Capítulo 9

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      É  engraçado como as vezes a vida tenta nos enviar alguns sinais

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      É  engraçado como as vezes a vida tenta nos enviar alguns sinais.As vezes ela quer nos dizer que algo dará errado, ou que você está no caminho certo, outras vezes quer te ensinar que nem tudo é passageiro, ou que as coisas podem passar em um piscar de olhos. As vezes ela te avisa que será um ótimo dia e outras que não , e que você não deve sair de casa.
      E aqui estou eu acabando com as minhas unhas com essa terrível sensação de que sair de casa hoje não seria a melhor escolha,porém, ao mesmo tempo só a pequena menção de que poderei ver em algumas horas o sorriso que tanto tenho sonhado, faz meu coração dar um salto em meu peito. Talvez você esteja pensando " Que boboeira, deixe disso e vai lá encontrar aquele deus grego", e acredite quando digo que jamais te julgaria por isso, uma vez que eu mesma já pensei nisso pelo menos três vezes nesse último minuto.
       Talvez seja apenas algo da minha cabeça mirabolante e esse seja o melhor dia da minha vida, seja lá o que essa vida doida esteja planejando para mim, ficar em casa vendo ela passar só me dera mais motivos para pensar o que teria acontecido se eu tivesse ido aquela lanchonete. E é com esse pensamento de extrema coragem que eu mais uma vez decido contrariar os sinais da vida.
     Em pouco menos de uma hora Edward virá me buscar ,já que por algum motivo eu não posso saber onde ele mora. Decido colocar uma calça jeans clara com uma blusa ombro a ombro e um tênis já que iremos apenas até a lanchonete. Passo uma maquiagem simples e deixo meu cabelo em um coque meio frouxo com alguns fios soltos.
Extamente após 5 minutos que terminei de me arrumar, Edward veio me buscar.Ele estava com uma calça jeans escura e uma camiseta pólo branca, que o deixava muito agradável a qualquer pessoas que direcionasse o olhar para ele.

- Boa noite Art - Disse a ele ao atender a porta.

- Boa noite Sophi - Disse ele olhando fixamente para meu rosto o que me fez questionar se havia algo errado.

- É ... Tem uma lanchonete a duas quadras daqui. Se quiser podemos ir lá - Disse a ele que logo assentiu quebrando o contato visual que tão naturalmente havia se formado entre nós.
Então para minha total surpresa Edward pegou em minha mão indicando que havia parado o carro na esquina ,pois, na rua não havia vaga. E sentindo aquela eletricidade que tinha como origem nossas mãos e corria por todo o meu corpo, assim fomos até o carro.Até parecíamos um casal o que me fez sorrir ao constatar que eu estava cada vez mais maluca ao achar que Edward ,aquele deus grego ,seria um casal justamente comigo.

- 100 manítos pelo seu pensamento - Disse Edward com aquele lindo sorriso que abala até a atmosfera terrestre.

- Vai por mim Art ... Quer dizer Edward - Disse sem graça por chama-lo daquela forma tão íntima entre ele e sua irmãzinha - Você não gostaria de saber o que estou pensando - Disse a ele embora eu estive amando cada pensamento.

- Ei você pode me chamar de Art. Embora Lucy seja um tanto quanto ciumenta não acho que se importaria de dividir meu apelido com você - Disse dando uma leve risada me fazendo sorrir ainda mais ao perceber o quanto Edward a amava apenas pela forma com que falava sobre Lucy - E acredite eu sempre vou querer saber seus pensamentos. Na verdade sempre vou querer saber tudo aquilo que você quiser que eu saiba. - Disse olhando fixamente em meus olhos com aquele olhar tão expressivo que eu poderia jurar que estavam tentando me dizer algo.
    Minha sorte é que já estávamos de frente ao carro o que rapidamente fez com que eu mudasse de assunto entrando no carro e indicando a ele para que lado deveríamos ir. Não sou tola o suficiente para acreditar que minha reação passou despercebida, é claro que Edward ou Art como preferirem, havia percebido que deixar com que ele soubesse meus pensamentos não estava no planejamento da noite e que rapidamente usei o carro como desculpa para fugir do assunto . Mas aí está algo que me chamou atenção. Edward desde que nos conhecemos, ele jamais me forçou a dizer ou fazer algo a qual eu não quissese, e devido ao meu histórico de pessoas controladoras que resolveram entraram em minha vida ter alguém além de meus familiares que respeite o meu espaço é extremamente importante e especial para mim.

Chegamos a lanchonete Billy's e me surpreendi ao entrar e constatar que ela incrivelmente ainda cheirava a milk shake de chocolate com menta como eu me lembrava. Todas quartas e sábados meu pai trazia eu e minhas irmãs para o Billy's para comer batata frita e Milk shake e ela sempre desde que me lembro tinha esse aroma.Senti tanta saudade daquele tempo onde tudo era mais facil e minha unica preocupação era qual boneca eu levaria para escola no dia seguinte , que foi exatamente isso que pedi assim que Edward e eu chegamos. Milk Shake de chocolate com menta e batata frita.

Nossa noite estava muito agradável ,conversamos sobre diversos assuntos inclusive do tempo que começará a mudar indicando que logo veríamos neve caindo do céu. Edward me explicou a matéria que eu teoricamente não sabia e fiquei encantada com a sua paciência e didática em ensinar algo e mesmo que fosse um assunto que eu dominava ele se tornou ainda mais atraente na doce voz de Edward.

- Você explica muito bem , tem uma ótima didática.Deveria fazer pedagógia ! - Digo a ele sorrindo como uma boba.

- Até pensei em ser professor - Disse ele como se estivesse lembrando de algo. - Porém , algumas coisas aconteceram e eu acabei escolhendo a fisioterapia. Mas quem sabe um dia eu não siga os passos do professor Carlos. - Respondeu ele sorrindo ao se divertir com minha careta por sua referência ao professor Carlos.

- Desde que você não seja chato como ele Art. Eu não vejo problema. - Digo tentando em vão disfarçar minha careta.

- Não entendo essa sua implicância com ele...Ele parece gostar bastante de você.

Então aquele sinal da vida novamente veio com força, me dizendo que eu não deveria ter saído de casa. E quando eu ouvi uma voz eu entendi o que a vida estava tentando me alertar.

- Não se preocupe! Sophia Carlen sempre achará alguém para implicar - Ouvir sua voz fez um califrio subir pela minha espinha. O que ele está fazendo aqui? As autoridades de Mavínea me garantiram que ele jamais voltaria e aí estava ele parado bem atrás de mim, com pelo menos 70 kg a mais de músculos do que eu me lembrava. Olhar em seus olhos me trazia recordações indesejadas porém apenas uma me fez respirar aliviada.

- Desculpa senhor - Disse me virando para olhar em seus olhos torcendo para que ele não percebesse minha mentira - Mas eu deveria conhecer o senhor ? Ao que parece o senhor me conhece ,mas não me lembro de já te-lo visto. - Então apenas o ouvir dizer em um murmurio.

- Então é verdade - Ele olhou novamente em meus olhos e eu tive que esconder minhas mãos para não mostrar o quanto estavam trêmulas. - Eu vi seu nome no artigo da companhia de dança admiro seu trabalho - Disse ele se referindo as aulas que dou de graças para as crianças. Então ele pediu desculpa por nos atrapalhar e foi embora tão rápido quanto chegou . Enquanto ele achasse que eu havia esquecido quem ele era ,eu estaria segura.

- Que cara mais doido - Disse Art erguendo suas sobrancelhas.

- Totalmente - Falei tentando voltar ao meu estado normal.

Nós terminamos de comer e Edward foi me deixar em casa. Demorei a dormir recordando sempre daquele rosto que a muito tempo eu não via. Minha família jamais poderia saber que ele voltou ou jamais teriam uma boa noite de sono novamente e jamais me deixariam sair de casa novamente.

Continua ...

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