O Crime 5 - Harry Styles FanFic

Capitulo 6 - A verdade.

- Para que é que foi aquilo tudo?! - gritei.

Adriana olhava para mim sem entender nada.

- Do que estás a falar?!

- Não te faças de desentendida! Aquela boneca, aqueles telefonemas! Querias assustar-me? Temos pena mas não o conseguiste fazer. Desde quando eu iria ter medo de uma coitada como tu?!

A boca de Adriana estava completamente aberta e a sua fúria estava crescer cada vez mais. Lá fora, toda a gente ouvia os nosso gritos de certeza, mas eu tranquei a porta logo que ela entrou por isso, iriamos resolver tudo aquilo de uma vez por todas. 

- Que boneca Milla?! 

- Por favor, já chega! Eu sei que foste tu. Desde o dia em que ela foi parar à minha porta eu soube logo que era uma de vocês... Se eu vezes faço-me de burra, isso não significa que sou de verdade! A Sophie? A minha melhor amiga desde há não sei quanto tempo?! Que esteve estes anos todos a contar-me como traia o seu ''marido'' e quantos namorados já teve?! A Elsa que num simples '' Tu andas a trai-me com o Harry! '' conta-me tudo acerca de ti?! De como não tens dormido com nenhum homem estes anos todos, de como olhas para o Harry e para mim só porque nos vamos casar?! Tudo isto por causa de uma simples brincadeira?! Só podes ter sido tu, querida amiga!

- Brincadeira?! Para ti talvez tivesse sido brincadeira, mas não para mim! Se tu juras um coisa, tens de manter a tua palavra até ao fim!

- Adriana! - coloquei as minhas mãos nos seus ombros para obrigá-la a olhar para mim. - Nós tinhamos 17 anos! Tu não podes estragar a tua vida por causa de um simples ritual!

Os olhos de Adriana enchiam-se de lágrimas mas eu não tinha nenhuma pena dela. Pode ter sido só uma ameaça mas se eu não a tivesse parado a tempo, ela ainda me matava de verdade.

- Diz-me... nunca sonhaste em ter uma família? - ela abanou a cabeça. - Porque foste estragar a tua vida? Já pensaste no que me poderias ter feito?

- Eu queria estragar o teu casamento... eu queria ver-te sofrer. Porque tenho de ser sempre eu a triste em todas as situações?! Porque não podes ser tu pelo menos uma vez?!

- Adriana, por favor pensa antes de falar! Tu é que criaste esse monstro dentro de ti!

- Os anos maus que eu tive, criaram-no! E se queres saber, não estou nem um pouco arrependida. 

Inspirei fundo e sentei-me na cadeira.

- Tu queres que eu telefone ao Harry e peça que te vá buscar? Há um hospital psiquiátrico mesmo ali ao lado. - falei, fazendo-a estremecer de medo. 

Adriana olhava para o chau. As suas mãos tremiam um pouco e as lágrimas não paravam de cair na sua cara. Nós sempre quisemos o melhor para ela... não tinhamos culpa de ela ter um feitio tão estranho que fazia as pessoas ter... medo... dela.  E é assim que elas nos agradece? Em vez de aprender com os próprios erros, ela prefere meter a culpa nas suas amigas mais próximas que sempre lhe quiseram ajudar.

Eu sabia que fora a Adriana desde o primeiro dia. Desde um dia em que ela colocou veneno para ratos na bebida de um ex-colega dele, só porque não simpatizava com ele, nós a três percebemos que dali não sairia grande coisa. Mas pensavamos que talvez com o tempo ela crescesse...

- Eu convidei-te para seres a minha dama de honor... para estares comigo no dia mais feliz da minha vida... - falei. 

- Eu sei... e foi por isso que eu fiquei na boneca. Eu juro-te Milla que eu não iria te fazer mais nada. Desde que cheguei à ilha que eu percebi o quanto mal eu iria fazer... Tu achas mesmo que se eu ainda te quizesse ver morta estava aqui a conversar contigo? 

- Então quem é que a colocou na minha porta? A boneca? Quando isso aconteceu tu ainda não estavas cá. 

- Não estás mesmo a ver? - ela perguntou, limpando os olhos.

- Sinceramente... não. - falei. Era o único ponto que eu não tinha revisto.

Adriana aproximou-se de mim e falou um pouco mais baixo, como se aquilo fosse preciso, já que estavamos numa sala sozinhas. 

- Eu não vim para cá sozinha.... - ela olhou-me. - Vieram mais pessoas....

- Que fazem o mesmo que tu?

-  Sim... Nós precisamos de alguém... para um ritual... e um casamento, ainda por cima numa ilha completamente isolada e ainda por cima para o qual eu fui convidada, é o sítio perfeito para ''roubar'' alguém. Se alguém desaparecesse, ninguém iria notar...

Soltei um riso de pânico.

- Então para além de me quereres matar ainda queres que um convidado meu se transforme num cobaia para a porcaria de um ritual?!

- Não digas isso. Se alguém te ouvisse já não estaria mais cá... Eu não posso fazer nada. O mal já está feito...

- Onde eles estão e como conseguiram entrar na ilha?

- Não sei. Eles são sempre muito discretos. - ela riu-se, no entanto, não tinha piada nenhuma.

- E o que eu faço? Procuro-os? Cancelo tudo?!

Adriana hesitou.

- Não eras perita em resolver problemas? Descobre quem é o assassino, quem vai ser a vítima e...  resolve o problema. - ela sorriu. 

- E porque não me podes simplesmente dizer tudo sozinha?!

- Porque nem eu sei. Eles não me falaram dos seus planos. E, eu nunca vi a verdadeira cara deles.