Capítulo 13 - Final

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- Lembraste do nome deles? Os '' Sem Cara'' ?

- Sim. Mas como isso..

- Espera. Às vezes o nome de um grupo pode nos dar mais informações que pensemos! Então, esse foi o meu raciocínio.

- Eles usam esse nome porque ninguém dentro da organização sabe a verdadeira identidade de ninguém. Continuou a não entender essa tua lógica...

- Sim, mas para quê fugir às tradições quando se fala num crime? Eles não querem simplesmente arranjar uma vítima para os seus rituais. Eles querem deixar a sua marca!

- Mas que não os identifique...

- Exato. E também, nunca achei-os assim taõ espertos. Era óbvio que sou viría uma pessoa deles para o casamento. 

- Ele não precisa de um assistente?

- Olhos a mais... ouvidos a mais... e problemas a mais.

Ele tinha razão.

- E quem é essa pessoa?

- Descobri há poucos minutos atrás e já tomei medidas. Ele está trancado na arrecadação.

- Oquê?! O que lhe fizeste?!

- Eu tinha de descarregar o nervosismo em alguém! Tal como o meu primo... ele andava muito aborrecido... Dei-lhe um toque enquanto andavas a fazer os teus ''jogos'' com os convidados, e ele entendeu tudo num segundo!

- O que lhe fizeste?!

- Já te disse. Simplesmente tranquei-o na arrecadação. Agora, faz o que quiseres. Se quiseres, solta-lo, se quiseres chama a polícia. Eu não me meto mais nisto. Mas uma coisa podes ter a certeza... ele aprendeu uma lição. - Harry sorriu. 

- Quem é ele? - perguntei impaciente.

O Harry aproximou-se e sussurrou-me ao ouvi, depois de se certificar que ninguém mais olhava para nós.

- É o nosso fotográfo. Vindo de Londres. Não era óbvio?

E ao terminar a frase, Harry deu-me um apaixonado beijo nos lábios e voltou para a sala, explicar tudo aos convidados que foram completamente ignorados por alguns minutos.

Era mais que óbvio. Um fotográfo é a desculpa perfeita. Nunca aparece em nenhuma foto, é o mais inocente dos inocentes, e condiz perfeitamente bem com o nome da organização à qual pertence! E ainda por cima, não deve ser lá muito díficil a um satanista tirar umas quantas fotos...

Agora, o que eu faria com ele? Era mais que óbvio que chamaria as autoridades para tirarem todas as informações daquele rapaz e investigarem-no e aos seus amigos. Isto, primeiro tirando todas as acusações da Adriana, claro. Eu gostava dela. E sentia que aos poucos, o amor dela por mim também estava a voltar.

E talvez, com a minha pequena ajuda, muitas vidas perdidas ainda poderão se salvar! Todas as pessoas que pertenciam àqueles grupos precisam de uma séria ajuda, e não de julgamentos e críticas. A Adriana estava no caminho certo.

- Nem desconfiava que era assim que tu trabalhas. - falou Elsa ao avistar-me perto da entrada do Salão. 

- O que conta, é que acabou tudo. E da melhor forma. Ninguém morreu.

- Felizmente. Se alguém me contasse esta história toda alguns dias atrás e que ainda por cima eu estaria metida nela! Eu não acreditaria...

-Penso nessa frase quase todos os dias. A minha vida é repleta de acontecimentos inesperados.

- O mistério perseguete. Foi o casamento mais interessante ao qual eu fui em toda a minha vida!

Ri-me.

- E o mais justo.

- Mas podes ter a certeza que a partir de hoje algumas vidas vão ficar completamente estragadas...

- Isso podes ter a certeza... - sorri, contente com a ideia. 

- Outras não. A tua, por exemplo.

Uma emoção começou a crescer em mim. Pois claro, eu tinha-me casado! Com tantos problemas, até me esqueci do mais importante.

- O Harry vai ser um óptimo marido. - ri-me.

- Não me estou a referir a isso.

Olhei para ela com ar confuso.

- Essa tua bipolaridade... esses choros, que apesar de me teres contado que era só teatro eu ainda não acredito...  O fato de não teres bebido nada hoje.

- O que tem?

Elsa piscou-me o olho.

- O sinal dos três.

Seria possível? Olhei para a minha própria barriga e não acreditei. Eram demasiadas surpresas para uma só noite. Olhei para o Harry do outro lado da sala a dançar com a sua sobrinha mais nova e sonhei por alguns segundos como seria vê-lo a carregar ao colo um filho ou filha.

As coisas estavam a ir depressa demais e quando dei por mim, o meu sonho já se tinha transformado numa enorme família.

E nesses segundos percebi, que tudo poderia se tornar numa realidade, desde que eu não me esqueça de abrir os olhos a tempo.

'' Todas as tragédias terminam em morte e todas as comédias em casamento. ''

Obrigado a todos que leram a minha fic, que foi baseada no episódio The Sign of Three, da série inglesa Sherlock. :) Este é o final da minha série O Crime.

O Crime 5 - Harry Styles FanFicOnde histórias criam vida. Descubra agora