Capítulo 8 - Andrew Sheldon

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- Harry, por favor comporta-te. - pedi bondosamente.

- Querias... - ele riu-se. - Não posso descarregar a minha fúria em ti se não ainda não te casas comigo, por isso vai ser o teu pai a levar com o meu humor. - ele sorriu. 

- Os ingleses nunca se distinguiram pelas suas piadas. 

- Pelo contrário, nós...

Virei as costas ao Harry e corri para dar um forte abraço ao Mr. Andrew Sheldon. Um homem bonito da sua maneira, com olhos e cabelo claros e um sorriso super charmoso. Quem não o conhecesse, diria que é a pessoa mais simpática e bem criada de todo o mundo. Quem o conhecesse, diria que é a pessoa mais simpática, bem criada e amável do mundo. 

Quem o visse pela primeira vez, como Harry, diria que ele era a pessoa mais arrogante do mundo. 

- Filha! Nem acredito que consegui passar estes anos todos sem te ver. Agora eu entendo o que significa o regresso depois de uma longa despedida... 

Sorri.

- Não foi culpa tua... é o trabalho...

- É sempre o trabalho. Mas ainda bem que compreendes. A tua mãe está cá? Tenho de ir vê-la e a tua irmã... quando me virem vão passar-se.

- Podes ter a certeza, eu não lhes contei que vinhas mais cedo.A sério, obrigado por aceitares, eu sei que tu tinhas muita coisa para fazer... e superaste esse teu ódio pelo Harry...

- Fui um tolo quando coloquei o trabalho primeiro que o casamento da minha filha! E ponto. Quanto ao teu Harry.... - Andrew fez uma careta. - Digamos que... eu faço as pazes com ele por alguns dias.

- Para sempre! É a primeira vez que vocês vão se ver ao vivo! Se queres saber, nem entendo esse ódio todo...

- Tu e a Lara são as minhas únicas meninas. Sabes como é... ainda te vejo como um criança... - revirei os olhos mas sorri. 

Se eles desconfiasse um bocadinho quantas asneiras esta pequenita andou a fazer estes anos todos e onde andou metida.... Arrepiei-me só de pensar.

- Sir Sheldon. - Harry sorriu falsamente e estendeu a sua mão. 

O meu pai abriu a boca de espanto e olhou-o também com um sorriso um pouco falso e um brilho nos olhos. Ele já o tinha visto pelo Skype mas aqui era totalmente diferente. 

- Dr. Styles. - sorriu o meu pai e apertou a mão do Harry. 

Ou eles estavam a gozar um com o outro ou... estavam a gozar um com o outro.

- Então é este o famoso Harry Styles?

O Harry sorriu.

- Agora a Milla é a minha única ''menina'' e terá de aceitar isso. - ele falou descontraidamente.

- Ouvir a conversa dos outros não é lá muito simpático... Tu não a conheces como eu. Vocês estão a ir rápido demais.

- Não quer netos? Oh, não me diga que ainda acha que ela é virgem? - Harry riu-se.

Se não fosse o meu pai o Harry recebia um estalo ali mesmo. 

- Já estou na idade de os ter, tens razão rapaz. É claro que não acho! A Milla já teve muitos namorados.

Era verdade. 

O lábio do Harry tremeu e ele olhou para mim de forma ameaçadora como se eu tivesse dito aquilo.

- Mas nenhum deles irá se casar com ela. 

- Porque nenhum deles era burro, Harry. 

- Pai, não comeces... - puxei-o até mim e comecei a acompanhá-lo até a nossa casa. 

O Harry começou a ir atrás de nós, pondo-se do lado do meu pai.

- Então porquê? - perguntou ele arrogantemente.

- Não tem nada haver com a Milla. É mesmo o facto de se casar. Sabes quantos anos eu vivi com a minha mulher?

- Com a Verónica? Uns 20? - perguntou Harry intrigado.

- Talvez mais.  E sabes porque é que nós nunca casamos? Porque é que temos duas filhas, chamamos marido e esposa um ao outro mas não estamos casados oficialmente?

- Não.

- Porque estivemos noivos quase 1 ano. O que deu tempo suficiente para conhecermo-nos de verdade. Estás a entender-me? 

A expressão de Harry era tudo menos de compreensão.

- Eu sabia que um simples papel não nos ía aproximar mais. E que daqui alguns anos fartariamo-nos um do outro... por isso, para não haver aquele drama todo simplesmente não assinamos nada e vivemos. 

- Até fartarem-se um do outro?

- Exato. Amei aquela mulher. Amei de verdade. E ainda amo. Mas o mais impressionante nisto tudo, é que se quizermo-nos separar vai ser coisa de alguns minutos. E não vai haver divisão de bens.. de filhas... nem tribunais.

- E qual é a moral dessa história?

O meu pai parou e olhou para ele. 

- É que nestes anos todos nós nunca separamo-nos. E sabes porquê? Porque não iria haver tribunais e sepração de bens... e seria uma simples perda de tempo.Seria aborrecido.

O meu pai piscou-lhe o olho e depois de nos dizer que ía a casa cumprimentar a família eu e o Harry ficavamos sozinhos. 

-  O que raio foi aquilo?! - perguntou-me ele. 

- Já ouvi aquela história não sei quantas vezes... O Thomas depois daquela conversa acabou logo tudo comigo... - ri-me.

- Thomas?! Tu ías-te casar com um Thomas?!

- Namoravamos a tanto tempo... eu estava á espera de um pedido.

- Ah, então se não fosse o teu querido paizinho estarias agora com ele! Claro, ele é o Thomas! E eu? Sou um simples Harry... que não tem inteligência suficiente para entender um homem daqueles! - apontou para a minha casa.

Harry sentou-se num banco e amuou. 

Aproximei-me dele e depois de vários afastamento da sua parte consegui abraça-lo e dar um beijo na sua testa. 

- És tão parvinho... - ri-me. - Não existiu nenhum Thomas.

- Não, não... - Harry cruzou os braços. 

- O meu pai é que é burro. Toda aquela conversa pertence a um homem fraco que tem medo de responsabilidades.

- Olha que não parecia nada. 

- E isso é a vida dele. Não a minha. A nossa. - fi-lo olhar nos meus olhos. - A nossa história é completamente diferente. Sem ti, eu estaria perdida.

Harry sorriu.

O Crime 5 - Harry Styles FanFicOnde histórias criam vida. Descubra agora