Blind by Evil

Capítulo 2

Após realizar todas as higienes pessoais, não conseguia parar de pensar naquele garoto e estava bastante intrigado em querer saber porquê esse rosto me aparenta ser tão familiar, sempre que penso no mesmo, sinto um leve aperto no coração. Será que ele é alguém de bastante importância em minha vida? Procurei em meu telefone alguma foto ou algo relacionado a ele, porém, tudo em vão. Não achei nada que pudesse me fazer entender o porque me sinto daquela maneira quando penso nele, mas sei que não vou desistir tão fácil.

Escolho uma roupa leve pois fazia calor na região, optando assim por uma blusa branca com uma bermuda beje. Assim que termino de me produzir, me olho no espelho e...realmente, fico lindo de todas as maneiras. Liguei mais cedo para o Jimin e para o Jungkook para que assim que terminasse os turnos dos dois no trabalho, nos encontrarmos em uma cafeteria no centro da cidade. Descobri recentemente que a firma a qual eu trabalho esta passando por reformas gerais, então acho que terei uma férias prolongadas. O que me deixa triste pois sei que amo meu trabalho. Trabalho na área de Direito Trabalhista, sempre tive essa ambição de cuidar dos menos favorecidos, incluindo aqueles que trabalham e muitas vezes não reconhecem seus direitos, acarretando a muito trabalho de forma excessiva e escravizadora.

Olho para meu relógio e ainda falta trinta minutos para o horário combinado com meus amigos, então decido pegar as chaves do meu carro e conhecer um pouco mais da cidade que morava.

***

   Estava no meio do meu pedido por um expresso pequeno acompanhado de uma fatia generosa de torta de limão quando vejo um menino baixinho de regata clara e calça jeans andando em minha direção e acenando para mim. Jimin sempre fora bastante estiloso combinando aquele estilo simples com pulseiras e um óculos de sol

    — Annyeonghaseyo, hyung — cumprimentou Jimin, puxando uma cadeira ao meu lado e se sentando. — Faz tempo que chegou?

   — Não, cheguei agora a pouco, resolvi dar uma volta pela cidade para ver se eu reconhecia algo, mas foi um pouco em vão — disse com uma voz triste — Porém, vi que escolhi um bairro bem aconchegante para morar e perto do centro.

— Espera, como assim ver se você reconhecia? — Ele me encarava com seriedade e um ar desconfiado. —Você mora aqui a anos Seokjin.

— Eu sei, eu tenho essa sensação, mas... — Fui interrompido pela garçonete colocando meu pedido na mesa. — Kamsahabnida, vamos esperar Jungkook chegar para prosseguir com o assunto. Peça algo para comer, sinto que não vem se alimentando direito — o repreendi. O mesmo me olhou com uma cara de tédio e apenas afirmou com a cabeça.

      Enquanto meu amigo pedia o que comer, eu levei uma grande quantidade de torta a boca e automaticamente meus olhos fecharam, apenas para sentir o sabor gracioso que se encontrava em minha boca. Nunca me cansarei de comer essas maravilhas dessa cafeteria, ela tinha uma diversidade de sabores de tortas, salgados, cafés e até mesmo de chás. Após sair do meu breve devaneio, abri meu olhos e vi que os olhos de Park se alternavam entre minha torta e meus olhos. Sabia que ele queria pedir por um pedaço, mas, sempre fora muito tímido para essas coisas. Até hoje não sei como ele se tornou jornalista. Só conseguia me lembrar que ele sempre falava que sentia que sua missão era estar em constante comunicação e trazer notícias verdadeiras a todos. Frustrado por não conseguir resistir a aquele olhar fofo que ele faz sempre que quer algo, tirei um pedaço da minha torta e pus no prato dele. Quando seus olhos se encheram de brilho e ia falar alguma coisa, fomos interrompidos por um barulho de uma cadeira sendo puxada ao meu lado e quase cai da cadeira com tamanho susto que eu tomei.