♢Arya♢

•Chapter 7

   A primeira a tocar foi a Marianna que tocou violino maravilhosamente, segunda foi Kharin que tocou arpa e a terceira foi a Julianne que tocou piano.

—Arya você tocará o que? -Perguntou Henriq.

—Irei tocar piano, Também. -Falei dando um passo a frente e indo em direção do belíssimo piano de cauda clássico.

O piano era tão perfeitamente esculpido com detalhes tão bonitos que eu não pude evitar de parecer admirada, assim que me sentei a frente do piano comecei a tocar... Uma melodia simples porém bela... Demostrando todos os sentimentos que estava sentindo ao longo desse tempo que tenho passado aqui, no momento meu único foco era o piano e a música, a sala inteira se silenciou aos meus ouvidos e a única coisa que podia ouvir era do doce som do piano.

Meus sentimentos fluíam livremente na melodia... Queria continuar a tocar, colocar todos os meus medos e frustrações para fora em forma de uma bela melodia... Mas logo tive a consciência de que não poderia tocar por muito tempo com eu desejava, então logo toquei a nota final.

Olhei para eles e me levantei.

—Bom... Muito bom, você criou a melodia e mesmo assim ele continuou belíssima... -Leonard falou me encarando.

—Obrigada. -Voltei para o lugar que eu estava antes.

Me sentei novamente ao lado de Marianna, logo pude ouvir um sussurro...

—Fique tranquila Julianne você foi dez vezes melhor que essa aí -Novamente a voz de Kharin.

—Mas ela recebeu um elogio do Leonard -Retrucou Julianne.

—Foi só por pena pode ter certeza...

Elas se calaram quando Oberyn começou a falar.

—Agora vamos para as verdadeiras provas.

Primeiro nós trocamos de roupa... Uma roupa não muito comum para uma princesa ou uma mulher, na verdade em toda minha vida nunca havia visto roupas como aquelas; uma calça preta que ficava colada em nossos corpos e uma blusa que não tinham mangas e eram um pouco decotadas também preta.

Todas estávamos com a mesma roupa e eles também trocaram de roupa colocaram uma espécie de calça de dormir e uma blusa parecida com as nossas. 

—Bom, nós mesmos vamos treinar vocês... Já viram cavalheiros ou até mesmo seus irmãos treinando luta corpo a corpo?ou seja uma luta sem armas.

Todas responderam que sim e eu também... Mas uma coisa que não mencionei é que quando era mais nova, antes de completar dezesseis primaveras, Martiin me ensinava tudo que aprendia nas aulas de combate que ele tinha, então eu sei algumas coisas.

—Nós vamos escolher quem treinar e obviamente um de nós treinará duas de vocês. -Oberyn falou nós olhando enquanto andava de um lado para o outro.

As meninas não conseguiam disfarçar a ansiedade de poder serem escolhidas por algum deles.

—Arya? -Leonard me chamou.

—Sim? -respondi despertando dos meus pensamentos.

—Venha -Esticou a mão... Não sei porque, mas me lembrei do meu sonho onde suas mãos tocavam meu rosto e seus lábios minha pele.

Exitante aceitei sua mão novamente, seu toque me deu borboletas no estômago, encarei seu rosto e por um momento pude sentir um pouco de carinho em seu olhar, mas logo seu olhar voltou a ser rígido e frio.

Henriq escolheu Julianne, que deu um sorriso radiante. E Oberyn teria de treinar as duas que restaram.

Nós fomos os primeiros os outros ficaram aguardando.

—Você tem alguma noção de defesa pessoal? -Perguntou enquanto me encarava.

—Um pouco...

—Então eu vou pegar leve com você. Pode dar o primeiro golpe -Falou entrando em modo de defesa.

Eu analisei sua posição, seria bem difícil dar um golpe bom... Pois a defesa dele estava completamente perfeita e quando o Martiin me ensinava as coisas que ele aprendia era fácil de derruba-lo, pois ele ainda não tinha estatura de um homem.

Dei uma rasteira como havia aprendido, mas não fez efeito nenhum, porém foi o suficiente para distrai-lo e corri e agarrei seus pulsos e os prendi atrás de suas costas com minhas mãos, assim o imobilizando.

—Muito bom para um princesa, mas não o suficiente -De alguma forma ele se desvencilhou da imobilização trocando nossas posições, agora eu estava imobilizada.

Ouvi aplausos dos outros líderes e nessa hora Leonard me soltou.

—Muito bem, você pode começar a treinar no nível normal amanhã -Falou com um sorriso satisfeito em seu rosto.

—Terei de treinar todos os dias? -Perguntei.

—Sim, mas não será por muito tempo, logo escolheremos nossas noivas.

—Em quanto tempo -Marianna perguntou.

—Em duas ou três semanas já deverão estar casadas com algum de nós. -Henriq disse.

Logo após disso as outras meninas testaram suas habilidades e sinceramente elas foram um fracasso completo.

Após todas as provas nós fomos dispensadas.

E Demera estava a minha espera.

—Como se saiu senhorita?

—Não sei exatamente, mas fiz meu melhor... -contei o que aconteceu durante o dia.

Fomos conversando no caminho para os meus aposentos.

Demera tem sido minha única amiga aqui... A única com quem posso contar o que aconteceu no meu dia e como estava me sentindo.

—Demera por favor prepare uma banho de água quente por favor. -Pedi enquanto me despia.

Me olhei no espelho e vi marcas roxas em minhas coxas e braços, soltei um pequeno sorriso e pensei comigo enquanto observava as marcas roxas em meu corpo.

Parece que me esforcei até demais.

—Seu banho está pronto... Essas marcas... Foram de hoje? -Perguntou.

—Sim -Sorri —Eu costumava a ficar assim quando eu praticava junto com meu irmão, logicamente praticavamos escondidos, porque se minha mãe descobrisse eu ia ficar meses de castigo, então eu sempre preparava meu banho sozinha e ia tomar banho sozinha também, para que ninguém soubesse que Martin me ensinava as coisas que aprendia com o mestre armas e o mestre de defesa, mas logo a minha mocidade floresceu e eu não pude mais praticar com ele.

—A senhorita tem boas lembranças de sua infância. E isso é bom, a maioria das princesas sempre tem lembranças de suas lições e nada mais. -Falou.

—Sim... Demera está dispensada por hoje... Só traga minha refeição e pode ir. -Falei enquanto entrava na banheira.

—Como desejar -Falou enquanto abria a porta.

—Demera! -A chamei antes que pudesse ir embora.

—Sim?

—Obrigada, obrigada por tudo que tens feito por mim -Falei dando meu sorriso mais doce.

Ela sorriu e acenou com a cabeça e em seguida saiu.