O Crime 5 - Harry Styles FanFic

Capítulo 3 - Uma conversa assustadora.

Quando a porta da sala abriu-se e o Harry entrou, senti-me transferida para um universo totalmente paralelo. E ainda mais, senti-me totalmente ignorada.

‘’ Harry, certo? Prazer em conhecer-te! ‘’

‘’ Já há anos que não via homens assim’’

Sim, o Harry era muito bonito e atraente. Mas aquelas palavras, aqueles sorrisinhos e piscar de olhos estavam a pôr-me em nervos. O Harry, por sua vez, em vez de não lhes ligar nenhum e fingir que aquilo não era nada com ele, decidiu entrar na conversa. Só lhe faltava começa a cair saliva pelo queixo, tal era o orgulho de ter três bonitas raparigas e flertar com ele.

- Gostam da ilha? – tentou socializar – Vão ficar por cá?

- Em vossa casa? Claro que não, não somos assim tão chatas. - respondeu Sophie sorrindo. - A Milla disse-nos que vocês tinham preparado um sítio para nós ficarmos.

- Sim. – falei. – É mesmo ali ao lado.

Passado algumas horas, quando eu e o Harry ficamos sozinhos, comecei a ter uma estranha sensação que era a primeira vez que eu via aquelas pessoas. Tinha passado tanto tempo e eu sentia que não as conhecia. 

E aquela frase ‘’ Uma de nós decidiu ir por maus caminhos ‘’. O que elas queriam me dizer com isso? E qual delas?

- Se queres que te diga, eu também tive uma sensação estranha enquanto conversava com elas. Uma das tuas amigas olhava para mim de um modo muito estranho. Era como se nos olhos dela… estivesse muita maldade. – ela franziu as sobrancelhas. – Se essa for a palavra certa.

Seriam drogas? Seriam más companhias? Toda a gente muda, toda. Só que nós nunca mudamos porque somos obrigados. Há duas escolhas, ou um caminho de determinação e vontade, que nos dá felicidade. E outro, de  indiferença e simples burrice, que nos traz diretamente ao Inferno. Mas como criar vontade e determinação, se antes nunca se soube o que era verdadeira alegria? Era isso mesmo que eu sentia em relação a elas. Umas de nós, de certeza absoluta, não conseguiu sair do passado e começar tudo de novo.

- Estás a falar de quem? – perguntei curiosa.

- Não me lembro do nome dela. Era aquela com o cabelo todo…

Pooom…poom…

Antes que qualquer um de nós pudesse colocar as suas ideais no lugar e eu receber uma resposta do Harry, ouvimos alguém bater à porta. Decidi ficar no meu lugar, não fosse de novo alguma boneca a amaldiçoar-me.

Quando Harry voltou, depois de abrir a porta, ouvi passos a acompanhá-lo.

- Milla. É o Gary.

Gary era o nosso vizinho. Um simples rapaz de 20 anos que passava metade dos seus dias a trabalhar nas obras do hospital, e outra, a construir túmulos para o cemitério local. Era no mínimo estranho. Mas ninguém o podia julgar…não havia mais nada de interessante para fazer naquela ilha.

- Desculpem por ter vindo a estas horas… mas tenho uma coisa muito importante para vos dizer. Mais propriamente a ti, Milla.

Eu gostava do Gary. Ele era muito simpático e até bastante divertido quando lhe apetecia. No entanto, as suas roupas escuras e ar melancólia revelavam sempre o contrário àqueles que não o conheciam. Por isso,  quando ele me disse que precisavamos de falar, eu deduzi logo que não seria nada de muito mau, ou desagradável.

E estava bastante enganada...

- Eu podia não te contar isto… eu sei que vocês andam muito ocupad…

- Já que vieste, fala. – teimei.

Gary suspirou e olhou-me nos olhos. Harry permanecia sentado no outro lado da sala, a olhar-nos com curiosidade e estranheza.

- Hoje de manhã aconteceu uma coisa muito… diferente.

- Diferente?

- Bem, posso dizer até… estranha.

Olhei para ele, sem entender do que estaria ele a falar.

- Recebi…. – fez uma pausa. – Uma chamada.

- Que tinha haver comigo?

- Sim. Eu não consegui entender quem estava a falar. A voz era muito, muito estranha. Parecia ter sido modificada…

- E o que essa voz disse? – insisti.

Eu tinha a certeza que aquilo era mais um mistério. Já era o segundo dia que alguém telefonava para mim e para os meus amigos. Só que na primeira vez, deicidiu calar-se  enviar uma coisa. Da segunda, modificou a voz, tal era o medo ou vergonha. Do nada, alguém surgiu na minha vida. E o pior, é que eu não faço a mínima de quem possa ser. O irónico é que tinha sido eu. 

- Disse… Ela não disse. Ela pediu.

- O que ela pediu, Gary? Essa voz...

Gary estava branco e até consegui ver as suas mãos tremer um pouco. Ele estava assustado, e por isso, eu estava ainda mais.

 - Que eu fizesse uma campa com o teu nome. Para daqui um mês. – disse ele.