O psicopata está à solta [R.G]

🌘Four🌒

Beverly Hills - 23 de Setembro de 1994 às 09h34 AM.

Point of view Angelina.

Meus olhos foram se abrindo aos poucos, mas logo os fechei, por conta da claridade. Vasculhei o local com o olhar, não encontrando nada. Era um lugar sujo, e fedido, parecia abandonado.

— Que bom que acordou, anjinho diabólico.— Meu  corpo inteiro entrou em êxtase quando aquele voz rouca soou próximo à mim. Ele saiu da escuridão se mostrando o quão belo era.— não vai dizer nada? — sorriu diabólico se aproximando.

—Oque você quer comigo?— deixei uma lágrima teimosa cair. Eu estava com medo, muito medo.

—Seu sangue... escorrendo pela minha faca enquanto você se agoniza.— gargalhou se afastando. — como foi seus dias? Aproveitou muito? Saiba que daqui você não saíra viva.—  alisou uma faca enquanto sorria. Seu rosto era desenhado nos mínimos detalhes, seu corpo aparentava ser forte. Seus lábios eram bem carnudos e rosados. Seus braços eram fortes e bem torneados.—  está com medo?— aproximou seu rosto do meu. Não respondi continuei encarando aqueles olhos escuros.—  ME RESPONDA! — gritou perfurando a pele da minha bochecha com a ponta afiada de algo. Meu grito, juntamente com meu choro, ecoou pelo local. — eu vou arrancar essa porra de língua, aí sim, você terá desculpas para não me responder. —  gruniu se levantando e indo lavar a faca.

Minha bochecha estava dolorida e parecia que haviam ligado uma torneira de sangue ali. Um calafrio lambeu minha espinha quando me veio na mente que eu morreria como meu irmão. Aterrorizante.

Fechei os olhos e passei a mão pela minha bochecha, tirando logo após, vendo o sangue pingar e sujar minha roupa. Eu queria não acreditar que ia morrer assim, mas era, quase que, inevitável você não pensar nisso quando se tem um demônio em forma de gente na sua frente.

— Eu não entendo.—  soprou ele olhando fixamente para mim, me fazendo corar, porém não abaixei o olhar.—  como vocês podem ter medo de algo que um dia vai acontecer mesmo.— deu de ombros e se ajoelhou na minha frente, ainda com aquele sorriso doentio nos lábios.

— As pessoas não temem a morte.—   murmurrei depois de um certo tempo. — elas têm medo de como vão morrer. —abaixei o olhar encarando meus dedos cheios de sangue.

—E você? Tem medo de como irá morrer? —
assenti, ainda sem olhar para ele, chorando baixinho como uma criança.—ainda bem porque a sua morte será a mais dolorosa possível.— gargalhou e agarrou meu maxilar me obrigando olhar para ele. As veias saltavam do seu pescoço enquanto ele me olhava com raiva.— eu também tenho medo, sabia? — me soltou. — não vai me perguntar de quê? — arqueou a sombracelha.

— Do... do que você tem medo? —falei em meio aos soluços.

—Eu tenho medo de ser normal como vocês. —  sorriu irônico e se distanciou de mim e sumiu no meio da escuridão.

Me encolhi na parede, abraçando minhas pernas, chorando muito. Começei a rezar baixinho pedindo proteção para que eu saísse daqui sã e viva.

Sem mais, nem menos , peguei no sono.

[...]

11h02 PM.

Meu corpo foi jogado bruscamente contra a parede enquanto eu ainda tentava a todo custo manter os olhos abertos. Renato me olhava intensamente, com fúria nos olhos.

— Hora de brincar, meu doce anjinho diabólico.—
disse sem deixar um sorriso psicopata sair de seus lábios. Rapidamente meu corpo gelou quando vi ele retirando de uma caixa, que até então não tinha percebido, um machado. Engoli seco prendendo a respiração e as lágrimas.

É o fim.

●●●●

Espero que estejam gostando❤

♤XOXO PANDA♡♤
Me perdoem os erros ortográficos.