Adrien só despertou dos devaneios, quando ouviu a porta do banheiro bater, se aproximou da porta e pôde ouvir uma risada da mestiça, franziu o cenho, mas logo sorriu abertamente, tocou a porta, como se pudesse toca-la, suspirou.
Marinette pulava feliz dentro do banheiro, não conseguia mais manter aquela felicidade dentro de si, queria gritar mas Adrien a acharia estranha, já bastava aquela risada alta que soltou, se encostou na porta e abraçou o próprio corpo, respirou fundo e sorriu.
-Tem o cheiro dele- murmurou para si mesma.
Deixou o corpo cair, se sentando nos calcanhares, olhou ao redor, e seu sorriso só abriu mais, mordeu os lábios e se levantou bruscamente.
-Estou no banheiro do Adrien- falou eufórica e conteve um grito.
Riu nervosa e andou até a pia enorme que tinha ali, se olhou no espelho, e sentiu seu coração dançar um ritmo mais agitado, levou a mão até uma mecha saliente, que teimava em cair nos seus olhos, a colocou para trás da orelha, umedeceu os lábios.
-Hoje é o melhor dia da minha vida- Marinette falou com confiança.
-Marinette?- Ouviu a voz de Adrien do outro lado da porta.
Sentiu um arrepio percorrer todo o seu corpo, "Ah eu sempre sonhei com esse momento", pensou, se ajeitou e andou a passos pesados até a porta, a abriu rapidamente e se assustou ao ver Adrien tão perto, seus olhares se perderam um no outro, e ela ousou em dar mais um passo, sua mente gritava que isso era um erro, mas seu corpo estava agindo sozinho.
Adrien se sentia mais perdido que a garota, não sabia o que fazer, e nem entendia o porquê de estar pensando no quê fazer, era Marinette, sua colega de classe, apenas uma amiga, não deveria estar pensando nela dessa forma, mas não conseguia se controlar, andou mais um passo, podia sentir o calor do corpo dela, viu ela fechar os olhos, o que fez com que ele tivesse que umedecer os lábios de nervoso, segurou o rosto dela com as duas mãos, fechou os olhos também, mas logo se fez presente a lembrança de Ladybug, se afastou bruscamente, e levou as mãos ao rosto, direcionou seu olhar para Marinette, e percebeu que ela ainda mantinha os olhos fechados, praguejou, "Droga, o que eu faço?", essa frase se repetia em sua mente, tossiu nervoso e ela se assustou, corando violentamente em seguida, ele abriu a boca para falar mas não saiu nada, respirou fundo e sorriu amarelo.-Achei sua bolsa- Praguejou, sua voz saiu falhada.
Estendeu a bolsa para ela, que a pegou rapidamente, murmurando um "Obrigada", ela se afastou em passos pesados, e o loiro soltou o ar que prendia, olhou para a menina que procurava algo no celular, ele supôs que fosse a lista telefônica.
Marinette se forçava a se manter calma, mas não estava dando certo, já estava rodando a lista de contatos há um tempo, fechou os olhos, e respirou fundo, acalmando o coração, mordeu os lábios com força, discou o número de casa, e levou o celular ao ouvido, suspirou tranquila ao ouvir a voz de sua mãe.
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memories in the rain
RomanceAdrien: Muitas vezes eu fecho meus olhos, e eu posso ver teu sorriso. Você chegando até minha mão,e eu estou a despertar do meu sonho, embora o seu coração seja meu, nos afastamos a cada dia. Como eu posso te amar, se você não consegue olhar direta...