CHAPTER FOUR

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Atualmente

Nova York, 20 de Janeiro de 2018

- Alô? - Atendo o telefone e coloco no viva voz enquanto dirijo nas ruas movimentadas de Nova York.
- Ash? - Ouço a voz culpada do outro lado da linha e nego com a cabeça.
- Nada de "Ash", me fala o que você fez. - Falo sem paciência. Jonathan só me chama de "Ash" quando fez algo de errado e quer que eu conserte.
- Bom, lembra da guitarra que você me deu 2 meses atrás? - Ele enrola bastante até terminar a frase, mas antes de terminar eu já sei do que se trata. Seguro firme o volante e mantenho o foco na estrada.
- O que você fez? - Pergunto finalmente.
- Eu não fiz NADA! - Ele exclama. Será que realmente acredita nisso ou só está brincando comigo?
- Jonathan Christopher Thompson. O. Que. Você. Fez? - Há uma longa pausa do outro lado da linha, até que ele dá um longo suspiro.
- Ela quebrou. - Na mesma hora sou forçada a parar o carro, pois outro entra em meu caminho como um maluco. O carro para tão bruscamente que meu corpo quase voa para frente. Antes do carro maluco desaparecer da minha vista, gravo a sua placa: FRG3474. Anoto a placa em um papel, dobro e coloco o papel dentro da minha agenda para não esquecer. - Aisha? Tá tudo bem? - Ouço a voz preocupada de Jonathan do outro lado e volto para a realidade.
- Sim. Um maluco acabou entrando na minha frente do nada e acabou me fazendo parar. Por pouco não batemos. - Suspiro alto e balanço a cabeça, voltando ao assunto inicial. - Jonathan, desculpe mas dessa vez não irei comprar uma guitarra nova. Ou você arruma um emprego, ou vai ficar sem dinheiro, sem guitarra e sem banda. - Desligo na cara dele. Ele me liga novamente mas eu desligo o celular e o jogo dentro da bolsa.
Seguro firme o volante e vou em direção à Morristow.

FLASHBACK

New York, 11 de Março de 2016.

Pego um monte de folhas brancas em cima da mesa e começo a traçar uma estratégia para uma missão. Depois da quinta tentativa, desisto e jogo todas as folhas no lixo. Uma folha rebelde não acerta o lixo e cai em meus pés. Reviro os olhos e levo as mãos à cabeça.
- Perdeu alguma coisa? - Levanto a cabeça e dou de cara com Steve segurando a bolinha de papel amassada rebelde. Tento sorrir pra ele e pego a bolinha de sua mão, jogando-a novamente no lixo e desta vez acertando. Bufo alto e ele ri. - Qual o problema, Linda? - Ainda não me acostumei com ele me chamando assim, mesmo que ele já tenha me chamado desse nome umas 20 vezes essa semana.
- Não consigo. Não tenho inspiração para fazer a estratégia da missão.
- Mas não devia ser o comandante da equipe que deveria fazer? - Ele pega uma cadeira e se senta ao meu lado.
- Sim, mas ele passou a tarefa pra mim. Se eu conseguir isso vai ser um grande passo pra minha carreira, não posso desperdiçar a oportunidade. Tenho que ao menos tentar. - Digo pegando a caneta e batendo na minha cabeça varias vezes.
- Mas não é o que você está fazendo agora? - Ele levanta a sobrancelha. Olho para aqueles olhos azuis e me perco por um momento.
- Mas nada é bom o suficiente. - Lamento mais pra mim mesma do que pra ele.
- Qual é a missão?
- Um cyberterrorista.
- O que quer matar o presidente? - Ele pergunta com as sobrancelhas erguidas de surpresa.
- Sim.
- Aisha isso é fantástico. Se você conseguir achar o culpado você vai conseguir muito mais do que alguns passinhos na sua carreira. Você vai ser uma heroína. - Sua voz é tão alegre que não posso evitar de rir.
- Calma-lá, eu preciso apenas construir uma estratégia pra pegar o criminoso.
- E você vai conseguir, sei disso. - Ele pega minhas mãos e sorri.
- Obrigada. Mas agora eu preciso sair daqui pra esfriar a cabeça. - Me levanto, mas sem descolar nossas mãos. Ele se levanta também e assente com a cabeça.
- Tem razão. Vem comigo, eu tenho uma ideia. - E com isso ele me puxa para fora do prédio.

ATUALMENTE

Morristown, 20 de Janeiro de 2018

Foi uma viagem de uma hora e meia até Morristown, onde eu irei me encontrar com minha equipe que vai me ajudar antes, durante e depois da minha missão.
Paro meu carro em uma casa afastada da cidade. A casa é tão linda por fora quanto por dentro.
Na entrada, ha um lindo jardim com a grama verde recém-cortada e algumas arvores e arbustos que cobrem o redor. A grande porta de madeira fica de frente para uma escada com três pequenos degraus. A parte de baixo da casa é linda, mas não se compara à parte de cima, onde telhados triangulares brancos escondem quem está dentro do calor do sol que está a nascer atrás da linda casa.
Na entrada, escuto pessoas conversando e sigo as vozes.
Encontro 5 pessoas na sala jantar sentados nos lugares postos a mesa. Uma garota asiática e um rapaz loiro no lado direito, um garoto que parece ser o mais jovem ali e uma mulher com cabelos negros que iam até os ombros no lado esquerdo. Meu querido amigo está em pé no canto da mesa, olhando uma pasta. Em cima da mesa estão fotos da equipe de vigilantes, plantas de casas, e armas. Muitas delas.
O único da equipe de apoio que eu conheço é o Ben. Eu já vi alguns desses agentes na unidade, mas nunca cheguei a falar com eles. O Tenente disse que eram os melhores do FBI, então devem ser de confiança.
A asiática é a primeira a me cumprimentar quando entro sala
- Olá agente Thompson - diz ela. Quando ela se aproxima vejo que está por volta dos seus 23 anos de idade ou seus cabelos lisos e olhos puxados a fazem parecer mais jovem. - Eu sou a agente Tuya, mas alguns me chamam de Yuni. Sou a responsável por ajudar em seu disfarce. - Disse me estendendo a mão e sorrindo.
Caminho até ela, e a cumprimento com um sorriso, sinto que vou gostar dela.
- Olá a todos, desculpe a demora. Demorei mais tempo do que o esperado para sair de Nova York. - Digo ficando ao lado de Ben, que me cumprimenta com um sorriso.
- Não tem problema - Diz o rapaz mais novo. Ele chega ao meu lado, deixando à mostra algumas sardas de sua face. - Nós acabamos de começar. Eu sou James Gael, sou responsável pela tecnologia. - Dou um sorriso de lado, fazendo-o corar.
- Eu sou o agente Marc d'Estaing, a seu dispor - diz o loiro bronzeado.
- Eu sou a agente Scott, e agora que você chegou podemos continuar, imagino que não precisa ser apresentada ao seu parceiro. - Diz a mulher de cabelos curtos e olhos castanhos escuros.
- O que vocês estavam discutindo? - Pergunto mudando o assunto, no mesmo tom da Agente Scott. Sinto que perto dela vou ter que acalmar meu "temperamento de dragão", como diz Jonathan.
- A sua entrada para a equipe de vigilantes. - diz Yuni - temos que arranjar uma estrategia para você conseguir entrar na equipe sem eles desconfiarem de nada.
- Eu vou montar uma nova vida para você. - Diz James - sem antecedentes no FBI, histórico escolar, amigos virtuais, emprego, família, sem nenhuma relação com sua vida atual.
- Eles irão investigar tudo sobre a sua vida. Deste de seus antecedentes e amigos no maternal ate hoje. - diz Marc.
- E é por isso que a partir de hoje iremos treinar sua história, para quando você estiver lá não haja erros. - Diz a Agente Scott, levantado levemente a sobrancelha e me encarando.
- Não haverá. - Digo a encarando. Qual é o problema com essa mulher?
- Sendo assim - Diz Ben. Eu me viro para ele e vejo orgulho reluzindo em seus olhos ao me entregar um passaporte.
Abro o passaporte e vejo minha foto e ao lado um nome.
- Seja bem vinda, Natasha Hayes - Diz Ben enquanto eu encaro minha nova vida. É como dizem: "Para conhecer seu inimigo, você precisa se tornar seu inimigo."

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Hello❤ Postamos o capítulo mais cedo ( De novo😂), porque somos muito ansiosas. Mas então meu povo e minha pova, começaram os preparativos para a missão ( Bem-vinda Natasha)!! O que vocês acharam dos novos personagens?? E não esqueçam de comentar, dar uma estrelinha e compartilhar, porque isso nos ajuda MUITO😊

bjs 😘

- May&Nick

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