- Está vendo aquela montanha? - Teilles aponta para uma montanha a alguns muitos quilometros de distância. - Depois que passarmos por ela já estaremos nas terras de Amma.
- Por que a montanha está coberta por neve, sendo que estamos quase derretendo aqui?
- As terras de Amma são frias. Lá o sol é praticamente inexistente. - diz enquanto para pra pegar a garrafa de água.
- Eu amo neve. - falo pegando a garrafa de sua mão e ele murmura encerrando a conversa.
Mas dessa vez eu não vou resistir.
- Por que você não conversa comigo?
- Não começa, não agora.
- Não começar com o que? Eu te salvei. Lembra disso? Estamos andando juntos há quilômetros e quilômetros e você mal fala comigo.
- Vamos parar para descansar, já vai escurecer. - fala mudando de assunto.
Se ele não quer conversar comigo não sou eu que vou obriga-lo. Assim que chegarmos no nosso destino irei procurar alguma maneira de voltar para casa.
Me deito no chão de terra coberto por folhas e viro para o lado oposto de Teilles.
Sinto meus olhos pesarem e me entrego ao sono.
- Bom dia. - diz o desconhecido desnudo deitado na minha cama.
- Você precisa ir embora! - digo me levantando e procurando as minhas roupas pelo quarto.
- Você não queria que eu fosse embora ontem quando...
- Cala boca! Droga. Droga. Droga!
Termino de me vestir e jogo as roupas dele em cima da cama.
- Vou sair, se vista e vá embora! A chave está no vaso, quando sair deixe embaixo do tapete.
- Tá, estressadinha.
Reviro os olhos e saio pela porta.
Aperto o botão da chave e o carro abre, entro no mesmo e o ligo.Começo a dirigir em direção à casa dos meus país.
Apenas oito minutos depois chego na mesma, nunca gostei da ideia de ficar longe deles.
Estaciono o carro e caminho até a porta, coloco a chave na fechadura e giro a mesma sentindo um calafrio.
Abro a porta e vejo a casa do jeito que sempre esteve, a única diferença é a poeira presente e a sensação de vazio.
Ando lentamente até a estante de livros que fica na sala.
Meu pai amava ler.
- Papai... Mamãe... O que eu faço? - sinto lágrimas surgirem no meu rosto quando toco no livro favorito de meu pai.
Teyr - As aventuras de Amma.
- Ei! - uma mão bate no meu rosto, me dando a sensação de ardência - Acorda garota!
- Hmmm... o que foi?
- Você estava chorando enquanto dormia, garota estranha.
- E qual foi a necessidade de me bater?
- Vamos. Com sorte, chegaremos lá na hora do almoço. - diz depois de revirar os olhos enquanto se levanta.
- Tá.
Começamos novamente a andar.
O sonho.
Aquele sonho foi estranho.
- Planeta terra? Nunca ouvi falar senhorita. Deve ser uma terra bem longe. - diz me fazendo o olhar com os olhos arregalados - Como parece perdida moça, irei deixar bem claro para você onde estamos. Universo Teyr. Nas terras de samira, comandadas pelo rei Hermides.
Universo Teyr.
Terras de Amma...
Aquele livro.
Como é possível que isso esteja acontecendo? Como posso estar aqui?
Deus, estou enlouquecendo!
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Claire De' la brue
FantasyE se algum dia você acordasse em um lugar escuro, sujo e com pouca ventilação? Uma torre. E se você descobrisse que está presa, condenada a morte. E se o seu único aliado fosse um homem que a todo momento carrega uma faca. Você não se lembra de nad...