Anne Hill tem apenas 19 anos, e sua vida está em um momento de caos, a falta de dinheiro, está começando a afetar sua vida de maneira drástica, se vê perdida sem ter o que fazer, até que um certo motoqueiro entra em seu caminho.
Créditos da capa to...
Assim que Strong me avistou ele se levanta e caminha em minha direção.
-Vejo que as roupas serviram!-
-É! Ei estava pensando se você poderia me levar para o hospital, quero me despedir da minha mãe antes que eles a coloquem em um caixão. -
-Certo.-
Caminhamos para o lado de fora e vejo a tal Laila encostada em uma motocicleta.
-Você puta saia de cima da minha moto porra, o que há de errado com seus ouvidos? Eu disse não merda.-
-Calma ai garotão, eu só vim fumar um cigarro, nem vi de quem era a moto que eu estava encostada. -
Vi em seu olhar o quanto ela estava sendo cínica.
-Pega o capacete. -
Peguei o capacete de sua mão e subi na sua traseira, momentos depois, estávamos na via principal, para o hospital aonde minha mãe estava. Dentro do peito meu coração batia tão desesperado, ansiando que tudo não passasse de um grande engano, é bem lá no fundo eu sabia que o destino traçava seu curso e não nós, e meu pesadelo estaria tão real como a moto em que eu estou agora. Chegando no hospital, vou em um dos guichês para informações, e foi lá que minha ficha finalmente caiu, e aquele ardor no peito voltou, não que eu não tivesse chorado porque eu fiz, mais aqui é como se a verdade que não teria mais a minha mãe, batesse tão forte em mim que eu fiquei desnorteada. Oh doce Senhor faça essa dor sumir. Em minha cabeça as lembranças da minha mãe vem a tona em uma espécie de filme, aonde desde que me entendo por gente era só eu e ela contra o mundo.
-Sei que é difícil, mas você tem que se manter forte.-
Escuto as palavras de Strong, e seco minhas lágrimas. Não consigo acreditar que estou confiando em um motoqueiro fodão, mas a única explicação é que me sinto como um pequeno rato em um covil, sim eu tenho medo das pessoas no mundo, não são os montros que me assustam.
-Eu sei Strong... mais é que. ..-
As palavras simplesmente não saiem e eu não consiguia expressar.
-Eu sei Anne, ei baby eu tenho você e enquanto eu respirar vou cuidar de você até o meu último suspiro. -
Suas palavras tocaram o meu coração desesperado, e trouxe um certo alívio aquela dor imensurável no meu peito.
-Obrigada de verdade Strong, e já que você estará comigo até o último suspiro você irá me dizer seu nome?-
Ele me deu um sorriso de lado e balançou a cabeça.
-Nah, quem sabe com o tempo!-
E assim acabou o momento intenso entre eu e ele.
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