Depois de falar cinquenta vezes para o Jungkook que ele não precisava dormir aqui, acordei com ele fazendo café na cozinha e levantei lentamente sentindo o alívio em meu corpo por conseguir me mexer novamente.
— Bom dia, cozinheiro. — Dei uma volta por ele e percebi que estava fazendo ovos mexidos.
— Está melhor, Seokjin hyung? — Notei um tom de preocupação em sua voz.
— Estou sim. Você me ajudou bastante ontem, gomawoyo — agradeci.
— Não precisa agradecer, fiz apenas meu trabalho — concluiu servindo os ovos na mesa. — Agora coma um pouco para recuperar suas energias.
Ficamos assim calados por um longo tempo, comendo e cada um mexendo em seus devidos telemóveis, quando o pager de Jeon soou novamente, nos tirando do transe.
— Preciso ir agora. Vai ficar tudo bem se você ficar sozinho? Posso chamar o Jimin hyung se for preciso. — Se levantou e foi em direção ao seu jaleco.
— Não se preocupe tanto, sei me cuidar sozinho, doutor Kookie — eu disse com uma voz afeminada e fazendo uma cara inocente.
— SAI FORA, KIM! — O mais novo ria enquanto andava até a porta. — Agora é sério, qualquer coisa me liga de verdade.
— Eu já entendi! Obrigado pela preocupação, mas agora você pode, por gentileza, IR EMBORA DA MINHA CASA?
— Nossa senhora! Você tenta cuidar de seus colegas e é assim que eles te recompensam... bom saber, da próxima vez te deixarei morrendo. — Ao abrir a porta, o garoto se virou para mim. — Tchau, senhor independente.
Sem conseguir parar de rir, comecei a recolher os pratos e os talheres sujos da mesa e os coloquei na pia para mais tarde serem lavados. Não consegui conter o sorriso em pensar em como tenho pessoas na minha vida que se importam comigo de verdade. É bom ver que ainda há bondade no mundo, sempre estou tentando espalhar virtudes e boas ações para as pessoas, mas a sociedade atual se encontrar tão egoísta e sem esperança que a cada dia mais que se passa fica cada vez mais difícil fazer tais atos.
***
Nunca tive tanto trabalho em arrumar uma casa como tive naquele dia, tudo estava uma bagunça! O quarto, a cozinha, o banheiro... nem a sala se livrara. Fazia quanto tempo que eu não limpava a casa? Com esse questionamento em mente, me joguei no sofá e me assustei quando percebi que já eram duas horas da tarde e que precisava almoçar. Ainda estava muito cansado para preparar alguma comida — e olha que eu amo cozinhar! —, porém, teria que almoçar fora querendo ou não.
Peguei meu celular e pesquisei se havia algum restaurante perto, logo descobri que tinha um que dava tranquilamente para ir andando. Levantei do sofá e, chegando ao quarto, procurei por uma calça jeans simples e uma blusa branca estampada. Enquanto eu me vestia, peguei minha carteira e meu celular. Após totalmente pronto e devidamente higienizado, tranquei minha casa e fui até as escadas, já que eu morava no segundo andar.
O dia estava levemente nublado, nem tão frio e nem tão quente. Estava bem bonito com várias pessoas na rua e eu gostava sempre de analisar as expressões destas. Senti o sorriso em meu rosto quando percebi que a maioria das pessoas sorriam ou pareciam distantes em seus pensamentos. Sem perceber, quase passei do restaurante que escolhi.
Entrei no estabelecimento e logo me sentei na primeira mesa que vi, peguei o cardápio e as opções que tinha e fiquei feliz em ver que havia um prato que eu amava. Fiz o pedido e apenas fiquei aguardando pensando em como acordei feliz e nem sabia o porquê, o dia anterior havia sido tão ruim e agora estava tudo perfeitamente normal, como se nada tivesse acontecido e, tudo foi tão inesperado que não consegui entender ao certo o que aconteceu comigo.
Saí dos meus pensamentos quando o meu pedido foi posto à minha mesa e não pude deixar de fazer uma cara de surpresa, chegou tão rápido! Comecei a comer e percebi que o local era realmente bom, pois pelo tempo, a comida estava magnífica e não tinha como não amar aquela refeição.
Assim que finalizei, agradeci a Deus por ter condições de comer em um lugar bom como aquele e quando fui pedir a conta fui surpreendido pelo garçom colocando uma sobremesa sobre minha mesa.
— Desculpa mas... eu acho que há um engano aqui, não pedi isso — tentei argumentar da forma mais educada possível.
— Eu sei, mas mandaram entregar exclusivamente para o senhor.
— Hã... tem certeza que não é a mesa errada? — aleguei, sentindo minhas bochechas corando.
— Só se tiver outro moreno, alto e de lábios carnudos no restaurante — o homem disse e piscou levemente. — Aproveite!
Naquela altura eu só consegui balançar a cabeça e encarar a sobremesa perplexo sem nem conseguir acreditar na situação que me encontrava. Olhei em volta e não percebi ninguém olhando para mim, quem será que tinha mandado aquilo para mim? Quando finalmente cansei de procurar, resolvi apenas aceitar o fato e peguei o garfo para provar o pedaço torta de chocolate que estava na minha frente e, meu Deus, eu nunca havia comido algo tão gostoso na minha vida! A pessoa que escolheu definitivamente acertou em mandar aquele sabor, ele era tão divino que nem percebi quando já estava no último pedaço. Tristemente encarei aquilo e levei à boca uma das melhores coisas que já experimentei. Enquanto eu saboreava, escutei um barulho da cadeira à minha frente ser puxada e alguém se sentar.
— Licença, eu só vim saber se você está gostando do agrado que escolhi para você — uma voz rouca masculina falou enquanto eu continuava com a cabeça baixa mastigando. Quando fui olhar, quase engasguei com os restinho que eu engolia e fiquei totalmente sem fala. Não podia ser verdade, não era possível...
— Prazer, eu sou Kim Taehyung. — ele se apresentou com um sorriso tímido nos lábios e aquele olhar. O olhar intenso que não saía de minha mente nos últimos dias.
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Então era Taehyung quem invadia a mente do nosso Jin! O que acham desses dois? 🌚
Não sei esqueçam de comentar e dar o voto, isso me motiva muito! ;)
Ps: leiam o meu outro livro, Only a Lonely Writer e os livros da lizyyecorn ♥️
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Blind by Evil
FanfictionApós ser enviado para uma missão, Jin acorda na Terra em um apartamento estranho sem se lembrar de nada, exceto do rosto de um misterioso garoto de cabelo loiro. * Plágio é crime.