Atualmente
New York, 22 de Janeiro de 2018Chego em casa exausta e jogo a bolsa no sofá. Mas logo também acabo me jogando no mesmo.
- Olha quem resolveu aparecer. - Jonathan diz entrando na sala e parando na porta. Abro os olhos e levanto. Cruzo os braços e, quando estou a ponto de me desculpar por mais cedo, sobre a guitarra, vejo que esta todo arrumado.
- Aonde você está indo?
- Vou sair. - Ele pega o casaco da arara perto da porta e começa a vesti-lo.
- Não, você não vai. - Vou com agressividade para cima dele e tiro o casaco a força.
- Qual o seu problema? Me impedir de sair de casa agora é sua nova técnica? - Ele grita.
- Do que você tá falando? - Digo com a voz controlada. Não quero começar uma discussão, de novo.
- Fala serio, Aisha. Desde que nossos pais morreram você fica querendo tomar o lugar deles. - Ele grita na minha cara. Fico chocada com suas palavras cruéis. - Mas advinha só, irmãzinha perfeita: Você nunca vai ser como eles! - Seus olhos azuis estão marejados, mas ele se recusa a deixar uma lágrima escapar. Respiro fundo e olho em seus olhos. Quando uma lágrima teimosa escapa, eu a limpo. Ele vira a cabeça.
- Jonathan, - Chamo num sussurro. Ele continua com a cabeça virada para o outro lado. - Você é meu irmãozinho. Tudo que eu quero é ver você bem.
- Então por que está fazendo isso? - Ele finalmente vira a cabeça e eu vejo a dor em sua face.
- Por que você tem que aprender que a vida não vai simplesmente te dar dinheiro para uma nova guitarra todo santo mês. - Meu sangue começa a ferver, mas eu respiro fundo e me acalmo.
- Mas nós somos ricos. Todo o dinheiro que nossos pais deixaram está com você. - Ele diz com ódio na voz. Nego com a cabeça.
- Esse dinheiro não é meu. Esse dinheiro é seu. - toco para o seu peito, mas logo me assusto. - Você andou malhando? - Pergunto ao perceber seu peito duro. Aperto seu mamilo e ele ri e tira minha mão rapidamente. Finalmente um sorriso.
- O que você quer dizer com "Meu"?
- Esse dinheiro é para sua faculdade, talvez para quando você precisar quando mais velho. Não precisamos desse dinheiro agora. Não para comprar uma guitarra, entende? Se você realmente quer, tem que trabalhar duro como as outras pessoas. - Sorrio para ele, que sorri de volta e assente com a cabeça.
- Tá bom, acho que posso ao menos tentar achar um emprego. - Ele revira os olhos e sorri. Eu o abraço e ele me aperta forte.
- Mas agora é sério, você andou malhando? - Ele começa a rir alto e eu rio com ele.
- Pode parar com essas perguntas constrangedoras. - Ele desfaz o abraço, pega o casaco da minha mão e o coloca na arara novamente.
- Sou sua irmã, é minha responsabilidade. - Dou de ombros e vou até a cozinha. Jonathan me segue e senta na bancada. Faço uma careta para o ato rebelde, mas ele ignora. Pego um pouco de água e tomo.
- Se é assim, tudo bem. Você está namorando o Ben? - Cuspo a água de volta pro copo. Olho para ele incrédula e ele ri.
- Primeiramente, não é da sua conta. Segundo que já é 00:45 e nós dois deveríamos ir dormir. - Olho no relógio da cozinha. Jonathan se levanta e assente com a cabeça.
- Acho que vou ver um pouco de TV antes. - Ele diz dando de ombros. Pego mais um copo de água e vou ate ele. Beijo sua testa e aperto seus mamilos novamente, fazendo ele ficar envergonhado. Realmente, ninguém fica assim tão sarado do nada. Preciso investigar sobre isso. Quando penso nessa palavra, logo me vem a cabeça que preciso contar a ele sobre a viagem.
- Amanhã preciso conversar com você.
- Sobre o que?
- Amanha eu te falo, estou muito cansada pra conversar hoje. - Digo bocejando.
- Não sei porque você chega tão cansada. Pensei que advogados trabalhassem sentados. - Ele diz rindo. Rio junto com ele para esconder minha cara de culpada. Sempre que ele toca no assunto, me sinto culpada por não poder falar pra ele meu emprego real. Mas assim é melhor e mais seguro para mim e para ele.
- Boa noite, irmãozinho maromba.
- Boa noite, irmãzinha que namora o Ben. - Ele grita quando eu chego na escada. Mesmo ele não vendo, levanto o dedo do meio para a cozinha.FLASHBACK
New York, 13 de Março de 2016- Tenente Ross! - Chamo quando enfim entro em seu escritório. Ele está no meio de uma reunião e me olha com fogo nos olhos. Se não tivesse uma ideia do que fazer com o seu maior problema no momento, eu estaria tremendo de medo.
- Senhorita Thompson. - Ele me cumprimenta, se controlando para não me mandar embora logo de cara. - Estou no meio de uma reunião e não acho conveniente a senhorita...
- Eu sei como pegar o cyberterrorista. - Digo antes que ele termine. Seu olhar se suaviza um pouco e ele olha para os seus companheiros, que estão me olhando confusos. Steve entra atrás de mim e se põe ao meu lado.
- Steve, o que esta acontecendo? - O Tenente Ross pergunta ao seu irmão, que nega com a cabeça.
- Ela tem um plano, não eu. - Steve diz levantando as mãos e se sentando numa das cadeiras da grande mesa de vidro, onde todos estão sentados menos eu.
Respiro fundo e começo.
- Como todos sabemos, este cyberterrorista está ameaçando nosso presidente e precisamos protegê-lo a todo custo.
- Óbvio. - O Tenente Ross me olha com a sobrancelha erguida. Preciso ser mais precisa.
- Por isso, com a ajuda de Steve, eu tive a ideia de fazer uma festa. - Digo por fim, um pouco mais rápido do que o esperado. Os homens na minha frente começam a conversar baixinho entre si, enquanto Steve está me olhando com um grande sorriso.
- Nosso presidente esta em perigo e a senhorita quer dar uma festa? - Um homem baixinho diz, obviamente com ironia na voz.
- Sim.
- E como uma festa iria ajudar a pegar este cyberterrorista? - O Tenente Ross está me olhando como se eu fosse um enigma que ele não consegue desvendar.
- Meu plano é usar um pendrive com informações nacionais, que estará com presidente, como isca para atrair o cyberterrorista. - Explico melhor, desfazendo várias caras confusas e transformando-as em curiosas.
- E se ele conseguir seu objetivo? - Outro homem diz.
- Posso garantir que não vai.
- Como? - O Tenente pergunta, finalmente intrigado. Respiro fundo e abro o papel que venho segurando desde que entrei. Abro ele em cima da mesa e todos se juntam para ver melhor.
- Minha ideia não envolve um pendrive com informações nacionais. E sim um pendrive com informações falsas - Aponto para o papel. - E quando o cyberterrorista plugar o pendrive em um computador, nossos agentes da inteligência podem rastrear o endereço de IP e encontrar a localização dele ou dela.
Todos ficam calados por um momento, até mesmo Steve, que não havia ouvido esta parte do plano ainda. O Tenente Ross passa a mão na barba rala e olha fixamente para os papéis que contém as informações do plano.
- Eu apoio. - Steve diz acabando o silêncio. O Tenente Ross está prestes a dizer alguma coisa quando alguém o interrompe.
- Eu também. Acho que podemos tentar. - O homem baixinho diz.
- É muito arriscado. - Outro homem diz.
- Mas vale a pena, temos os melhores da inteligência e dos agentes de campo à nossa disposição. Podemos disfarçar eles para parecerem convidados. - Afirmo convincente de que dará certo. Todos se olham até que o Tenente Ross tira os óculos e os guarda em sua caixinha lentamente.
- Se você está certa disso, então o faça. - Estou quase certa de que isso foi um elogio. - Mas qualquer inconveniente cairá sobre suas costas as consequências.
- Eu aceito. - Engulo a seco. Os outros homens se levantam e me dão sua mão em sinal de aprovação. Aperto a mão de todos, inclusive o do Tenente. No final, sou dispensada e saio da sala para trabalhar mais no caso.
- Não acredito que conseguimos. - Digo a Steve no corredor.
- Eu disse que conseguiria. - Ele me da um High five.
- Não teria conseguido sem você. - Digo dando de ombros. Steve me encara sorrindo. Segundos depois suas mãos estão em minha cintura me puxando para um abraço demorado.
- Steve! - Ouvimos a voz do Tenente Ross atrás de nós. Quando nos afastamos, vemos ele esperando por Steve na frente da porta da sala que estávamos pouco antes. Steve me da um sorriso breve e vai até o irmão.🔹🔸🔹🔸🔹🔸🔹🔸🔹🔸🔹🔸🔹🔸🔹
Olá, meu povo e minha pova❤
Vocês devem estar confusos do porquê de estarmos postando numa quarta-feira sendo que na semana passada falamos que íamos postar as terças. Acontece que resolvemos mudar por problemas pessoais.😕
Mas estamos tentando deixar tudo o mais organizado possível para vocês, obrigada pela paciência. 💕😊~ Este foi mais um capitulo frasquinho de Polaroid, semana que vem tem mais.😄
Bjs😚
-May & Nick
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Polaroid
RomanceAisha Thompson era apenas mais uma agente do FBI. Mas quando ela conhece Steve, o irmão de seu tenente, sua vida rapidamente ganha cores. Tudo está perfeito. Ela agora não só tem uma carreira de sucesso, mas uma ótima vida pessoal, família, amigos...