/A: Referencias, mores)

Laura me deu a mão e eu peguei sua mochila a colocando nas minhas costas, ela contou sobre coisas novas que fez hoje. Chegando na rua do nosso prédio, ela parou na esquina onde havíamos encontrado Day mais cedo e parou.

- Mãe, por que a gente não convida Day pra jantar com a gente pra compensar o banho de café que você deu nela?

- Nós nem a conhecemos, filha.

- Mas ela parece ser legal. Ela me chamou de princesa.

- Eu sempre te chamo de princesa.

- Mas você é minha mãe. E a gente pode conhecê-la melhor. E ela já apareceu na globo, no The Voice lembra? - Às vezes eu fico me perguntando onde foi que eu acertei, minha filha não parece ter seis anos de idade e não vou negar que aprovo a ideia de conhecer Dayane melhor.

Hey you!

Mores, a parada da Dani ter filha é porque a fic é adaptada e não dava para tirar a menina da história, então a minha ideia é da Laura ser adotada.

Se vocês tiverem alguma outra ideia ou gostarem dessa ideia de adoção me falem.

Ah, como eu não sou trouxa, eu coloquei o nome da menina de Laura, porque é meu nome rs.

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