Eu sentia os olhos de Sean em cada movimento meu. Eu sabia que ele me analisava atentamente, e não somente a mim, mas também a sua mãe. Os lindos olhos azuis eram sagazes ao observar toda a interação entre mim e a Steph.
Sua atitude analítica me deixava um pouco desconfortável, porém o café da manhã estava sendo muito agradável. O que tirava a “tensão do ar”. Depois que Steph me arrastou e a Sean até a copa, o mesmo não gostou da ideia de tomar seu café da manhã no local, então decidiu que deveríamos tomar nosso desjejum na varanda.
E sem demora seu desejo foi atendido. Steph ficou feliz com sua ideia, e eu confesso que também fiquei. A mesa farta das minhas guloseimas favoritas era um convite muito tentador para uma boa refeição matinal. Apesar de que, geralmente eu não conseguia comer nada pela manhã, porém hoje eu estava faminta, parecia que meu estômago tinha vida própria e exigia alimento substancial e rápido.
Então eu me fartei com dois deliciosos croissants de queijo e uma boa xícara de café amargo, enquanto ria das coisas engraçadas e infantis que a Steph dizia, com uma espontaneidade que me espantava.
Diante de duas empregadas estupefatas, e de um Sean incrédulo eu dava o cereal a Steph como uma mãe que precisava entreter a um filho hiperativo. Eu fazia “aviãozinho” com a colher o mais legal que podia. E sorria satisfeita pra caramba quando via que a Steph adorava meu gesto.
Steph é uma figurinha muito fofa e especial que havia roubado o meu coração, definitivamente, assim como o filho bonitão.
Mas em relação a Sean eu não sabia como lidar, e preferia não analisar. E com Steph, apesar de eu não entender essa conexão que existia entre nós duas. Eu era aberta a mesma! A experiência era muito bem-vinda, mesmo que não fizesse nem um dia que nos conhecemos. E eu já me sentia tão à vontade ao lado dela, que parecia que nos conhecíamos a vida inteira.
E mesmo na presença de Sean nós duas não nos importávamos em agir como duas crianças grandes. Steph por seus problemas óbvios, e eu por entrar em seu mundo com uma facilidade estrondosa.
Sean, depois de seu momento “analise”, relaxou e sorria de lado para nós duas. Eu já havia terminado meu café, e Sean ainda tomava o dele, quando a Steph passou a nos olhar atentamente, desconfiada. Steph então fixou os olhos no filho e indagou:
– Vocês vão sair? – os olhos azuis estavam curiosos, acho que a Steph percebeu que estávamos prontos para sair em um passeio.
– Sim mãe, nós vamos dar um passeio. –Sean respondeu-lhe depois de tomar o último gole de seu café calmamente.
– Eu posso ir junto? – perguntou Steph, seus olhos brilhavam.
– Não dessa vez, mãe. – disse Sean, já segurando a mão de uma Steph bicuda, tentando consolá-la.
– Mas eu quero ir! – fez birra, o fitando com os olhos tristes.
– Eu pretendo levar a senhora para almoçar naquele bistrô que a levei no mês passado, mãe. – revelou seus planos enquanto acariciava lhe o rosto.
– A esse passeio à senhora não pode ir, a senhora detesta moto, lembra-se?
Eu assistia ao diálogo entre mãe e filho com atenção. Eu achava muito fofo a forma como meu tatuado tratava a mãe. Ele podia ser um pretensioso, controlador, e um provocador, mas tem um coração tão... Surpreendentemente amoroso em relação à Steph...
– Não gosto de moto. Não mesmo. – concordou Steph, ainda bicuda, ressaltou.
– E eu só vou a esse almoço se a Ally também for.
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O Executivo Tatuado(LIVRO NÃO COMPLETO)
Storie d'amore1ª Edição - 2014 Copyright© Erika Alves. Este livro é uma obra de ficção. Os personagens e os diálogos foram criados pelo autor e não são baseados em acontecimentos, fatos ou pessoas reais. Qualquer semelhança é mera coincidência. Proibida qualquer...