Sophia está em seu primeiro ano de faculdade ,em um pequeno país monarca chamado Mavínea onde seu único sonho é se tornar uma Fisioterapeuta bem sucedida.
Focada em seus estudos Sophia conhece Edward Stuart , um garoto diferente e que assim com...
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O dia estava bem calmo no palácio,talvez por ser final de semana e quase toda a família real estar na casa de verão,no norte de Mavínea. Minha unica companhias nesse palácio quando nasci era Frederick já que Lucy nasceu depois de doze anos. Nossa infância foi bem diferente das outras crianças de Mavínea se você colocar em consideração que crescemos no palácio,mas nunca, em hipótese alguma nossos pais deixaram que não aproveitássemos nossa infância como deveria ser, assim como não permitem que ocorra com a Lucy. E é por esse motivo que ela só será apresentada ao povo quando completar 7 anos .
Quando Lucy nasceu,foi a maior festa que já vi nesse palácio. Finalmente nossa princesinha havia chegado. Embora tenha sido uma comemoração apenas para a família e algumas pessoas mais próximas a felicidade era palpável no local. Eu agradeço muito por aquele dia, afinal eu não saberia viver um dia sem ouvir a gargalhada de Lucy , aquela menininha adorável de olhos azuis, que acabou se tornando minha melhor amiga.
***
Após uma caminhada no jardim resolvi ir para quarto descansar . Então ao deitar em minha cama lembrei que certo dia Sophia chegou na faculdade lendo um livro que me chamou bastante a atenção , não que fosse um livro desconhecido,afinal quem não conhece "Romeu e Julieta " ,porém , Sophia não me mostrava ser alguém que gostasse de livros de romance, o que fez com que minha admiração por ela crescesse ainda mais. Eu não fazia ideia do que aquela garota tinha, mas algo nela era especial, diferente e me fazia sentir algo desconhecido,mas que estou doido para descobrir. Então no mesmo dia ao chegar no palácio fui a biblioteca e comecei a ler o famoso "Romeu e Julita ".Era bom ter algo que me lembrasse ela ja que tive que devolver seu casaco pois de acordo com mamãe estava ficando louco.
"Mas qual luz abre a sombra deste balcão? Eis o oriente é Julieta, e o sol! Oh, e a minha mulher e o meu amor!" William Shakespeare
E exatamente nessa parte eu adormeci com as belas palavras de Shakespeare em minha mente, e como já de costume Sophia apareceu em meus pensamentos .Sonhar com ela já passou de um privilégio para um desejo,onde a princesa mais bela invade cada pedaço do meu subconsciente até toma-lo por completo.
- Art? Art? - Acordei em um sobressalto com alguém batendo na porta do meu quarto e ao ouvir a forma como me chamava levantei correndo para abri-la
- Abelinha ! - Disse empolgado e abrindo com o mais sincero sorriso que poderia dar. Lucy havia voltado do Norte e como todos os dias ela veio me ver, esse palácio ficava tão sem graça sem ela ,tão vazio e silencioso.
- Eu estava com saudade Art - disse ela fazendo aquele biquinho que só ela sabia fazer. - Porque não foi com a gente dessa vez ?- Completou com cara emburrada. Quando menor Lucy não sabia dizer meu nome então ela me chamava de Art, o que permaneceu até hoje e provavelmente sempre será assim, e como desde seu nascimento eu ha chamo de Abelinha assim também sempre será.
-Eu também estava com saudade - Disse abraçando-a e indo sentar na cama como de costume, mas ela espaçosa como é se jogou em minha cama encostando sua cabeça em meu travesseiro.
- Você ainda não me disse o porque não foi ! Não foge não! - Disse ela com olhar questionador. Essa menina quando crescer vai interrogar todo mundo e assim como eu ninguém vai conseguir mentir para ela.
- Lucy eu tinha que devolver a blusa de uma amiga minha! - Disse a ela olhando um biquinho se formar em seus lábios. E lá vem o ciúmes.
- Quem é sua amiga que é mais importante que eu? Sua irmãzinha e melhor amiga ? - Disse ela e foi quase impossível não rir. Ela ficava ainda mais fofa com ciúme.
- Abelinha! Ninguém é mais importante que você! - Disse com carinho. - Mas era a Sophi! Lembra a moça do parque? A mãe dela ia ficar muito brava se eu não devolvesse.
- Olha você sabe... - Começou ela com aquele ar de quem aprontou algo desfazendo a cara de brava - Quer dizer eu gosto muito de ir naquele parque que você me leva ,mas você não podia porque estava nanando,então pedi para o Barty me levar - Disse ela olhando para o teto mexendo no cabelo. - E aí ... - Disse ela dando uma pausa como se pensasse se me contava ou não .
- O que aconteceu Lucy ? - Disse encorajando-a a dizer fazendo carinho em seu rostinho. Então ela pegou o travesseiro ,colocou em seu rosto e disse
- Eu vi a Sophi! A menina que você vai casar e eu sem querer dei seu telefone pra ela. Quer dizer o Barty deu ,mas fui eu que pedi para ele então não brigue com ele - Ela parou de falar e ficou olhando para mim como se não estivesse entendendo nada, talvez fosse pelo enorme sorriso que se formou em meu rosto.
-Lucy ... Eu não vou casar com ela já te disse que ela é minha amiga - Expliquei com toda calma mas então o sorriso voltou - M-mas ela pediu meu número ? - Disse abobalhado , me sentia um bobo em conversar sobre aquilo com uma garotinha de 6 anos, mas logo deixei de me importar com isso.
- Não Art- ela disse com cara de decepcionada tanto quanto eu - Vou te explicar o que aconteceu.
- Eu estava indo comprar meu sorvete e então quando estava chegando no sorvetelo ela estava la- disse ela prestando atenção pra não esquecer nada e como sempre faz, insistia em falar sorvetelo e não sorveteiro - Então quando eu a vi sai correndo até ela ,e quando cheguei la estendi minha mão e disse " Oi , eu sou a Lucy , sou irmã do Art".
- Claro que ela me olhou sem entender nada ,ela não te conhece como Art então falei que Art era o mesmo que Edward - Disse ela me explicando com todos os detalhes. Claro que Sophia não a reconheceu pois o país só iria conhecer a princesinha de Mavínea quando ela completasse 7 anos.Existia na mídia algumas fotos de quando era bem pequenina mas nada que pudesse revelar como ela está hoje. - Ela foi bem legal comigo disse que eu era linda andou comigo no parque e ainda brincamos no balanço... Ah e ela disse para te mandar um oi e então disse para ela mesma te dar oi ,e foi aí que dei seu número e mandei ela te ligar. - Disse ela orgulhosa como se isso fosse a sentença do meu casamento.
Então automaticamente me levantei a pegando no colo e girando-a como ela gostava de brincar , meu sorriso deixará claro minha felicidade por ter 0,01% de chance que Sophia poderia me ligar.
- Você é demais irmãzinha - Disse a ela girando e ouvindo sua gargalhada que tanto amo.
- Eu te amo Art- Disse ela me abraçando envolvendo seus bracinhos em meu pescoço.
E olhando para aquele rostinho tão familiar eu só consegui dizer uma coisa
- Eu também te amo Abelinha - Disse sorrindo. O resto do dia se resumiu em diversas brincadeiras mirabolantes que eu fazia questão de participar com Lucy.
