Capítulo 6

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    Uma noite difícil , já fazia tempo que não acontecia, fazia tempo que meu subconciente não me pregava uma peça e dessa vez era  daquelas que a cidade inteira pagaria para assistir,as cenas passavam em minhas lembranças mesmo que eu quisesse af...

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    Uma noite difícil , já fazia tempo que não acontecia, fazia tempo que meu subconciente não me pregava uma peça e dessa vez era  daquelas que a cidade inteira pagaria para assistir,as cenas passavam em minhas lembranças mesmo que eu quisesse afasta-las, no entanto a  unica coisa que ouvi antes de acordar assustada foi sua voz dizendo:

-Sophi eu te amo - Ele disse antes de fechar seus olhos.
  
    Então ao me sentar na cama me deparo com minha mãe me olhando assustada, pelo visto essa noite não fui ruim  só para mim mas também para ela que como sempre me acolherá em seus braços.
          Após tudo passar e eu continuar dizendo a minha mãe que foi apenas um pesadelo e estava bem, mesmo sabendo que não era verdade eu não poderia preocupar minha mãe novamente com meus pesadelos, eu precisava seguir em frente. Eu queria esquecer, queria que tudo fosse embora , as lembranças daquele dia  e tudo que vinha com ela exceto  o antes , tudo que aconteceu antes daquele dia. Mas meu subconciente vez ou outra me lembrava que aquilo jamais poderia ser esquecido.

- Filha você tem certeza que esta bem ?Podemos ir fazer uma visita para a doutora Fends! - Disse minha mãe segurando meu rosto.

- Dona Clarisse já disse que foi só um pesadelo - Disse acariciando suas mãos que estavam em meu rosto - E além do mais mamãe hoje tenho aula nem se eu quissese eu faltaria - Disse a ela sorrindo.

- Essa é a minha garota -Disse ela sorrindo e  limpando uma pequena lágrima intrometida em seu rosto.

                             ***

         Hoje o dia estava diferente embora estivesse Sol era como se ele não estivesse ali aquecendo minha pele e iluminando meus cabelos e tudo e todos em minha volta sabiam disso, e como eu sei disso? Bom todos te olharem como se não entendessem nada,te faz pensar que sabem que algo não está igual.
        Eu poderia ter ficado em casa, poderia ter escolhido ter uma dor de cabeça e evitar ter que ficar dizendo a Morgan coisa do tipo " eu estou bem " ou " Não Morgan eles não voltaram ". mas eu sabia que nada me deixaria melhor do que ir para a faculdade e aprender aquilo que tanto amo, me focar em aprender como recuperar aqueles pequenos anjinhos que chamamos de crianças, então aqui estou eu, no laboratório ,pelo menos uma hora antes da aula apenas olhando para o nada e esperando que todos cheguem.
           Mas o que eu não sabia era que apenas ao ver uma pessoa uma simples e única pessoa tudo iria desmoronar em uma mistura de alívio e confusão.
          Todos já haviam chegado menos ele, que como sempre se atrasava,mas então ele apareceu com seu óculos escuro e sua jaqueta preta aquela que todos os dias ele usava , céus será que ele não tinha outra jaqueta?Conforme ele foi se aproximando algo em mim foi acelerando eu podia estar doida mas tinha certeza que era meu coração,e então quando ele chegou perto algo apareceu em meus olhos. e antes que eu percebesse as lágrimas aquelas que segurei desde que eu acordei começaram a brotar em meus olhos incontrolavelmente. Mesmo com a visão embasada eu consegui ver a expressão de confusão e preocupação no rosto de Edward ,ele me olhava segurava meus ombros e me perguntava freneticamente  o que havia acontecido e entre os soluços e o desespero pelos olhos de todos sobre mim eu consegui enfim dizer

- Edward me tira daqui - Foi a unica coisa que disse e imediatamente ele passou sua mão pela minha cintura me puxando para fora da sala. Percebi que o professor contestou mas por algum motivo que pouco me importava no momento com apenas um olhar Edward fez com que o professor assentisse e nos deixasse sair.
           Ja do lado de fora da faculdade em um lugar que eu não conhecia me sentei na grama me acalmando aos poucos ,deixando com que os raios do sol me atingissem e me renovassem , meu choro foi passando e minha mente foi voltando, e quando abri meus olhos me deparei com Edward, parado em pé ao meu lado, visualmente consufo e preocupado.
           Eu toquei sua mãos fazendo com que ele se assustasse e olhando para mim fiz um sinal para que ele se sentasse, mas ele não disse nada , nenhuma palavra apenas se sentou, então resolvi eu mesma falar.

- Você esta bem? - Disse tocando seus braços que estavam envolta de suas pernas . Ele pensou e repensou mas enfim disse.

- Eu estou bem ! Mas quer dizer... v-você definitivamente não está , Sophi o que aconteceu ? - Disse ele atropelando as palavras
         Percebi que ele realmente tinha ficado mexido com a forma em que me encontrou  , tudo bem que eu sei que ninguém reagiria bem vendo alguém da forma que eu estava mas precisava mostrar a ele que agora eu estava bem e que por mais engraçado que fosse ele me fez estar bem.
      Me virei para ele repousando minhas mãos em seu joelho, tomei coragem e enfim disse:

- Ei? Olha para mim ! - E com ele me olhando continuei - Edward tem coisas que são inexplicáveis e pode ser que um dia eu ache uma explicação para elas ,mas por enquanto o que importa é que eu estou bem e se estou assim é porque você fez isso. Ele me olhou confuso e como eu ja esperava me perguntou

- Como assim eu fiz isso ? - Disse olhando em meus olhos.

- Sabe hoje aconteceu algo que a muito tempo não acontecia ... E por favor não me pergunte o que aconteceu. Mas o que importa é que quando eu te vi eu chorei sim , mas não porque estava destruída mas porque de alguma forma eu sabia que estava segura . Então Edward eu chorei de alívio , eu sabia  que de alguma forma você me ajudaria ,e bom, me ajudou , se não nós não estaríamos aqui - Disse a ele e concluí com um sorriso.

- Sophi eu não sei o que dizer ... Q-quer dizer é confuso admito que muito confuso ,eu fiquei muito preocupado com você, e entendo que não queira me contar mas saiba que estou aqui se um dia você quiser desabafar, mas eu fico feliz de ter te ajudado embora eu não faça idéia de como - Ele disse e então me abraçou , passou seus braços por minha cintura me trazendo para perto no começo me assustei mas em seguida repousei meus braços em seu pescoço e descansei meu rosto em seu ombro. Eu podia estar louca mas eu podia jurar que ele estava sorrindo e involuntariamente sorri também.
            E ali nós ficamos naquele jardim lindo e desconhecido mas que a partir de hoje se tornará meu lugar , o meu refúgio e me atrevo a dizer que não seria apenas meu mas sim que seria o nosso lugar, o nosso refúgio.

Continua...

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