Cap 10. Tempo certo

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(Larissa Amorim na multimídia)

Alyssa

Droga Yago, não irei deixar você estragar de vez com a minha vida. Minha querida irmã não pode entrar na minha vida, nem agora e nem nunca. Quer saber? Irei embora agora desse colégio. Não posso ficar aqui!

Yago esta louco apaixonado por ela, e vai falar. Tenho certeza que vai.

Hora de partir Alyssa!

Arranquei as agulhas de meu braço esquerdo, peguei meu cartão-chave em cima da mesinha ao lado da cama e sai correndo em direção ao meu quarto. Que logo não seria mas meu!

Puxei as malas de dentro do guarda-roupa e depositei em cima de minha cama. Estava me sentindo fraca por conta dos remédio mas não foi motivo de me fazer parar.

- O que está fazendo? - Perguntou Larissa entrando no quarto.

- Indo embora. - Respondi seca indo até o guarda-roupa.

Fui tirando minhas roupas dos cabides e as colocando de qualquer jeito dentro das malas.

- Alyssa, para. - Falou Larissa se aproximando.

- Não. - Respondi seca.

- PARA! - Gritou ela.

O que ela pensa que é pra gritar comigo?

Fuzilei ela com o olhar e ela não desviou em nenhum momento.

- Você não vai embora daqui! - Falou séria.

Fala sério Larissa, quero ver se vai ser você quem vai me impedir!

- Você não tem direito de me dizer o que vou fazer e o que não fazer. - Falei soltando um riso.

Parei por um instante e fitei ela. Ela estava séria.

- VOCÊ NÃO VAI! - Gritou. - Eu sei o porquê de você querer... - Tentou dizer mas interrompi.

- NÃO, VOCÊ NÃO SABE! - Gritei. - VOCÊ NÃO SABE NADA DA MINHA VIDA!

Larissa não exitou por um minuto, parecia decidida em me confrontar.

- Eu sei sim. Sei que você tem uma irmã gêmea. E só estar querendo ir, pra não ter que enfrentar ela. - Falou séria ainda me fitando.

Ótimo, Yago não sabe mesmo guardar um segredo.

Revirei os olhos e voltei a pegar as roupas do guarda-roupa.

- Como você vai sair daqui? - Perguntou curiosa e séria.

- Ah minha querida, Alyssa sempre dá um jeito. Só ligar pro meu querido papaizinho e citar o nome "Alyson". - Dei ênfase na palavra. - Tenho certeza que ele irá vim correndo! - Respondi rápido.

Senti ela se aproximando e em questão de segundos ela me puxou me fazendo virar para ela.

- Alyssa, você não vai sair daqui! - Falou brava. - Você não é a única que tem problemas.

Ah, claro. Alyson tem tantos problemas que chega dá uma pena dela.

- Ah, com certeza. - Respondi num tom sarcástico. - Ela tem tantos problemas. - Acrescentei. - Vai lá perguntar pra ela se ela teve uma mãe ao lado dela todos esses anos, mas é claro que teve! Pergunta pra ela se ela já chorou por não ter alguém ao seu lado quando precisou desabafar. - Dei pausa. - Eu não, tive que aprender sozinha o que era absorvente. Tive que aprender sozinha que não é a cegonha que trás os bebês para as mamãe e papais. Tudo o que eu tive foi empregados. Empregados que queriam ser minha "mãe" por pena e por interesse. Tenho certeza que Alyson sempre teve alguém do lado pra poder contar, pra poder confiar. - Gritei com lágrimas nos olhos.

Larissa me olhou com pena, odeio isso de uma forma...

- Você nem sequer perguntou pra ela! - Respondeu séria. - Você não sabe o que ela passou. Não sabe dos problemas que ela já teve que enfrentar. O problema que você acha que por conta dela viver sorrindo pelos corredores, ela é feliz, nunca sofreu. Alyssa, todos tem problemas! - Gritou séria. - Ela pode está sorrindo por fora, e machucada por dentro. Você não conhece ela, não sabe o que se passa com ela.

Ela deu pausa e meu fitou séria. Sério mesmo que ela está defendendo Alyson?

- E eu juro por Deus que se você sair por aquela porta com essas malditas malas, eu mesma vou contar para ela da irmã gêmea. Você querendo ou não ela é sua irmã, o sangue dela corre por suas veias. Então você para de frescura nesse seu rabo e enfrenta. - Gritou irritada.

Uau!

Larissa olhou para a porta e eu olhei em seguida, Yago estava lá... Ah não! O que ele ouviu?

- Eu já amo você! - Falou Yago fitando Larissa.

Revirei os olhos e voltei meu olhar para minhas malas.

- Larissa, pode nos deixar sozinhos? - Perguntou Yago.

- Claro, só não deixe ela ir embora, mesmo ela sendo chata, eu já me acostumei com ela. - Avisou séria.

Sorri fraco. Ouvi o barulho da porta e logo dos passos de Yago vindo ao meu encontro. Limpei rapidamente uma lágrima insistente para que Yago não visse.

- Você não pode ir. - Falou seco. - Alyson sempre sonhou com uma irmã. E acredite se quiser, ela também passou por problemas, quer dizer... Ainda passa!

Me virei para olhar seu rosto, e ao me virar percebi que estávamos perto demais. Yago me olhava profundamente, eu já podia ver a sinceridade e o brilho de seus olhos claros.

- Eu esperarei seu tempo, sei que não é fácil lidar com uma notícia dessa, ainda mais quando descobre da boca de um estranho. - Disse me olhando nos olhos ainda.

Que ótimo que ele sabe como é difícil. Yago é uma pessoa tão incrível, talvez se todos fossem como ele, o mundo teria mais valor.

- Agora será que tem como você arrumar suas roupas de novo? - Perguntou sério.

Outra lágrima insistente escorreu pelo meu rosto e rapidamente limpei desviando o olhar de Yago. Peguei minhas roupas e guardei novamente no armário.

O clima estava tenso, Yago estava em silêncio, de pé e me olhando guardar as coisas de novo.

Ainda em silêncio andei-me em direção as duas malas, para depositar no guarda-roupa. Mas ao pegá-las, senti uma tontura enorme e uma queimação em meu peito, minhas pernas enfraqueceram e...

- Aly? - Perguntou Yago rapidamente vindo até mim.

Antes mesmo de eu cair no chão, Yago me segurou. Olhei para o próprio e suas expressões era de preocupação Ele me pegou no colo e me deitou na cama.

- Eu estou bem. - Falei com voz fraca.

- Não, não está não. - Falou rápido e sério. - Você precisa voltar para a enfermaria! - Ordenou.

- Não, não precisa. - Dei pausa. - Foi apenas um pressentimento... ALYSON! - Falei confusa.

- O que tem a Alyson? - Perguntou confuso.

- VAI VER A ALYSON! - Gritei ordenando.

Yago franziu a testa mas do mesmo jeito saiu correndo do quarto.

Alyson

Minhas vistas estavam escuras. Não havia ninguém por perto ou talvez ninguém se importava em me tirar dali. Eu estava ali... Deitada naquele chão, mas não por muito tempo.

Sentia minhas pernas implorarem por remédios de dores. Meus braços jorravam sangue e minha cabeça doía por conta do impacto.

Eu sinceramente preferia morrer do que ficar mais um segundo com aquela dor infernal!

Gêmeas No Colégio Interno (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora