Claire De' la brue

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Estamos andando há horas e a única "conversa" que tivemos foi a Melanie dizendo que não iriamos parar para descansar e Teilles reclamando.

O caminho até as terras de Amma duraria cerca de um dia e meio, segundo oque a Melanie disse, e estamos andando há, no mínimo, quatro horas.

Meus pés não aguentam mais, e meu corpo implora por descanso.

Apesar de tudo, a minha prioridade agora é estar segura e voltar para casa.
Esclarecer tudo isso.

- Beibots. - Melanie diz de repente enquanto para bruscamente.

Isso não parece bom.

- Droga! - sussura Teilles.

- Mas... como ela sabe? - pergunto o olhando enquanto ele pega a faca.

- Ela sempre sabe.

- Vamos parar por um tempo, não podemos correr o risco. - Melanie diz enquanto retira da bolsa uma manta e a forra no chão.

Nos sentamos em cima da mesma e o silêncio volta novamente.

Teilles pega a água.

Melanie olha para mim.

Olha para Teilles.

Ela abre a boca para falar.

E de repente um barulho quebra o silêncio.

- Eles estão aqui. - Teilles sussurra.

Homens muito pálidos, usando "sobretudos" pretos e com feições metálicas formam um círculo ao redor de nós em um minuto.

- Olha só oque temos aqui - um deles fala enquanto se aproxima. - Três jovens indefesos... Seria uma pena se sumissem.

- Não ouse chegar perto! - Melanie aponta para o mesmo. - Apstournium!

- Como ousa!

Uma cúpula verde nos separa das criaturas e Melanie começa a falar palavras estranhas enquanto ergue as mãos e se ajoelha no chão.

O homem, de repente, começa a se transformar em uma criatura horrivel, sem pelos e com dentes assustadores.

Todos eles se transformam no mesmo e começam a ranger os dentes como cachorros raivosos.

Melanie começa a falar as palavras mais alto e em tom mais firme, como um ritual.

As criaturas começam a tentar ultrapassar a cúpula.

Teilles me puxa para trás e eu o olho como se buscasse em seus olhos um refúgio, mas ele apenas observa tudo como se fosse a coisa mais normal do mundo.

As criatura são jogadas para trás e começam a correr. Melanie para de citar as palavras e a cúpula verde desaparece.

Tudo volta ao "normal".

- O que acabou de acontecer aqui? - grito apavorada.

- Beibots. Dos mais fracos. - diz Teilles.

- Eu não posso mais acompanhar vocês. É muito perigoso. - Melanie começa a dobrar a manta, antes usada para forrar o chão.

- Você não pode estar falando sério! Você sabe que a minha magia é muito fraca. Vai nos deixar aqui para morrer?

- Eu não posso ir com vocês, tente entender - estende um pedaço de papel para Teilles. - Este é o mapa. Boa sorte.

Melanie vira as costas e começa a, simplesmente, andar, enquanto Teilles grita o seu nome e o quanto ela é egoísta.

Estamos novamente apenas nós dois.

- E agora? - pergunto.

- Vamos continuar.

- Mas não é perigoso? - encaro ele enquanto revira os olhos.

- Quer ficar aqui por acaso?

Nós dois começamos a andar.

Eu senti que o caminho até o nosso destino não seria nada perigoso. Não comparado ao que viria pela frente.

E mais perguntas inundaram minha mente, sem fim nem começo.

Onde estou?