heat. ;; lty

fake angels

– Por que achou que eu parecia inexperiente?

Pausa.

– Seu rostinho de inocente.

Pausa e uma risada.

– Agnes, se ao menos soubesse o que vou fazer com você hoje, você se arrependeria de cada pensamento seu. Eu prometo que você vai ter muita história para contar para sua amiguinha.

A fala de TaeYong contém nela deboche. Eu gosto de deboche, principalmente se vem de alguém como ele. Eu já transei antes, com vários caras, mas algo nele faz isso parecer algo fora do usual. É algo que liga em mim alguma coisa, me acende. Calor, puta merda, o calor.

Abro o zíper que fica na frente de meu vestido, e isso expõe parte de meus seios, fazendo com que eles fiquem visíveis para TaeYong. Sinto seu olhar queimando-me, e suor desce por minha espinha.

– Você já está tirando suas roupas? Juro que poderia esperar até minha casa.
– Estou com muito calor.
– O ar condicionado está ligado.
– A noite me deixa com calor, assim como você também deixa.
– Isso se chama tesão. Já o sentiu antes. E eu sei do que estou falando. Eu sinto o mesmo.

Meu olhar desce de seu rosto para seu colo, e eu tenho quase certeza de que nunca deixei ninguém excitado em minha vida só por abrir uma parte de meu vestido. Não foi algo proposital, mas ele não está ligando para isso. Eu simplesmente vejo que ele é a pessoa mais facilmente excitável que já conheci em toda a minha vida. Ah, eu sinceramente espero que ele possa durar o suficiente.

O caminho não dura mais do que 5 minutos para ser concluído, e quando estacionamos frente à sua casa, mantenho para mim um suspiro alto que quase é expulso de minha garganta. A casa, do lado de fora, é inteiramente iluminada com luzes amarelas, quase como um clube. Dois andares a compõe, suas paredes claras absorvendo da luz, suas janelas fechadas. Meus saltos fazem barulho quando tocam a calçada, e as mãos extremamente febris de TaeYong tomam minha cintura, apertando, e isso é algo inesperado para mim. Eu não o conheço. Não devo concluir que ele é uma coisa se não provei dela ainda. A expectativa faz meus olhos quase revirarem.

– Bem vinda ao meu lugar favorito na terra, e seu lar pelas próximas horas.
– Horas?
– Tenho planos para nós dois, hoje. Espero que esteja pronta para ter a melhor noite da sua vida inteira.
– Você fala demais.
– Só prometo coisas que tenho o máximo de certeza de poder cumprir.

Dito isso, nos encaminhamos para a porta de madeira da casa. O ambiente luxuoso toma meus olhos por pouco tempo, pois TaeYong é rápido em puxar meu corpo para o andar de cima, provavelmente onde fica seu quarto. Nas paredes, vejo imagens que se escondem no escuro, em quadros ricamente emoldurados. Neles, estão mulheres e homens, alguns quadros apenas com homens, outros, apenas com mulheres, outros com ambos. E nas variedades de todos eles, absolutamente todos eles, as pessoas representadas estão nuas. Em alguns deles, elas estão fazendo sexo das formas mais pervertidas possíveis.

– Você é um pervertido.
– Você pensou que eu fosse um anjo, não foi? Eu disse que você não me conhece.

Subimos as escadas de mãos dadas, e a porta de seu quarto é vermelha, estofada em veludo, com uma maçaneta que eu juro parecer banhada a ouro. Quando ele abre-a, cuidadosamente, meus olhos se arregalam e meus pés descalços levam tempo para andarem pelo carpete macio.

Cortinas vermelhas, que vão do chão até o teto, são feitas de um cetim bastante brilhoso. Uma cama enorme e coberta de lençóis pretos fica no canto direito do quarto, e uma poltrona de couro, muito bem estofada e macia está ao contrário dela. O ambiente é grande, não de forma exagerada, mas é mais do que o suficiente para ele. As janelas, que mais me parecem portas de tão grandes, estão fechadas, e o ambiente fresco contrasta com meu calor e com o calor de mais uma sexta à noite em Chicago. Enquanto eu permaneço observado o ambiente, TaeYong entra e senta em sua cama. Logo, eu fecho a porta e ele me sorri.