🌘Eight🌒

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Beverly Hills — 26 de Setembro de 1994 às 09:59 PM.

Point of view Angelina.

Desde pequena eu achava que, quando eu crescesse, acharia meu príncipe encantado enquanto andava pela floresta à cantar uma melodia calma. É, eu pensava até ele aparecer: Renato Garcia.

Eu sentia seu toque frio e doloroso no meu corpo. Ele era frio, calculista, e, impiedoso.

Ele é um psicopata de mão cheia.

—Para, por favor...— supliquei sentindo o canivete perfurar a pele da minha coxa me fazendo gritar, me esperneando, deixando uma cachoeira descer de meus olhos.

—CALA A BOCA! — berrou socando meu rosto. Senti um gosto metálico e deduzi ser sangue. Droga, ele havia cortado minha boca. Mais alguns cortes foram feitos no meu corpo e então ele se levantou, ficando ao meu lado me olhando. Finalmente ele havia desistido de me bater, mas... senti minhas costelas estralarem quando ele atingiu, em cheio com toda a força dele, um chute em minhas costelas. Gemi de dor me contorcendo enquanto ele gargalhava, sumindo logo após.

Até para respirar era difícil. Justin apareceu no meio da escuridão e me tomou em seus braços, me levantando, e me colocando na cama cuidadosamente.

—Justin...— susurrei fraca, sentindo dor, muita dor. Justin negou com a cabeça, pedindo silêncio, e foi até um armário pegando alguns panos molhando e passando em meus machucados. Gemia cada vez mais, com tamanha a dor. Logo após ele enfaixou minhas costas. Se sentou na ponta da cama e ficou me olhando, perdido.


—Sonhei com você. — mesmo com a dor incômoda, sorri fraca vendo ele sorrir também.

—Como foi?

—Bem, estávamos eu e você num campo de flores, daqueles bem cheio mesmo sabe? Aí, nós...— suas palavras morreram em minha mente assim que fechei os olhos sendo dominada pelo sono.

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27 de Setembro de 1994 às 12:04 AM.

Quando a água quente bateu contra minha pele, soltei um grito com tamanha a dor. Resmunguei uns palavrões passando o sabonete nos machucados, mesmo com a ardência. Lavei meus cabelos e sai do Box. Me sequei e coloquei uma camisa, que era de Renato e que ficava um vestido em mim, e uma cueca boxer dele.

Sai do banheiro dei de cara com ele, essa que estava encostado na porta de braços cruzados me encarando ferozmente. Suspirei.

—Me siga. — ordenou ele indo na direção contrária do meu quarto. Estreitei meus olhos, caminhando ao lado dele.

—Por que não vamos para meu quarto? — ele parou de andar e me olhou de um jeito malicioso.

—Gostou tanto que me quer de novo? — sorriu debochado me fazendo revirar os olhos com tal idiotice.

—Só queria saber porque estamos indo para a direção contrária do meu quarto.

—Estamos indo na cozinha. — Como resposta, minha barriga roncou alto arrancando gargalhadas de ambos, até mesmo de Renato. Ele pôs um copo com chá e um tipo de gororoba, bem estranhas por sinal. Renato se sentou ao meu lado com um sorriso maldoso enquanto eu encarava aquele prato com certo nojo.

— O que você colocou aqui? — olhei para ele que fez cara de ofendido, colocando a mão no coração, fingindo mágoa.

—Não se preocupe, por mais que eu queira que você morra, não será assim a sua morte.—sorriu debochado. Revirei os olhos.

—Por que acha que vou comer isso?

—Porque você está com fome, anjinho. —estreitei meus olhos e levei uma colherada a boca. Estava com fome, seria capaz de comer pedras. Gemi, sentindo um gosto delicioso na boca. Fechei os olhos saboreando e Renato gargalhou.

—Do que tá rindo? —perguntei levando mais uma colher à boca.

—Isso é formiga com alguns insetos.—arregalei os olhos saindo correndo para o banheiro, me debruçando na sanitária, colocando dois dedos na guela, jogando tudo que tinha no meu estômago para fora. —O que pensa que está fazendo? —se aproximou cruzando os braços.

—Seu podre, cínico, imbecil, inútil, seu sem coração. Como pode? —ele riu pegando no meu maxilar, apertando com força me fazendo gemer baixinho.

—Cuidado com as palavras, docinho, elas machucam. —se afastou sorrindo, saindo dali.

Lavei minha boca e sai vendo no final do corredor uma porta aberta. Meus olhos brilharam e com ansiedade de ir lá para fora soltei um gritinho histérico, sorrindo boba.

Perfeita hora para fugir.

Eu ia falar nem pense, mas já que pensou, nem tente em dar uma de espertinha. —Renato apareceu na minha frente, com a testa franzida. Bufei, revirando os olhos, indo na direção contrária dele. Indo para meu quarto.

Soltei um grito alto, começando a chorar.

—Eu só quero ir embora. —murmurrei abraçando minhas pernas, deixando as lágrimas caírem sem pudor.

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Opa babys❤

O que acharam? Não esqueçam de deixar seu voto e o que está achando da história, pls.

Beijos com Nutella💕

♤♡XOXO PANDA♡♤
Sorry por qualquer erro
NÃO DESISTAM DE MIM🙃

O psicopata está à solta [R.G] Onde histórias criam vida. Descubra agora