- Eu estou tentando me convencer de que não estou no lugar que penso estar, mas se formos analisar friamente a forma como você levantou minhas expectativas sobre esse momento, eu acredito estar certa.
- Você costuma usar palavras difíceis quando está nervosa? É algo que eu ainda não conhecia a seu respeito.Minha mão segura a de TaeYong dentro de um elevador refinadíssimo, e algumas pessoas que estão deixando o prédio o cumprimentam, olhando para mim de cima a baixo. Ele percebe meu desconforto, enlaçando meus ombros em seus braços quando estamos sozinhos dentro do ambiente pequeno. Vejo que estamos no 21° andar, e pergunto-me em que andar TaeYong e seu pai devem trabalhar, ou mesmo se o prédio inteiro é deles. Suspiro, encarando o chão.
- Quer me dizer o que houve? - ele me pergunta enquanto acaricia meu rosto. De repente, seu carinho faz com que nós dois pareçamos um casal adolescente e inocente.
- Eu não sou o tipo de pessoa para estar com você, eu acho. Pareço diferente demais de todos aqui.
- Por que acha que me atraiu? - ele me pergunta, o cenho franzido e os lábios em um bico. - Agnes, eu já estou cercado por pessoas certinhas em excesso. Eu preciso que você esteja do meu lado, eu preciso de algo novo. Você me trouxe a vontade de ser diferente, de ser alguém novo. Quem seria eu se não tivesse alguém tão louco e incrível do meu lado?As últimas palavras de TaeYong para mim são ditas olhando fundo em meus olhos. Suas mãos seguram meu rosto entre elas, e eu tento afastar nossa diferença de alturas ficando na ponta dos pés. Vendo meu esforço para aproximar-me dele, TaeYong gargalha, beijando minha testa. Logo depois, ele segura minha mão, e entramos no majestoso e impecável 42° andar.
TaeYong está relaxado, e anda pelo escritório arrastando-se pela preguiça. Vejo algumas pessoas passando por nós dois, e ele sorri para todas. Penso que eu e ele realmente combinamos, pelo menos agora. Ele já me mostrou tantas vezes que o redor não importa, que ele precisa de nós dois, e de mais nada. Eu só consigo agradecer por ter encontrado alguém que me deixe tão segura.
- TaeYong! - escutamos uma voz chamá-lo. Quando nos viramos, vejo um homem alto, sorridente, os cabelos tingidos de castanho claro e um terno bem cortado e acinzentado cobre sua estrutura corporal forte. TaeYong lhe sorri, apertando sua mão e abraçando-o. - Olá, senhorita. Não ia me apresentá-la?
- Tenho que proteger o que é meu.
- Cale a boca.
- Esta é Agnes Heagler. Ness, este moleque é Lucas Wong. Deve ser o funcionário mais novo que contratamos.
- Quantos anos tem? - pergunto-lhe, uma vez que ele me parece quase um adolescente. Ele sorri.
- 19 anos de puro talento. TaeYong deve ter contado sobre a história do robô dançarino, não foi?
- É claro que sim.
- Fui eu quem o construí.
- Você mente para todos sobre essa história? - pergunto para o de cabelos vermelhos ao meu lado. Ele dá de ombros.
- Os direitos de imagem são meus. Lucas copiou minha dança.
- Mas fui eu quem construiu.
- Nós dois o fizemos.
- Eu o fiz.
- Vocês costumam agir como crianças tão frequentemente?
- Como Lucas poderia agir de outro jeito? Ele é uma criança.Lucas sorri, mostrando seu dedo médio para TaeYong. Este retribui chutando-lhe seu tornozelo.
- Bom, tenho de separá-los, Ness. Preciso de um tempinho com o cabecinha de fogo aqui. Irei atrapalhá-los?
- De forma nenhuma.
- Pois bem, muito prazer em conhecê-la. É uma honra.Dito isso, o jovem aperta minha mão e abaixa-se para beijá-la. Sua cortesia faz com que eu sorria, e ele me retribui com um sorriso aberto. TaeYong observa a cena com o cenho franzido, mas sei que ele está apenas brincando. Logo que seu amigo solta sua mão da minha, os dois afastam-se. Então, TaeYong empurra-o, e os dois prosseguem sua brincadeira infantil enquanto andam juntos pelo hall inteiramente branco e extenso do andar onde estamos. Sendo deixada sozinha, vejo que meu espírito explorador não me permite ficar quieta em meu lugar.
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heat. ;; lty
FanfictionVocê já sentiu calor simplesmente ao olhar para alguém? Já se sentiu tão desesperado que tem vontade de gritar? Já sentiu como se alguém pudesse te completar, carnalmente, espiritualmente, de absolutamente todas as formas? É, foi dessa forma que Lee...