good boy

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- Você parece tão linda de tão perto. Era só algo que achei que precisava dizer.

Sorrio-lhe, impressionada com o quanto ele realmente tem a intenção de me mostrar que ele não é quem eu imaginava que ele era. Estamos em seu carro, eu estou em seu colo, não porque ele pediu por isso, mas porque aceitou receber minhas ordens sem uma palavra sequer. Dessa forma, o estacionamento nos serve quase como um quarto, comigo em seu colo no banco do motorista, ele com as mãos em minha bunda e em minha cintura, eu agarrando os fios de sua nuca.

- Você sente alguma coisa quando me vê assim? - pergunto, e ele ri abafado como se a resposta fosse óbvia.
- Agnes, sinto tanta coisa que você nem imagina.
- Eu não quero dizer seu corpo, TaeYong. Eu digo, aqui - digo-lhe, encostando minha mão em seu peito, e quando ele olha para mim, um sorriso toma seu rosto.
- Desde a primeira vez em que nos vimos, soube que havia algo. Eu queria te mostrar o que sou, de verdade. É por isso que lhe falei sobre amor à primeira vista. Você nunca me disse se acreditava.
- Eu acredito - sou rápida em cortar suas palavras, e vejo seu rosto se iluminando de forma que nunca vi antes. Por que eu me sinto assim quando olho para ele? Por que ele me enlouquece, me afeta, por que o pouco entre nós me parece insuficiente? É como se fosse a primeira vez que alguém, em fato, conseguisse fazer com que eu me apaixonasse.

- Você sente o mesmo? - ele me pergunta, e eu decido não mentir. Não quero magoá-lo, não mais, é a minha sinceridade o que ele precisa.
- Eu nunca senti isso antes. É algo quente. Senti isso desde que você e eu...sabe, desde que nós...
- Desde que eu e você transamos?
- Sim.

Ele sorri, realmente achando graça de minhas palavras.

- Eu estou aqui, imerso em coisas que estão em meu peito, e você me fala que o que te conectou a mim foi sexo?

Acredito ter estragado tudo, então cubro meu rosto com minhas mãos, pensando em como reparar meu erro. TaeYong, porém, tira minhas mãos e entrelaça seus dedos nos meus.

- Não importa o que te fez sentir o que sente. O que importa não é o que te fez ficar, o importante é que você fique.
- Eu não disse que não sinto nada sentimental por você. Mas é o jeito como tudo foi, eu estive esperando por isso outra vez, você não sabe o quanto.

Os olhos que me olham contém neles desejo, mas o conjunto inteiro da obra é apenas um anjinho pervertido e corrompido pelo pecado da luxúria. As mãos deixam minha cintura, subindo por baixo de meu vestido até pararem em meus seios, que ele aperta enquanto me olha nos olhos como se não estivesse afetado.

- O que fez quando lembrava de mim sem poder ter a mim?

Suspiro e as memórias me engolem por completo. Nada, nada, consegue substituir TaeYong, e eu tentei o que pude para replicar o prazer que ele me deu. Gemer seu nome não era suficiente, imaginar que era seu corpo no meu também não. Nada conseguiu fazer isso.

- Tentei fingir que era você, mas eu não consegui.
- Você gosta quando eu te toco, não é? Quando eu faço você se contorcer de tesão.

Seus dedos já se encontram entre minhas pernas, percorrendo a porção de pele que lhes é disposta, e as lembranças me atingem. Aperto minhas mãos em seus ombros enquanto ele acaricia meu corpo, lentamente, da forma como adora fazer, e as sensações me arrancam de meu estado de consciência, como se meu corpo me mostrasse que é só de TaeYong que eu preciso, de ninguém mais. Apesar de sentir minha cabeça trabalhando com dificuldade,
lembro que não é isso o que quero. Eu quero que ele sinta o mesmo que eu senti naquele dia, aquele controle, tanto prazer de uma vez só. Mesmo que seja só por essa noite, eu quero ver seus olhos se comprimido, quero ver sua boquinha gemendo meu nome, manhosa, quero sentir sua exaustão, quero vê-lo sem energias.

heat. ;; ltyOnde histórias criam vida. Descubra agora