Événements Surnaturels

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POV Narrador

Pelo que pareceu sorte, ninguém foi atingido de forma grave pelos cacos. Steve estava ao lado da noiva, mas perdeu Lilyth de vista.

—Lily! Lily, cadê você?

Um vento estranho entrou pela janela, e fez a poeira baixar. Lilyth estava no colo de Loki, desmaiada. Mas Steve sentiu que não fora culpa do trapaceiro, muito pelo contrário, ele havia sido atingido por mais cacos que todos eles. Os cacos de vidro que iam machucar sua filha.

—Ela está bem.-Respondeu o Asgardiano, entregando a menina ao Capitão.-Mas acredito que tenha um par de insultos guardados pra você, Stark.

—Imagine.-Falou o loiro midgardiano, abraçando a menina contra seu peito.-Minha Lily não fala palavrões.

—Bruxinha esperta...

—Bruxa?-A voz de Sam ecoou pela sala.-Como assim, bruxa?

—Não agora, Sam.-Pediu Steve, vendo a filha acordar, um pouco tonta.-Como se sente, meu anjo?

Os olhos azuis se abriram e foram diretamente para os de Tony, que sentiu sua espinha gelar.

—Você fez uma coisa muito, muito, muito errada, Stark. E vai pagar por ela enquanto não admitir o que fez.

Em seguida, a menina apagou outra vez. Mas tanto Steve quanto Amelie notaram certa diferença na voz de Lilyth. O loiro já havia escutado sobre mesa branca e possessão de espíritos. De fato, as tardes que passava ouvindo sobre aquele mundo tão diferente do qual a enteada fazia parte eram deveras enriquecedoras.

—Lily?-Amelie balançou levemente a filha, apesar de cética, extremamente preocupada.-Lily, por favor acorda.

Demorou cerca de duas horas para a menina acordar. Seu nariz havia sangrado, e Steve pediu a Jarvis uma bateria de exames, que não apontou nada de estranho. 

—Pai...-A menina chamou, sendo, imediatamente segura pelo loiro, que lhe beijou os cabelos azuis.-O que aconteceu?

—Acho que alguém usou você para dar um recado ao Tony.-Falou com carinho, sentindo a menina se esconder em seu peito.-Não lembra de nada, filha?

POV Steve

Ela balançou a cabeça negativamente, antes de se dispor a me ajudar a fazer o jantar. A coloquei sentadinha na mesa, e fui preparando a janta, ouvindo os conselhos que ela dava. Não demorou muito para ela estar cantando baixinho, nem língua desconhecida, e desenhando algo em uma folha. A medida que ela cantava, a energia na casa parecia dissipar. Pepper, Laura e Amelie vieram me auxiliar na cozinha, ficando surpresas por já estar tudo praticamente pronto.

—Lilyth? O que é esse desenho?

Perguntou Pepper. Também me interessei pelo que ela fazia, vendo uma mansão muito antiga, aparentemente abandonada. Mas o que me chamava a atenção era o vulto negro, que lembrava um garotinho de uns 10 ou 12 anos, parado em frente as escadas de entrada. A única coisa que se via dentro da sombra eram intensos olhos castanhos.

—Antony cresceu nessa casa. É por isso que não cuida dela.-Ela respondeu de forma quase fria.-É uma casa velha... Sabe-se lá o que lhe assombra os cantos.

—Ao que parece, meu anjo, você sabe.

Apontei o menino que parecia só mais um detalhe da paisagem, e isso a fez olhar diretamente para mim.

—Ele não mora mais na casa, papai... Ele mora com o Tony, agora.

Senti um arrepio percorrer minha espinhas, assim como parece ter acontecido com as outras três mulheres.

—Lily, deixe de dizer asneiras.-Amelie repreendeu a filha, ganhando um olhar cansado do noivo.-Isso não tem graça, está assustando a Pepper.

—Pepper me pediu pra vir. Ela quer saber o que ele tem. Não é uma doença física. É pior, e isso está muito perto de matá-lo. Aliás, eu tiraria o copo de Whisky da mão dele, antes que ele exploda.

A ruiva imediatamente correu pra sala e fez o que ela disse. Ame iria repreendê-la, de forma mais severa. Antes de haver o som de vidro explodindo. O copo estava estilhaçado, e como ela o havia dito que aconteceria. Antony estava de olhos arregalados, e no momento, olhava a bruxa, que estava segurando a mão do Steve, quase como uma criança, que busca conforto no toque do pai.

—O que, exatamente, está acontecendo?

—Já está assustado? Ainda faltam quatro horas para as três da manhã. Eu deixaria pra sentir medo às duas.

Faites Attention à Ce Que Vous Ne Savez PasOnde histórias criam vida. Descubra agora