O Crime 5 - Harry Styles FanFic

Capítulo 9 - Homens e Mulheres

A minha voz enfraquecia à medida que eu gritava.

Porque é que ele não podia abrir a porcaria da porta?!

A morte surge sempre na pior altura. 

Um dia antes...

A inveja que eu sentia por aqueles que ganham coragem de se casar em privado, sem convidados, sem ninguém, era enorme. Os meus queridos familiares não me paravam de chatear o dia todo. Perguntas e mais perguntas a cada resposta dáda. O Harry, como era esperto, passava os dias no seu precioso Hospital e por isso obtia um descanso psicológio, ao contrário de mim. Também sentia inveja dele. 

- Só de pensar que entre esta gente está um assassíno...  - falou a minha irmã.

Praticamente já toda a ilha sabia da história do futuro homicídio no meu casamento. Menos o assassíno, espero eu...

- Quem achas que pode ser? 

- Não faço a mínima. Mas sempre ouvi dizer que os piores, são os inocentes. 

Olhei-a sem entender. 

- Os inocentes que se fazem ou os inocentes de verdade?

- Qual é a diferença?

- Uns são simples atores, outro são verdadeiro psicopátas. 

Lara sorriu. 

- Só tens de encontrar o que todos os nossos convidados têm um comum. Arranjar uma característica semelhante. A única pessoa que se distinguir, é nos estranha. É o psicopata.

- Presumo que já posso tirar da lista dos ''bons'' todos os nossos familiares e os Styles. Agora, os amigos é igual. Para além da Adriana, nenhum amigo meu anda metido em coisas diabólicas.

- Estás no caminho certo! - ele sorriu com um brilho nos olhos.

As luzes do quartos estavam totalmente apagadas e só uma pequena faixa do candeeiro brilhava. Uma cor laranja iluminava o interior e ao olhar ao redor, senti-me dentro da famosa sala do edifício 221B.  Se os protagonistas principais daquelas aventuras também lá estivessem, a ajudar-me, eu resolveria este mistério em menos de 3 segundos. 

- Então o assassíno é alguém que eu não conheço. Ou seja, ou alguém da cozinha ou alguém dos empregados, que vieram de Londres.

- E por que raio um empregado ía querer matar alguém?

- Não disseste que os inocentes eram os piores? - ela baixou o olhar intrigada. - '' Os sem cara '' não era esse o nome? Eles estão sempre lá... mas nunca são vistos.

- Todos confiam neles. - Lara continuou o meu raciocínio. 

A minha mente por pouco não explodia com tanta emoção. Eu tentava puxar pelo meu cérebro mas nada aparecia. Nem uma luz no fundo do  túnel.

Se eu quizesse matar alguém e não ser vista... estar sempre lá mas ao mesmo tempo não... que não ouvesse nem uma única prova de que fui eu... De quem eu me mascarava? De uma rapariga que limpa a sala no fim do banquete? De uma cantora que canta a canção da primeira dança dos noivos? Por momentos, até começo a pensar se também eu não enlouqueci como o Liam e não sou eu a própria a vilã. 

Faltava um único dia para descobrir tudo.

- Nem acredito que o primo do Harry vai estar cá amanhã.... - o humor dela alterou-se.

A história dela com a estranho primo Styles era bastante... desagradável. Eles amavam-se e odiavam-se ao mesmo tempo. Mas graças a isso eu conheci o Harry e por isso, a Lara e o se ex tinham todo o meu agradecimento. O destino tem uma forma estranha de juntar as pessoas. 

- Ainda sentes alguma coisa por ele? - comecei a entrar no papel de uma verdadeira irmã. Coisa que já devía ter feito há muito tempo. 

- Sentia. Agora as coias na minha vida mudaram bastante. Eu sentia que... ele era demasiado bom para mim. Psicologicamente. Eu não o merecia.

O que era uma verdadeiro mentira.

- Que idiotice! - exclamei. - Isso te pode parecer no ínicio mas se vocês ainda estivessem juntos a coisa seria totalmente outra! Ele tornaria-se num verdadeiro imbecil e tu fugirias a sete pès!

- Claro, e tu és uma expert nisto. Até já foste casada e tudo! - Lara brincou.

- A lição da vida é : aprendermos com os erros dos outros, e não com os nossos. Isso é em primeiro lugar. Em segundo, qualquer rapariga sem confiança própria deve saber que as mulheres, em princípio são melhores que os homens. 

Lara deu uma gargalhada e acomodou-se melhor entre as almofadas e o quente cobertor da minha cama. 

Do outra lado era possível ouvir o meu pai a festejar o dia de amanhã ( que ainda nem tinha chegado ) com o meu tio mas no meu quarto estava um silêncio absoluto. Hoje seria uma noite de descanso.

- Isso é oquê? Mais um lei da advogada Sheldon? - ela riu-se.

- Isso, minha querida, é a lei da vida. 

E nisto, as duas começamos a rir-nos de tal forma que o som quase se sobrepunha ao barulho da sala. Era a maneira perfeita para terminar aquele dia e preparar-me para amanhã.

Tudo tinha de correr bem.