Capítulo 12 - Uma morte estranha.

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- Pai, abre a porta! Por amor de deus! Harry faz qualquer coisa!

- Queres que a parta de novo? Não achas estranho eu partir portas quase todos os meses?

- Pára! Isto é uma situação séria!

O Harry pediu-me desculpa e bateu mais uma vez à porta, tentanto convencer o meu pai a abri-la.

'' Vão-se embora. Se ele é assim tão esperto e corajoso, que me desafie aqui e agora. '' - o meu pai dizia. 

- Tu não entendes que isto tudo é muito estranho?! Por favor, abre! Já imaginaste o que seria se a Adriana tivesse inventado aquilo tudo?! Não me digas que vais ficar aí trancado para sempre!

'' Eu exerco a profissão de proteger as pessoas há mais de 20 anos. Não vai ser um homem qualquer que nem a cara mostra que me vai assustar. ''

- Então seguindo pela tua lógica... como queres que ele entre aí para vocês resolverem tudo?! - a minha paciência esgotava-se.

'' Se ele foi suficientemente inteligente para fazer estes planos todos debaixo do meu nariz, também saberá como entrar cá dentro sem ser visto. ''

Por momentos, senti um igual ódio pelo meu pai ao ódio que o Harry tinha por ele. Se calhar, desde o ínico,ele estava certo. O meu pai era a teimosia em pessoa. 

Mas tudo aquilo, continuava a ser estranho. Tinham passado horas e nada acontecia. A Adriana jurou-me que desde o dia em que eu descobri tudo, ela nunca mais me mentiu. Ela jurou que no meu casamento iría estar alguém que não é bem vindo. E o meu pai? Uma vítima perfeita! Mas como ele íria ser assassínado?

Mais minutos passavam e nada... Será que aquele homem que tem o dobro da minha idade não compreendia o quanto estúpido era o seu ''plano'' de esperar que o assassíno viesse e o matasse ali mesmo, sem demoras?!

- Andrew? - perguntou a minha mãe mas nada se ouviu. 

A sua mão começou a bater à porta e a sua voz elevou-se. Ninguém respondia. Eu começava a entrar em pànico e preparava-me para o pior. A Lara foi a correr chamar alguém que partisse aquela estúpida porta, enquanto eu tentava colocar as coisas no seu lugar.

E se ele estivesse morto?

Era impossível entrar lá dentro. Só se o misterioso homem ou mulher conseguissem trepar pelas paredes ou transfigurar-se. Qual sería a melhor maneira de assassinar alguém sem que houvesse uma única suspeita ou pista?

Sem que a vítima, ainda viva, conseguisse olhar nos olhos do seu homicída?

Uma coisa, que pudesse matar um ser vivo enquanto ele estivesse... por exemplo, a beber um copo de vinho no casamento da filha...

- Milla? 

Uma voz soou do outro lado da porta e a minha mãe respirou de alívio.

- Eu acho que estou a ficar maluco.... - ele continuou. - Aconteceu uma coisa estranha...

Aproximei-me da porta para ouvir melhor. 

- Com a minha barriga. 

Era isso. 

- Okay. Não te mexas, nós já abrimos. Não toques em mais sítio nenhum nem faças esforços.E não toques no cinto!

- Explica-me o que está a acontecer comigo! Onde é que ele está?!

- Pai... tu foste morto há muitas horas atrás. 

- Oquê?!

O Harry olhou horrorizado para mim. 

Como eu pude ser tão estúpida este tempo todo?! A ainda tive coragem de pensar na teoria do veneno! Ele era muito mais esperto que todos nós juntos. Ele planeou o crime perfeito. 

Foi tudo mais simples do que parecia.

Enquanto o meu pai estava sentado na mesa a deliciar-se com toda a comida existente, alguém espetou-lhe na barriga algo agudo. Uma agulha, talvez. Como ele encontrava-se numa posição favorável, quase não sentiu que um objeto acabou de entrar dentro da sua barriga e lhe furou a pele e os tecidos musculares. O mais interessante, é que o efeito só seria possível ser visto, quando a agulha saísse de dentro da barriga, provocando uma total abertura e uma série de hemorragias. Ele fora ''morto'' há muito tempo antes de tudo acontecer.

O assassíno simplesmente fez o seu trabalho e ficou à espera do resultado.

Para no fim de tudo, conseguir trazer um corpo morto para os a continuação dos seus rituais.

- Harry, consegues levá-lo para o hospital? - perguntei.

- Sim, não te preocupes. Nós tratamos disso. Eu não acredito que nada disso veio à minha cabeça! - ele riu-se.

- Eu própria não sei como não pensei nisso antes... Agora, só falta descobrir quem foi...

Nisso, o meu cérebro ainda não tinha pensado.

- Não precisas. - Harry sorriu animadamente. - Se pensas que és a única pessoa esperta aqui, estás muito enganada.

- O que queres dizer com isso?

- Que eu sei quem foi. 

Uma onda de alívio atravessou-me. 

O Crime 5 - Harry Styles FanFicOnde histórias criam vida. Descubra agora